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O Crescimento econômico mundial

Por:   •  6/4/2018  •  Relatório de pesquisa  •  7.076 Palavras (29 Páginas)  •  132 Visualizações

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Sumário Executivo

Crescimento econômico mundial continua a desapontar e os déficits em trabalhos dignos seguem generalizados.

2016 representou o sexto ano consecutivo de baixo crescimento, numa taxa de 3,1%. A previsão para 2017 é de 3,4% e de 3,6% para 2018.

O desempenho econômico bastante decepcionante em 2016 e as perspectivas abaixo da tendência para 2017 demonstram a incapacidade da economia em:

1 – Gerar um número suficiente de empregos

2- Melhorar a qualidade de emprego para quem trabalha

3- Garantir que os ganhos do crescimento sejam compartilhados de uma maneira inclusiva.

O Estado enfrenta a responsabilidade dupla de reparar os estragos da crise e garantir a qualidade de emprego.

Taxa de desemprego irá aumentar (de 5,7% 2016 para 5,8% em 2017), cerca de 3,4 milhões de novos desempregados, totalizando a quantia de 201 milhões.

Em 2017, haverá também o aumento da força de trabalho disponível (aqueles que buscam por emprego), qeu superará a criação de novos empregos, resultando em mais 2.7 milhões de desempregados.

O incremento na taxa de desemprego deve-se à deterioração das condições de trabalho nos países emergentes, ainda por consequência da profunda recessão em 2016. A taxa que em 2016 era de 5,6 passará a ser de 5,7, enquanto nos países desenvolvidos, diminuirá de 6,3 para 6,2. A AL haverá um crescimento de 0,3%, alcançando um total de 8,4%, muito devido a alta taxa de desemprego no Brasil.

No entanto, mesmos os países desenvolvidos já não gozam de tamanha estabilidade. Os sinais de desemprego estrutural já estão aumentando, como evidenciando pelo desemprego de longo prazo enfrentado por quem está a procura, tanto na Europa como nos países da América do Norte.

Nos países em desenvolvimento, não somente o incremento na taxa de desemprego, mas também a crescente deterioração das condições de emprego são preocupantes, como exemplificado pelo aumento da carga de trabalho e participação do trabalho familiar.

Em segundo lugar, o emprego vulnerável - em 1,4 bilhões em todo o mundo - permanece dominante

Trabalhadores em situações vulneráveis de emprego, que possuem um alto grau de precariedade e acesso limitado a esquemas de contribuição para previdência social. A taxa desse tipo de emprego está diminuindo a 0.2% ao ano, valor menos acelerado do que a média entre 2000 a 2010, que foi de 0.5%. Dessa forma, calcula-se que cerca de 42% dos empregos em 2017 são em condições vulneráveis. 1 a cada 2 nos países emergentes. 4 a cada 5 nos países em desenvolvimento. Cerca de novos 11 milhões no ano de 2017. As duas regiões mais afetadas são o Sudeste Asiático e a África Ssubsaariana.

Em terceiro lugar, as reduções na pobreza trabalhadora estão desacelerando, colocando em perigo as perspectivas para erradicar a pobreza, conforme estabelecido nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Metade dos trabalhadores do Sudeste Asiático e dois terços dos trabalhadores na África Subsaariana trabalham em condições de pobreza, recebendo menos U$3,10 ao dia. A expectativa é que esse número baixe de 29,4% em 2016 para 28,7% em 2017. Já nos países em desenvolvimento, o número de empregos nessa condição apresentaram um crescimento, ainda que sutil, que podem representar 3 milhões ao ano.

Finalmente, as desigualdades nas oportunidades e no descontentamento social persistem

Outros problemas se juntam às novas condições do trabalho, como as de cunho demográfico. As disparidades de gênero por exemplo são fatores que preocupam, como exemplificado nos Estados Árabes e Norte da África, onde as mulheres possuem uma tendência maior de estarem desempregadas ou sujeitas a empregos vulneráveis.


As disparidades de gênero no mercado de trabalho também se estendem às diferenças de remuneração. Como a recente OIT Global Wage Report 2016/17 destacado, a diferença nos salários por hora, que atinge até 40% (por exemplo, no Azerbaijão e Benin), continua a persistir apesar das melhorias na legislação de igualdade de remuneração em vários países.


Na verdade, entre 2015 e 2016, 8 das 11 regiões experimentaram aumento da medida do descontentamento social, principalmente nos Estados árabes.

O descontentamento com a situação social unido à falta de oportunidades de emprego decentes, são dois fatores entre muitos outros, que contribuem no aumento da imigração. Atualmente a população de todas as regiões exceto Sul e Sudeste Asiático, estão dispostas a migrar em busca de melhores condições.

Entre 2009 a 2016, o maior aumento de migrações se deu na AL e Caribe e nos Estados Árabes, mas a maior parcela ainda cabe a África subsaariana: 32%, seguido de AL e caribe com 30% e o Norte da África com 27%


Os esforços políticos devem se concentrar em como superar os impedimentos ao crescimento, incluindo a desigualdade

A recente dinâmica do mercado de trabalho reflete fatores cíclicos e estruturais: baixo crescimento da produtividade e aumento da desigualdade de renda, que podem gerar  estagnação secular. Em um cenário onde esta estagnação se intensifica, a OIT estima que o desemprego global pode aumentar em 1 milhão nos próximos dois anos. Países desenvolvidos serão os mais afetados, enquanto emergentes e em desenvolvimento aproveitam inicialmente um alto fluxo de investimentos, antes de também sofrerem com o spillover causado pelo baixo comércio e investimento.

Alcançar o pacote correto de políticas é essencial. Políticas que encarem ambas as raízes das causas da estagnação e os impedimentos estruturais ao crescimento precisam ser incorporados dentro da política macroeconômica e tomar lugar de frente na agenda política. O OIT estima que uma coordenação para proporcionar estímulo fiscal, o gasto público pode representar um imediato salto na economia global. Isso poderia diminuir o desemprego em relação ao parâmetro em 0,7 milhões em 2017 e 1,9 milhões em 2018. No médio prazo, tais esforços também podem remover os medos de baixo crescimento e, assim, aumentar a demanda de investimentos.

No futuro, as tendências de longo prazo relacionada ao desenvolvimento tecnológico e também as mudanças estruturais, podem afetar a natureza do crescimento econômico. Nesse contexto, a OIT examina em “Futuro do trabalho”, as implicações desses desenvolvimentos no mundo do trabalho, incluindo o impacto desses fatores estruturais na quantidade e qualidade dos empregos.

  1. Emprego mundial e tendências sociais

Perspectivas econômicas globais estão destinadas a melhorar

mas continua marcado por incertezas

Crescimento econômico em 2016 permaneceu baixo, de 3,1% comparado a 3,2% em 2015. A longa queda desde 2008 é gerada por diversos fatores, incluindo a permanência da incerteza global a respeito da perspectiva econômica e a existência de potenciais mudanças na política tarifária (por exemplo, mudanças na taxa de juros), que tendem a amortecer o investimento e comércio, e por sua vez, a demanda agregada. (Box 1). Como sempre, a expectativa é de aumento do crescimento econômico em 2017 para 3,4% e em 2018 para 3.6%. Essa tendência de subida será guiada pelas medidas anti-impacto nos países emergentes, notavelmente o Brasil e a Rússia onde as contrações em 2016 derrubaram o crescimento econômico. Além disso, o impacto negativo em termos de comércio experimentado por exportadores de commodities provavelmente irá reverter em entradas de capitais que devem reforçar as melhorias econômicas.  

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