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Grupo Contador

Por:   •  5/7/2018  •  Resenha  •  376 Palavras (2 Páginas)  •  226 Visualizações

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O Grupo Contador foi criado pelo México, Panamá, Colômbia e Venezuela em 1983 como resposta à retomada da política intervencionista estadunidense na América Central. O Ato Contador ganhou apoio dos países democráticos da América Latina, mas não teve o apoio dos Estados Unidos devido à sua oposição ao reconhecimento do governo Nicaraguense.

Embora o Grupo não tenha conseguido estabelecer uma fórmula de paz aceitável para todas as partes envolvidas, lançou as bases para o surgimento do chamado Acordo de Paz de Esquipulas que reformulou completamente a política centro-americana.

A formação do Grupo Contadora mostra que os governos, setores sociais, movimentos sociais e partidos políticos latino-americanos lutam pelo rompimento total ou pela reformulação das condições de dependência em que eles se encontram diante dos EUA.

Em 1984, foi apresentada a Ata de Contadora para Paz e Coordenação na América Central. Nela, era ratificado o congelamento de importações de armamento, a supressão de manobras militares, o desmantelamento de bases e escolas militares, o fim de trafego de armas e apoio de movimentos armados de oposição na região. Dos países envolvidos, apenas a Nicarágua aderiu à Ata e os demais países apresentaram um texto alternativo chamado de Ata de Tegucigalpa, frustrando os esforços da contadora e não conseguindo a adesão da Nicarágua.

Já em 1985, outra Ata foi apresentada e foi aceita em quase totalidade pelos governos centro-americanos. No entanto, três aspectos permaneceram sem solução: verificação e controle do processo de pacificação, manobras militares e redução de armamentos.

Em visita ao Brasil, o Presidente Reagan procurou apoio brasileiro para o combate ao que via como ameaça comunista na Nicarágua e em El Salvador. No entanto, o Presidente João Figueiredo contrapôs a ideia de que “não podem as soluções pluralistas e democráticas prosperar num quadro de pobreza e instabilidade social”. O ministro brasileiro, Olavo Setúbal, declarou à imprensa gaúcha que se uma força de paz fosse enviada para a Nicarágua, não haveria tropas brasileiras nelas. A Argentina também fez público que se alguma guerra acontecesse na região, as tropas argentinas seriam solidarias com o povo centro-americano.

Pode-se dizer que o Grupo Contador atingiu seu objetivo básico: contribuiu para amenizar a regionalização do conflito e permitiu que surgissem condições politicas favoráveis à toma de processo de pacificação regional pelos próprios países envolvidos.

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