Marketing Social

Marketing social

O marketing social é a aplicação regular do marketing, juntamente com outros conceitos e técnicas, para alcançar objetivos comportamentais voltados ao bem social. Surgido na década de 1970, tornou-se uma área de interface efetiva entre as ciências sociais e o marketing tradicional.

Sua aplicação pode ser voltada à promoção de bens meritórios, ou instigar a sociedade ou setores específicos dela a evitarem bens demeritórios, promovendo assim o bem-estar social no sentido mais amplo do termo.

A principal função do marketing social é, como mencionado, o bem social. A isso se contrasta o objetivo principal do marketing comercial, que é voltado ao retorno financeiro. Isso não impede, naturalmente, que o marketing comercial contribua para o bem social - dizer o contrário seria uma generalização bastante simplista.

Alguns dos exemplos mais correntes são campanhas publicitárias de incentivo aos cuidados no trânsito (respeitar os pedestres, usar o cinto de segurança, respeitar a sinalização dos limites de velocidade, entre outros), de incentivo para que os cidadãos não fumem em ambientes fechados, entre outros.

A Austrália foi um dos países pioneiros a aplicar a técnica de marketing social, com suas conhecidas campanhas anti-tabagismo e de prevenção ao câncer de pele, na década de 1980. Hoje, o marketing social é estudado e aplicado em diversos países no mundo, sobretudo em iniciativas governamentais e focalizadas a questões de saúde e segurança.

É preciso notar que nem toda campanha do setor público e sem fins lucrativos pode ser classificada como marketing social. Para que isso ocorra de fato, é preciso que o foco principal da campanha ou iniciativa seja especificamente o bem social. Campanhas cujo resultado secundário seja o bem social (por exemplo, vender medicamentos comercialmente, e com isso desejar erradicar uma doença) não podem ser classificadas como marketing social.

Um exemplo de aplicação de técnicas de marketing que parecem, mas não são marketing social, são as campanhas do setor público para promover seus serviços e planos de atuação. Apesar de um serviço à sociedade, esse tipo de atividade não é considerada marketing social.

Por exemplo, uma campanha de trinta dias que estimula os indivíduos a trocarem as pastilhas de freio de seus automóveis não pode ser considerada marketing social.

Contrariamente, uma campanha que incentiva que os proprietários de veículos façam uma revisão freqüente, sobretudo antes de viajar, é considerada marketing social legítimo, porque contribui para o bem social comum, e não apenas para um comportamente específico, dentro de um setor específico e com potenciais benefícios comerciais envolvidos (no caso em exemplo, a campanha pela troca de pastilhas de freio aumentaria a venda deste produto, beneficiando diretamente a produção e comercialização neste setor).

Com isso, é possível fazer uma generalização sobre as principais diferenças entre o marketing comercial e o marketing social.

Enquanto o marketing comercial tem como fim influenciar um potencial comprador a comprar seu produto especificamente, o marketing social tem a tarefa de influenciar mudanças difíceis e de longo prazo no comportamento social de grupos específicos.

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