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HAMAS - CONTEÚDO DO TRABALHO SEM GRÁFICOS

Por:   •  10/12/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.388 Palavras (10 Páginas)  •  127 Visualizações

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INTRODUÇÃO

      Hamas significa “entusiasmo, ardor, calor, cordialidade”, é o principal grupo islâmico na palestina foi criado em 1974 (segundo o site da CPOST), no início da primeiro intifada com a ocupação  israelense da Faixa de Gaza e da Csjordania, pelos Xeque Ahmed Yassin, Abdel Aziz al-Rantissi e Mohammad Taha, o grupo de define como entidade religiosa que se baseia nos princípios Alcorão com movimentos contra os palestinos, é válido ainda ressaltar que o grupo não reconhece Israel como um  estado, opondo-se assim ao Fatah, e ainda propõe  como principal objetivo político a criação de um Estado palestino islâmico e portanto a extinção do estado de Israel, objetivando este interesse, utiliza de métodos da guerra irregular para alcançá-lo.

      O grupo ainda liderou dois governos palestinianos, e procura ser reconhecido e legitimado internacionalmente como representante do povo palestino, além disso é válido ressaltar que ganharam muito prestígio popular por ajudarem a população de forma geral com escolas, hospitais entre outros meios em territórios palestinos. Israel e Hamas não dialogam, pois, com o Estado judeu considera o grupo terrorista, o grupo ainda é parte de uma vertente política do Islã que, com a chegada das Revoltas Árabes até mesmo países que o apoiavam, deixaram de fazê-lo.

  1. HISTÓRICO

      É um grupo criado por militantes islâmicos palestinos após a ocupação israelense da Faixa de Gaza e da Cisjordânia, em 1974. Sendo uma das mais fortes agremiações palestinas, o HAMAS tem como seu rival o FATAH e premissa principal a resistência. Ao contrário destes opositores, o HAMAS prega ideais mais radicais, como o combate armado incessante a Israel e a ocupação integral do território judeu para a criação de um Estado único palestino, ao passo que o FATAH é conhecido por seu caráter mais democrático enquanto uma confederação árabe e supranacional de partidos de centro-esquerda, favoráveis às conciliações entre palestinos e israelenses. Conhecido pelo embate incessante, o HAMAS é considerado terrorista tanto por Israel quanto por Estados Unidos e União Europeia. Essa guerra irregular leva princípios de caráter altamente telúrico por conta das ocupações sofridas.

      Com um discurso de insatisfação em relação à atuação do FATAH nas cidades e campos de refugiados sitiados pelos israelenses, nos anos 1980-1990, o HAMAS se propõe enquanto organização social na gestão de clínicas e escolas para palestinos. Recentemente, nos anos 2000, o HAMAS emerge no processo político institucionalizado enquanto partido, sendo eleito democraticamente e por maioria no parlamento em janeiro de 2006, contra as propostas do FATAH, no Estado da Palestina. O fracasso da tentativa dos acordos de paz de Oslo (1993) se deu pela continuidade das agressões entre israelenses e palestinos, principalmente pela recusa do HAMAS em abdicar do uso da violência para a solução da questão por meios pacíficos. A agremiação ficou conhecida após a primeira Intifada (1987-1993), levante contra a ocupação israelense. As negociações de Oslo previam a gradual remoção das tropas israelenses dos territórios ocupados, em contrapartida do comprometimento da Palestina em proteger a segurança e integridade dos israelenses. Com a recusa do HAMAS, diante de seus objetivos opostos à existência de Israel, as negociações declinaram e cessaram em 1993. A partir do aumento dos atentados suicidas do HAMAS à Israel, em 1996, os israelenses elegeram o novo primeiro ministro Binyamin Netanyahu - opositor radical aos palestinos e também aos acordos de paz - como forma de responder violentamente aos ataques do HAMAS.  

      A Segunda Intifada, ocorrida entre os anos de 2000-2005, provocou um acirramento ainda maior no histórico conflito de Israel e Palestina, o que desencadeou na construção do Muro da Cisjordânia e no bloqueio da Faixa de Gaza, além de deixar mais de três mil palestinos mortos e cerca de setecentos civis israelenses. Houve uma tentativa de formação de governo de união nacional em março de 2007, entre FATAH e HAMAS, porém fracassou pouco tempo depois após o líder da Autoridade Palestina, Mahamoud Abbas, dissolver a coalizão. Ainda em 2007, grandes atritos entre HAMAS e FATAH provocaram tensões na Palestina, provocando consequências como bloqueios às fronteiras de Gaza e a radicalização do FATAH em seus atentados contra Israel, que resultaram em respostas do país com operações militares como a Operação Chumbo Fundido (2008), Pilar de Defesa (2012) e, por último, Borda de Proteção (2014). Tais intervenções provocaram a degradação do poderio militar do HAMAS, embora a organização tenha saído fortalecida e com forte apoio dos públicos de Gaza e Cisjordânia.  

      De certa forma, os palestinos legitimam a luta do HAMAS ao fazerem oposição e rechaçarem ocupações israelenses em territórios que acreditam ser de sua posse. A posição da organização é considerada legítima por combater todo o contexto da chamada "opressão" exercida pelos israelenses, com aparato militar norte-americano, contra os assentamentos palestinos. Embora o embate com Israel e com a própria Autoridade Nacional Palestina (FATAH – local) enfraqueça pontualmente o HAMAS, a organização se fortaleceu diante dos atentados suicidas e foguetes lançados no período de 1990 e anos 2000. 

  1. ATUAÇÕES NO ÂMBITO TERRORISTA (2000-2015)

      Desde 2000, a agremiação do HAMAS tem promovido atuações terroristas como forma de reafirmar seu caráter telúrico de resistência e oposição integral às ocupações e a existência do Estado de Israel. Ao todo, o grupo promoveu sessenta ataques neste intervalo, tendo eles provocado trezentos e sessenta e duas mortes e duas mil cento e oitenta e dois vítimas com ferimentos médios e graves. A média de mortes por ataque ficou em seis, enquanto que a média de feridos, também por ataque, ficou em 36,4. No ano de 2000, o grupo promoveu somente um ataque, que foi realizado em uma área reivindicada por palestinos e ocupada por israelenses. A ação se deu em uma Moshav-West Bank, espécie de comunidade-cooperativa, tradicional entre povos judeus. Hashem al-Nagar, suicida responsável pelo ato, tinha 25 anos, era estudante e muçulmano. Sua explosão, com alvo em indivíduos civis, resultou na morte de uma pessoa e no ferimento de nove. Em 2001, o HAMAS promoveu vinte e um ataques que, somados, mataram cento e duas pessoas e feriram mais de oitocentas. A seguir, os mais importantes:  

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