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O Fichamento Maquiavel

Por:   •  29/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.634 Palavras (7 Páginas)  •  190 Visualizações

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Bobbio, Norberto. A Teoria das Formas de Governo - Capítulo VI Maquiavel (páginas 71 - 86)

“Todos os estados, todos os domínios que tiveram e têm esse império sobre os homens foram e são repúblicas ou principados.”

“Estas duas linhas são importantes para a história do pensamento político também porque introduzem a palavra, destinada a ter fortuna...”

“Maquiavel substitui a tripartição clássica, aristotélico-polibiana, pela bipartição”

“Principados e repúblicas. O principado corresponde ao reino, a república compreende tanto a aristocracia quanto a democracia.”

“Os estados são governados por um ou por vários”

“Os “vários” podem ser poucos ou muitos, razão pela qual no âmbito das repúblicas se distinguem as repúblicas aristocráticas e as democráticas.”

“O poder reside na vontade de um só, e tem-se o principado; ou o poder reside numa vontade coletiva.”

“A diferença entre a vontade de um colegiado restrito, como pode ser o de uma república aristocrática, e a vontade de uma assembléia popular, como pode ser a de uma república democrática, não é tão relevante como a diferença entre a vontade do soberano único, e a vontade de um soberano coletivo”

“O que muda na passagem do principado à república é a natureza mesma da vontade; o que muda na passagem da república aristocrática à república democrática é só o modo diverso de formação de uma vontade coletiva.

“A teoria das formas de governo, formulada pelos gregos, não nascera da cabeça dos filósofos. Nascera da observação das constituições das cidades gregas, de suas características e de suas mudanças.”

“Não podia escapar a quem escreve ser, para um escritor de coisas políticas, “mais conveniente procurar a verdade efetiva das coisas do que a imaginação delas”, e que olha com suspeição a todos aqueles que “imaginaram repúblicas e principados que jamais se viram nem se reconheceram como verdadeiros”

“eram governadas por senhores temporários e eletivos, e/ou por colegiados ou conselhos notáveis ou de representantes, de que a Itália apresentava no tempo de Maquiavel, exemplos conspícuos com as repúblicas de Gênova”

“as reflexões de Maquiavel não foram com as cidades gregas, mas a república romana: Uma história, em seu percurso dividido, entre uma república e um principado, para confirmar a tese de que os estados são, precisamente como se queria demonstrar, ou repúblicas ou principados.”

“Trata-se de uma distinção verdadeiramente essencial, tanto que um estado bem ordenado só pode ter uma ou outra constituição.”

“cada uma tem uma lógica própria e dar origem a estados imperfeitos.”

“Não se pode ordenar nenhum estado estável se não for verdadeiro principado ou verdadeira república, porque todos os governos situados entre estes dois são imperfeitos, e a razão é claríssima: o principado tem só um caminho para dissolução, o qual consiste em descer até a república; do mesmo modo a república só tem um caminho para sua dissolução, o qual consiste em subir até o principado.”

“Na nítida distinção entre principados e repúblicas, não há lugar para “estados intermediários”.”

“Porque estes estados sofrem do mal típico, a instabilidade.”

“o governo misto que Maquiavel identifica no estado romano é uma república, uma república composta, em relação de concordia discords entre si.”

“Entre principados hereditários, em que o poder se transmite com base numa lei constitucional de sucessão, e principados novos, em que o poder é conquistado por um senhor que, antes de conquistador aquele estado, não era ‘príncipe’.”

“O critério de distinção entre estes dois tipos de principado é claro: existem príncipes que governam sem intermediários, cujo poder, é absoluto, com a consequência de que os súditos são “servos.”

“Maquiavel retoma o conceito, já consolidado na tradição, da monarquia despótica, da monarquia em que a relação entre dominante e dominado é semelhante à relação entre senhor e servo”

“Há sempre um estado do Oriente, não europeu que bem serve para demonstrar a existência de uma forma de governo própria dos “povos submissos”.”

“Mquiavel distingue quatro espécies segundo o modo variável pelo qual o poder é conquistado: a) por virtude; b) por fortuna; c) per sclera (isto é, pela violência); d) pelo consenso dos cidadãos.”

“pares antitéticos: virtude/fortuna, força/consenso”

“Por virtude Maquiavel entende a capacidade pessoal de dominar os eventos e realizar, até recorrendo a qualquer meio, o fim proposto; por fortuna entende o curso dos eventos que não dependem da vontade humana”

“A diferença entre principados conquistados por virtude e os conquistados por fortuna é que os primeiros duram mais tempo, os segundos, a que o novo príncipe chega mais por circunstâncias externas favoráveis do que pelos próprios méritos pessoais, são transitórios, destinados a desaparecer em breve tempo.”

“Príncipe, Maquiavel não introduz a distinção entre principados bons e maus, isto é, não repete a distinção clássica entre príncipe e tirano.”

“Com base no variado modo de conquista”

“O poder per scelera, corresponda à figura do tirano clássico, Maquiavel considera-o um príncipe como todos os demais.”

“Os príncipes novos, …, são tiranos, e não só o príncipe celerado.”

“porque seu poder é um poder de fato, cuja legitimação só ocorre, quando ocorre, depois do fato consumado.”

“Nenhum é verdadeiramente tirano.”

“os príncipes novos por virtude são celebrados como fundadores de estados”

“Hegel chamará ‘indivíduos histórico-mundiais’ e em torno dos quais Max Weber construirá a figura do chefe carismático.”

“entre boa e má política é o sucesso. E o sucesso, para um príncipe novo, mede-se por sua capacidade de conservar o estado. A introdução do sucesso como a única medida de juízo político permite a Maquiavel distinguir, mesmo na categoria do tirano celerado, o bom e o mau tirano. Bom é o tirano que,

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