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MARX e HOBBES

Por:   •  30/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.135 Palavras (9 Páginas)  •  247 Visualizações

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Universidade Estácio de Sá

Curso de Relações Internacionais

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GESTÃO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS

Alessandra Dantas Brito  2015.0428125-1

Beatriz Mesquita Quintino Ribeiro  2013.0167874-1

Carolina Dias de Araújo Mello  2014.0239844-1

Setembro de 2016

  1. Thomas Hobbes

Thomas Hobbes, autor de nacionalidade inglesa, nasceu em 1588 e faleceu em 1679. Sua principal obra o é Leviatã do ano de 1651.

Hobbes funda a visão moderna de Estado e faz parte do grupo de pensadores tidos como jusnaturalistas e contratualistas, elaborando suas ideias a partir da noção de “estado de natureza” (neste estado, inexistindo qualquer tipo de regramento ou noção de ética e moral, todo indivíduo tem, a priori, direito a tudo) e concebendo a sociedade e o Estado (Leviatã) como fruto de um “contrato social” entre os indivíduos (o contrato social, legitimado pelo consenso, constitui, assim, o fundamento do poder estatal).

O Estado (Leviatã) não representa o terror, pelo contrário, é estabelecido com a missão de superar o terror que caracteriza o estado de natureza e qualquer manifestação dos indivíduos contra o Estado seria uma contradição, visto que o Estado é fruto do consenso entre os indivíduos e se estabelece para a garantia do bem comum. Com fundamento jurídico e monopólio da força, o Estado impõe as regras, estabelece a moral e a ética e define os direitos de propriedade, visando garantir um interesse comum: a paz e a segurança individual, porque é isso que promove condições para efetiva liberdade do homem.

Hobbes parte do princípio de que no estado de natureza todos os homens são movidos por uma luta pela sobrevivência o que instaura a guerra de todos contra todos (“O homem é o lobo do homem”) e também tem a visão de que os indivíduos não são naturalmente seres sociais ou políticos, mas tornam-se sociais e políticos em virtude de seus interesses e de suas necessidades.

Nas Relações Internacionais, os postulados de Thomas Hobbes serviram de pilar para a fundamentação da teoria Realista das RI´s na qual apresenta uma proposta estadocêntrica e de que os Estados, reflexo da natureza humana, estão em conflito perpétuo e a guerra e a anarquia são características inerentes do Sistema Internacional.

Diante das observações acima podemos analisar as Negociações Internacionais à luz das premissas Hobbesianas.

Hobbes interpreta a condição humana como um estado de guerra permanente e uma das premissas da teoria Realista das RI´s é a existência de uma anarquia internacional, onde os estados estão todos contra todos. E que as negociações são de puro interesse de segurança, portanto uma questão de sobrevivência. Esta teoria também compartilha da visão a qual o Estado é tido como o principal ator nas relações internacionais e que os outros atores são mecanismos que o Estado se utiliza para alcançar seus objetivos. Exemplos desses mecanismos são as ONGs e as Organizações Intergovernamentais  

A questão central de Hobbes que podemos trazer para as Negociações Internacionais é a de que a organização mundial se dá baseada na questão da sobrevivência e que a paz e a guerra são dispositivos que os Estados lançam mão de acordo com o momento que vivenciam na balança do Sistema Internacional. Portanto, na anarquia internacional não é possível atingir uma paz permanente ou garantida aos estados, já que a guerra pode e será usada como recurso para resolver disputas e impor os interesses do estado

Essa leitura das Relações Internacionais e, consequentemente, das Negociações Internacionais nos leva a concluir que o princípio fundamental de um Estado é assegurar sua sobrevivência e sua soberania no ambiente internacional.

Podemos citar como exemplo o caso da invasão norte-americana no Iraque, na qual os EUA como país soberano utilizou a Guerra como recurso para impor seus interesses, ignorando até mesmo a ONU que é uma organização internacional reconhecida. Ou seja, mais uma vez mostrou que os outros atores são apenas braços do ator principal que é o Estado e que as “leis” podem ser quebradas para manter a soberania.

  1. Karl Marx

Karl Marx (1818-1883) foi um filósofo e sociólogo alemão no contexto dos estudos políticos e econômicos do século XIX.  Suas principais obras são O Capital  que explora o funcionamento do capitalismo e seus desdobramentos na sociedade e Manifesto Comunista a qual aborda a posição da burguesia como opressora em relação ao proletariado e propaga os ideais comunistas. Estas obras geram desdobramentos nos mais diversos campos das ciências sociais e podemos destacar algumas premissas que seguirão nos próximos parágrafos.

O marxismo pensa a sociedade na sua totalidade, na qual os diversos aspectos da vida social, como o aspecto político ou econômico, estão intrinsecamente relacionados e que a realidade deve ser apreendida como práxis, sendo a realidade, produto social, construída pelo próprio homem.

Para Marx, o sistema capitalista é desigual em sua base, uma vez que é dividido em proprietários dos meios de produção e não proprietários.

Marx não possui uma definição precisa quanto ao conceito de Estado. No entanto, podemos compreender que Marx considera que o Estado é o resultado dos interesses das classes dominantes, particularmente os da nobreza e da burguesia, para impor sua dominação. Ao assumir a representação da nação, a burguesia legitima a sua dominação mediante o controle político e ideológico do Estado. Os Estados ao proclamarem a igualdade formal entre si omitem as verdadeiras relações de dependência e dominação, determinadas por fatores econômicos e sociais.

Para a teoria marxista, os modos de produção e as condições materiais são a base a partir da qual as relações sociais, políticas, jurídicas e culturais se desenvolvem. Essa abordagem é chamada de materialismo histórico.

Nas Relações Internacionais, o marxismo tem duas funções principais e que a faz ter uma interpretação diferente das Teorias Clássicas. Tais funções são a conjugação dos níveis de análise, político e econômico e a preocupação em incluir as dimensões histórica e sociológica.

As teorias da Dependência, do Sistema Mundo e a Teoria Crítica são as teorias de Relações Internacionais que se fundamentam à luz dos postulados de Karl Marx.

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