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Movimento Dos Direitos Civis

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Por:   •  15/7/2014  •  1.624 Palavras (7 Páginas)  •  382 Visualizações

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O Movimento dos Direitos Civis é historicamente um período de tempo compreendido entre 1954 e 1980, ocorrido de maneiras diversas e marcado por rebeliões populares e convulsões na sociedade civil em países de todos os continentes.

O processo de conseguir a igualdade perante a Lei para todas as camadas da população independente de cor, raça ou religião, foi longo e extenuante em diversos países e a maioria destes movimentos não conseguiu atingir seu objetivo. Em seus últimos dias, alguns deles acabaram se voltando para uma conotação política de esquerda.

⦁ 1957 - A Dessegregação em Little Rock

Nove estudantes negros conseguiram nas cortes federais o direito de estudar no Ginásio Central de Little Rock, pequena cidade do Arkansas, onde as escolas eram até então segregadas. No primeiro dia de aula, além dos insultos e ameaças feitas pelos estudantes e pela população branca na chegada à escola, eles foram forçados a retornarem a suas casas, por ordem da Guarda Nacional do estado, convocada pelo governador para impedir a sua entrada, em oposição à decisão da justiça federal. O então presidente Dwight Eisenhower dissolveu a Guarda Nacional do Arkansas e enviou tropas de pára-quedistas do exército para garantir e proteger a entrada e o estudo dos nove alunos negros em Little Rock, cumprindo a decisão das cortes federais. O racismo no sul americano estava de tal maneira arraigado, que quando o ano letivo terminou, os integrantes do sistema público de ensino de Little Rock preferiram fechar a escola – no que foram seguidos por outras escolas do estado e do sul do país – a permitir a integração racial nelas.

1961 – O protesto de Greensboro

Estudantes negros e brancos da cidade de Greensboro, Carolina do Norte, começaram a sentar em grupos no chão de lanchonetes, restaurantes, lojas, museus, praças, teatros e demais estabelecimentos da cidade em protesto pela segregação aos negros nestes locais. Centenas eram presos e soltos, muitas vezes arrancados de seus lugares com violência pela polícia. O exemplo começou a ser seguido em diversos estados durante todo o começo dos anos 60.

Lei dos Direitos Civis,1964.

⦁ 1962 – O Caso James Meredith

Em 20 de setembro de 1962, no início do ano letivo americano, o estudante James Meredith, após ter ganho de causa nas cortes federais pelo direito de ingresso na Universidade do Mississippi, o mais racialmente conservador de todo o país, teve sua tentativa de entrar no campus impedida por duas vezes, por interferência pessoal do próprio governador do estado, que declarou que “nenhuma escola do Mississipi seria integrada enquanto ele governasse o estado”. Após a apelação de Meredith à corte federal, que instituiu uma multa diária de U$10 mil por cada dia que ele fosse impedido de entrar na faculdade, Meredith conseguiu ingresso escoltado por agentes federais no dia 30 de setembro.

Civis e estudantes brancos começaram uma grande conflagração na universidade e suas vizinhanças que acabou com a morte de duas pessoas e ferimentos à bala em 28 agentes federais e mais de 160 feridos entre a população. No dia seguinte, o Presidente John Kennedy enviou forças do exército para garantir a entrada e a permanência de Meredith na universidade e dominar os tumultos na cidade.

⦁ 1963 – A Marcha sobre Washington

Em agosto de 1963, um quarto de milhão de manifestantes, negros e brancos, vindos de toda parte da nação, se reuniram na capital do país para um dia de discursos, protestos e cantos a favor da igualdade dos direitos civis para todos os cidadãos, organizado entre outros por Martin Luther King, Bayard Rustin e Phillip Randolph, na maior aglomeração pacífica realizada nos Estados Unidos com propósitos de integração racial, direito de moradia digna, pleno emprego, direito ao voto e educação integrada.

⦁ 1964 – O Verão da Liberdade

Durante os meses de verão de 1964, férias escolares nos Estados Unidos, um grupo de mais de cem estudantes voluntários pelos direitos civis do norte do país, brancos e negros, dirigiram-se ao sul para iniciar uma campanha pelo direito de voto negro e para a formação de um partido pela liberdade do Mississippi.

Três deles acabaram assassinados pela Ku Klux Klan em conluio com autoridades policiais da cidade de Filadelfia, Missisipi e seus corpos, perfurados a tiros, encontrados após mais de um mês de diligências do FBI, enviado ao local pelo Presidente Lyndon Johnson para assumir as investigações. Acompanhado diariamente pela imprensa em rede nacional de televisão e pelos mais influentes jornais do país, a indignação que o caso provocou na opinião pública americana ajudou o Presidente Johnson a aprovar junto ao Congresso a Lei dos Direitos Civis, em 2 de julho de 1964. (este caso foi contado no filme de sucesso mundial “Mississippi em Chamas”, de Alan Parker)

⦁ 1964 – Prêmio Nobel

No fim do ano, Martin Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços pacíficos pelo fim da segregação racial e pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos.

⦁ 1965 – Selma e o Direito de Voto

Martin Luther King liderou passeatas e manifestações na cidade de Selma, no Alabama, em prol do direito de cidadãos negros se registrarem como votantes, em oposição ao chefe de polícia da cidade, Jim Clark. Ele e centenas de manifestantes foram presos, mas as manifestações continuaram e acabaram em violência por toda a cidade, com a morte de uma manifestante pela polícia. Nos dias que se seguiram, choques entre civis brancos locais, policiais a cavalo e manifestantes negros resultaram em tumultos generalizados com mortos e feridos, transmitidos pela televisão para todo o país. As cenas causaram a mesma indignação dos fatos ocorridos no Mississipi no ano anterior e permitiram ao Presidente Johnson conseguir aprovar junto ao Congresso a Lei do Direito de Voto em 1965. Esta decisão provocou a famosa lamentação de Lyndon Johnson de que “com essa assinatura acabo de perder os votos do sul na próxima eleição”. (nota: Lyndon Johnson desistiu da reeleição em 1968, devido aos protestos generalizados no país por causa da Guerra do Vietnam),

O direito ao voto negro mudou para sempre a face política do sul dos EUA, fazendo com que, em 1966, o número de negros eleitos para cargos públicos no Mississipi, o mais racista

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