Israel: Estado e Sociedade

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UNIVERSIDADE DE SOROCABA

HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

FABRÍCIO PADILHA PEREIRA DA SILVA

ALUNA: MILENA CAMILO AGUIAR – RA: 00092260 – 1º SEMESTRE

SEMINÁRIO KARINA CALANDRIN: Israel: Estado e sociedade.

“Karina Calandrin que é doutoranda e mestre em Relações Internacionais pelo Programa de Pós-Graduação San Tiago Dantas (UNESP - UNICAMP - PUC-SP). É filiada a World Union of Jewish Studies. É pesquisadora do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (GEDES) da UNESP e do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais (GECI) da PUC-SP. Nessa quarta-feira do dia 26/04/2017, apresentou um seminário para os alunos da Universidade de Sorocaba onde ela relata o contexto histórico, cultural e político contra o qual a política israelense contemporânea se pauta.”

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        Bem no começo da apresentação, Karina destaca uma frase de um professor de História, Michel Gherman: que “No Brasil nem a esquerda nem a direita entende o que é Israel”. O Brasil se diz no conflito de dois estado entre Israel e Palestina, mas a esquerda assume que se você for a favor de que Israel exista você é praticamente contra os Palestinos, acham que a Palestina não tem o direito de existir como estado. Já a direita age ao contrário, que se você é a favor da Palestina como um estado você é contra que Israel exista como estado soberano. Ela comenta também que ela e o professor são contra esse pensamento. Eles são a favor dos dois estados, tanto Palestino tanto Estado Israelense.

• Origens do Estado de Israel;

No começo do Séc. XX (meados de 1900 e 1920), na época que Palestina e Israel eram de domínio britânico, a população era praticamente árabe/palestina e por questões bíblicas existia a questão que os Judeus mereciam viver naquela terra, que seria a terra prometida dos Judeus, e por conta das perseguições que os judeus começaram a vivenciar na Europa por causa do Nazismo, uma imigração começou a ocorrer para região. No começo eles vivem bem e não existia nenhum conflito entre os dois povos. Depois de um tempo, começaram a desenvolver alguns conflitos por causa que os judeus começarem a comprar terras na região, sendo assim a convivência entre os Árabes e os Judeus não obteve um resultado positivo.

No final do Séc. XIX nasce o sionismo, um movimento criado com a ideologia que os Judeus tinham direito de um estado deles, e assim determinaram que o estado devesse ser na terra prometida bíblica, território de uma parte que pertencia a Israel e a outra da Palestina.

Na década de 1920, houve várias reuniões e congressos dos grupos sionistas da Europa, impondo como deveria ser criado o estado Judeu.

• Idioma;

Para criarem um idioma para esse estado que estava a surgir, eles pensaram em algo comum entre esse povo que era a língua bíblica, o hebraico, então como era uma língua morta e milenar, eles renasceram a língua e criaram palavras novas para o vocabulário ficando o idioma oficial do Estado.

Em 1947, no final da Segunda Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas perceberam que deveria ser decretado algo por pressão dos sionistas para que o Estado fosse criado. A Nação vencedora da guerra deu o “braço a torcer” e criaram um estado Judeu onde os sionistas queriam, que era no território que pertencia a Inglaterra. Fizeram uma partilha dividindo a terra 50% para os Árabes e 50% aos Judeus. Logo no dia seguinte os Judeus criaram grupo par-alimentar que começaram de fato a expulsar os palestinos de suas casas onde a ONU decretou que era parte dos Judeus.

Logo após houve uma invasão dos países Egito, Síria e Jordânia, começaram a Guerra de Independência de Israel em 1948 e A Tragédia. A partir dessas guerras, Israel foi só expandindo suas fronteiras e foi fundado como um estado.

• Estrutura Política de Israel;

O poder de Israel é uma republica parlamentarista, contém um presidente que é o chefe de estado e o primeiro ministro que é o chefe de governo.

O parlamente ocupa 120 cadeiras e tem os partidos políticos. O parlamento é multipartidário, funcionando como um sistema de coalisão para governar. A partir das eleições, o partido mais votado tem 60 dias para formar uma coalisão de no mínimo 61 cadeiras ocupadas para poder governar.

O presidente do primeiro ministro é formado pelo primeiro ministro e pelos ministros de estado, e são escolhidos também por esse parlamentarismo de colisão.

• Partidos Políticos;

Em Israel para classificar esquerda ou direita, são formados por três aspectos: religião, como eles enxergam a religiosidade do Estado; Segurança, principalmente em questão aos Palestinos e por ultimo o Econômico-social. De acordo com Karina, o atual partido Likud que atua no Governo Israelense, é totalmente um partido de centro na questão religiosa, na questão de segurança centro direita, e econômico social também de centro, às vezes até centro esquerda.

Outro partido que divide poder com Likud é o Partido Trabalhista – Avoda, no âmbito de Econômico-Social é de centro esquerda, no âmbito religioso é centro esquerda também e no âmbito segurança é de centro.

Outro partido que atua no poder Israelense é o Meretz que é de extrema esquerda, no quesito religioso é laico, no quesito segurança querem que Israel seja um estado que tenha divisão de dois estados, e que seja um estado multicultural laico e no quesito sócio- econômico é um partido de esquerda.

Existem também os Partidos Árabes, antes eram três partidos e hoje se uniram em um só para conseguirem mais votos, se chamam Lista Conjunta Árabes, ocupam treze cadeiras e eles defendem que Israel seja um estado multicultural laico.

• Sociedade;

A Sociedade de Israel é composta por 75% de Judeus, 21% são Árabes e muitos Palestinos e 4% de outros que são as minorias.

Os Drusos são ¼ da população de Israel, eles apesar de não serem Judeus podem servir o exército, mas não são obrigados, são um grupo que se destacam por pertencerem e o trabalho que fazem ao exército.