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Gênero e sociedade civil

Por:   •  21/9/2015  •  Ensaio  •  852 Palavras (4 Páginas)  •  216 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA

GÊNERO E SOCIEDADE CIVIL: ENSAIO

GABRIEL D’ALESSANDRO PEREIRA

RA: 21273505

PROFESSORA: RAQUEL MARINUCCI

BRASÍLIA

2014

Gênero e a Sociedade Civil

Desde a revolução francesa, vêm sido introduzidas ideias que possuíam como lema: igualdade, liberdade e fraternidade. Houve também, inclusive, nessa mesma época, em 1759 para ser mais preciso, a declaração dos direitos da Mulher. Tais pensamentos são, ainda hoje, reivindicados por setores organizados da sociedade civil, como as questões de gênero, sendo representadas pelos grupos feministas. Estes grupos têm por objetivo a igualdade de direitos entre gêneros, trazendo uma transformação profunda da ordem patriarcal, a qual é pautada pela dominação dos homens sobre as mulheres, ideia advinda de uma construção cultural e social que colocava a mulher no papel de dona de casa enquanto o homem tinha o papel de provedor de renda. “A divisão entre os sexos parece estar na ‘ordem das coisas’, como se diz por vezes para falar do que é normal, natural, a ponto de ser inevitável: ela está presente, ao mesmo tempo, em estado objetivado nas coisas (na casa, por exemplo, cujas partes são todas “sexuadas”), em todo o mundo social e, em estado incorporado, nos corpos e nos habitus dos agentes, funcionando como sistemas de esquemas de percepção, de pensamento e de ação.” Bourdieu (2002).

        Os movimentos de gênero trazem uma configuração diferenciada dentro das relações entre Estado e sociedade civil. Desde o momento em que esses movimentos ganharam repercussão maior, maior foram as suas conquistas referentes a políticas públicas e criação de ambientes institucionais que garantissem mais direitos a esses grupos. “Apesar das divergências nos movimentos feministas, em várias partes do mundo, eles foram responsáveis por colocar nos espaços públicos as temáticas relacionadas aos problemas enfrentados pelas mulheres, como campanhas pelos direitos legais das mulheres, pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelo direito ao aborto e direitos reprodutivos, direito à proteção contra a violência doméstica, o assédio sexual e o estupro.” Miranda (2009).

        Até pouco tempo atrás, Estados e instituições não davam representatividade necessária à agenda de gêneros por, justamente, não proverem uma representatividade igualitária na formulação e legitimação das causas. Essa divergência possibilitou, tempos depois, a ascensão de políticas para a real inserção das questões de gênero na agenda internacional.

        A contribuição do feminismo para as relações internacionais evidencia-se por meio de movimentos e ações que são levadas às instancias governamentais e até mesmo internacionais como, por exemplo, o movimento das Mães da Praça de Maio na Argentina; ONGs relacionadas as lutas contra as práticas de mutilação feminina na África;  UNESCO na atuação do direito a educação escolar de meninas no Afeganistão além, por fim, da criação da ONU Mulheres que representa a igualdade de gênero e empoderamento das mulheres. A ONU Mulheres têm cinco princípios norteadores:

  • Ampliar a liderança e participação das mulheres;
  • Acabar com a hostilidade contra mulheres;
  • Integrar as mulheres em todas as fases das questões referentes à paz e segurança;
  • Ampliar a participação econômica das mulheres;
  • Implementar no centro do planejamento e orçamento do desenvolvimento nacional as questões referentes a igualdade de gênero

Recentemente, foi lançado um novo programa da ONU Mulheres, o qual tem como representante a atriz Emma Watson, embaixadora da boa vontade da ONU Mulheres. A campanha “HeForShe” traz um novo discurso pró feminista embasado, não somente no benefício de igualdade apenas para as mulheres, mas discutindo o fato de que a igualdade de gêneros seria benéfica também para os homens, quando, em seu discurso, desaprisiona o homem dos estereótipos de gênero.

        Em um primeiro momento, observando a agenda de gênero, as Relações Internacionais passam a ser retratadas como uma construção sexista e androcêntrica. Entretanto, em um segundo momento, se percebe a inserção e consequente evolução da agenda de gêneros em prol da necessidade e importância de uma reconstrução teórica nesse campo pautada, há décadas, em uma visão unilateral predominante.

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