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O Fator Científico e Tecnológico

Por:   •  4/11/2019  •  Projeto de pesquisa  •  629 Palavras (3 Páginas)  •  177 Visualizações

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O fator científico e tecnológico

Os fatores científicos e tecnológicos permitem que os Estados se dotem de meios militares muito avançados, proporcionando-lhes uma supremacia sobre os restantes. A importância deste fator de poder não se resume, todavia, ao foro militar. As descobertas verificadas nos campos científicos e tecnológico podem ser utilizadas nas áreas económica e humanitária. Por outro lado, a ciência e a tecnologia, estão relacionadas com outros aspetos do modo de vida de um Estado. Mas nenhum será tão importante, num sentido negativo ou positivo, como a quantidade e a qualidade da educação disponível e o grau de encorajamento que a política governamental dedicada ao progresso científico e tecnológico. É o progresso científico e tecnológico que permite aos Estados dotarem-se de meios militares mais sofisticados, proporcionando-lhes uma supremacia sobre os restantes. Possibilita ainda fazer uma distinção clara entre os diversos países, nomeadamente em termos de potências nucleares e não-nucleares, estando estas últimas, em caso de conflito, irremediavelmente em desvantagem. Ainda assim, convém realçar que mesmo no domínio dos armamentos convencionais se verificam diferenças ao nível tecnológico. O desenvolvimento científico e tecnológico permitiu ainda a entrada na área espacial. A importância da ciência e da tecnologia não se resume, todavia, ao foro militar. As descobertas verificadas neste campo podem ser utilizadas nas áreas económica e humanitária. Os Estados Unidos, em particular, aplicaram esta política, transpondo para o setor produtivo as experiências derivadas das inovações operadas no âmbito militar. Já a União Soviética não investiu tanto neste aspeto, o que a médio prazo provocou que estivesse dotada de um armamento moderno, mas dispusesse de um aparelho produtivo ultrapassado em alguns setores. Assim, o nível de vida dos soviéticos situou-se muito abaixo do que seria possível caso os progressos científicos e tecnológicos alcançados tivessem sido aplicados a outras áreas. Esta realidade deriva em grande parte do domínio exercido por uma ideologia orientadora na URSS, embora não se possa definir com rigor até que ponto esse fator foi determinante na inibição do progresso científico e tecnológico. O Ocidente foi sempre pioneiro em atividades como as linhas de montagem, a construção naval em módulos ou a tecnologia de computadores. A competição no Ocidente acelera a dimensão económica dos avanços tecnológicos, mesmo contra o conservadorismo laboral. Os Estados Unidos, ajudados durante e após a Segunda Guerra Mundial pela “fuga de cérebros” de algumas zonas do mundo, não tiveram dificuldade em manter uma nítida e esmagadora primazia tecnológica durante bastantes anos. Esta situação começaria a alterar-se nos anos setenta, mesmo em setores onde os norte-americanos desfrutavam de um claro domínio. O Japão, não atingido por um significativo orçamento para a defesa, conseguiu a liderança mundial em alguns desses setores. Estes tipos de alterações representam naturalmente mais do que simples ganhos e perdas em termos tenológicos, materializando-se em poder nacional. Mas ainda assim, num quadro mais redutor, a produtividade e, consequentemente, a riqueza de um Estado estão diretamente relacionados com o progresso tecnológico. Tudo o que precede mostra claramente a que ponto a ciência e a tecnologia determinam outros aspetos do modo de vida de um Estado. Mas nenhum será tão importante, num sentido negativo ou positivo, como a qualidade da educação e o grau de incentivo que a política governamental dedica ao progresso científico e tecnológico (Silva, 2012, pp. 96-97).

O Fator Militar[1]

Uma das principais características dos Estados soberanos é a sua capacidade para tomar decisões e, por vezes, estas determinam o recurso à força militar, quer para resolver diferendos existentes entre eles, quer para satisfazer certos interesses e ambições, dando origem a conflitos de ordem diversa. O estadista deverá, assim, proceder à avaliação o mais correta possível do potencial militar dos outros países (Silva, 2012, p. 97).


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