TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Fichamento Sobre O Príncipe de Maquiavel

Por:   •  22/5/2017  •  Resenha  •  3.424 Palavras (14 Páginas)  •  367 Visualizações

Página 1 de 14

Centro Universitário Católica de Santa Catarina

Ciência Política e Teoria Geral do Estado

Jeison Giovani Heiler

      Acadêmico: Maria Mikaeli Soares Gulart[pic 1]

O príncipe – Nicolau Maquiavel

Maquiavel nos traz no seu primeiro capítulo sobre quais os tipos e de que modo são adquiridos, os principados. Os principados conhecidos na época que o escritor fez o seu livro eram os hereditários e os novos. O hereditário ocorria quando por causa do sangue nobre passava de pais para filhos o principado. Os novos já tinham um aspecto de dominância, um principado vinha e apossava-se de terras e locais onde já havia um reino e dominantes.

 No segundo capitulo Maquiavel nos mostra as dificuldades de manter um principado hereditário, um dos grandes problemas em principados como este é as tentativas de tomar-se posse do reino, o soberano além das preocupações em não fugir do modo de soberania já existente, para não haver revoltas da população, deve se preocupar com as tentativas de domínio vindas de fora, de outros países soberanos que tentam se apossar dos seus domínios. Além disso o soberano não deve ofender seus súditos, já que quando ofendido o povo pode acabar virando-se ao principado, abrindo brechas para que uma nova monarquia tome posse daquele local.

Maquiavel faz ver que o povo era influenciável, como até hoje é, se acreditava que um novo rei poderia trazer melhorias aquele local eles levantavam-se em guerra contra o atual soberano, para que um novo viesse a governa-los. Quando acontece do povo se voltar contra o seu rei, o rei acaba ofendendo os seus súditos, fazendo eles ficarem mais distantes e difíceis de voltar a conquistar, eles por essa razão acabam apoiando outro monarca. Quando um novo monarca entra em um país, não basta apenas grandes tropas, poderosas, sem a apoio do povo que quer governar, é impossível se estabelecer naquele local. Se acontecer do novo governante vir a perder o território para o antigo monarca, dificilmente será perdido novamente, já que os rebeldes e os que foram a favor da rebelião serão punidos e usados como exemplos para os que um dia pensem sobre novamente se rebelar contra o soberano. Maquiavel acredita que quando o território tomado faz uso da mesma língua, os costumes eram similares por serem parte da mesma nacionalidade e o governante anterior não dava muita liberdade aos seus súditos, a dominação seria mais fácil, já que haveriam semelhanças muito grandes entre dominados e dominadores, entretanto se o novo governante não falar a mesma língua e quiser impor regras mais rígidas ao povo, a propensão de ser retirado do poder é maior que no primeiro caso. Também crê que se o novo dominador, mesmo não falando a língua dos dominados, não mude os seus costumes faz com que a dominação ocorra de forma mais fácil e natural. Há diversos modos da dominação dos povos serem facilitadas ou dificultadas. Para que o antigo governo não venha a atentar ao novo, a melhor solução seria a extinção daquela família, daqueles descendentes, assim garantindo que não haveria uma tentativa de retomar o poder.

Quando Maquiavel nos fala de como poderia um novo rei se estabelecer de forma mais fácil para que seus dominados aceitem essa nova monarquia ele nos traz três pontos importantes nessa fase de tentativa de estabelecer-se no poder:

  • A fixação do novo governante no local onde ele quer dominar. Quando um governante se faz mais perto de seu povo ele pode perceber coisas que de longe não perceberia, como problemas que acontecem no local, tentativas de pessoas tomarem o poder e até mesmo estar perto para ouvir sugestões e reclamações dos súditos, estando no local ele impõe um respeito no local, diminuindo as chances de outras pessoas tentarem dominar o território que é seu.
  • Instalação de colônias em lugares específicos dos seus domínios. Quando um rei precisa se instalar em suas terras, necessita ter a certeza que seu povo não vai acabar se dividindo, pela extensão de suas terras a melhor solução seria colocar pessoas de sua confiança perto de todo o seu povo, fazendo assim colônias em lugares estratégicos de seu reinado.
  • Um governante precisa saber fazer elos com os outros territórios certos, quando ele busca fazer elos apenas com fortes governos acaba esquecendo os pequenos, assim criando inimigos que quando juntos acabam sendo fortes, Maquiavel lembra que os soberanos precisam de aliados para enfraquecer potências grandes de poder e os melhores aliados que eles podem encontrar são pequenas potências que ficam ao redor de seus domínios.

Maquiavel nos mostra o exemplo do Rei Luís XII, os 6 erros que ele cometeu, erros estes que os monarcas devem evitar:

  • Não se aliou a governos menores e sim os dizimou;
  • Deu mais poder a um governo que já era grandemente poderoso;
  • Trouxe a Itália alguém que tinha mais poder que ele;
  • Não se mudou para o novo território;
  • Não criou colônias estratégicas;
  • Invadiu o território veneziano, fortalecendo a igreja.

Maquiavel no seu quarto capitulo nos fala sobre as formas que estavam sendo governados os reinos. Os reinos eram governados de duas formas, a primeira quando o príncipe governa junto com ministros e a segunda quando o príncipe governava com barões. No primeiro caso os ministros eram escolhidos e tinham a licença concedida pelo príncipe para que ajudassem a administrar o reino, no segundo caso os barões estavam nas suas posições graças as influencias vindas da sua família cujas famílias desde os tempos imemoráveis faziam parte da nobreza, sendo assim não necessariamente eram escolhidos. Em países cujo quem governava era o príncipe e os ministros o monarca sempre terá a autoridade maior, nenhuma pessoa será superior a ele, em países assim as tentativas de dominar são mais difíceis já que esses têm forças mais unidas do que os outros. No caso de países onde o príncipe governa com barões, o príncipe não tem a total liberdade sobre eles, não podendo priva-los de nada, também nesses países as possibilidades de tomar o território são mais fáceis. Países que antes de serem dominados eram príncipes e ministros, são mais fáceis de lidar depois de dominados, já que os governantes não criariam mais empecilhos depois de dominados, o que não ocorre em países com barões porque esses irão apresentar maior dificuldades em ceder ao novo governante.

Se um estado antes acostumado a viver em liberdade vier a ser tomado, para Maquiavel, há apenas três formas de conseguir permanecer governando eles, a primeira é arruinando o antigo estado, a segunda é morando no território agora dominado e pôr fim a terceira é deixando que os dominando ainda façam uso das suas leis e culturas já existente. Quem deseja se tornar monarca de uma cidade que antes era livre, deve ter em mente que para que isso dê certo e ele não acaba arruinado, ele terá que arruinar os rebeldes, pois esses rebeldes que farão com que o povo sempre lembre de antigos costumes e crenças que nem mesmo os benefícios do novo governo os farão esquecer. Diferentemente quando um povo nunca teve a sua liberdade e surge um novo governante que não altera isso deixando ainda restrita a liberdade, dificilmente o povo se rebelará, pois eles nunca tiveram essa liberdade, não sentindo falta dela, o problema fica onde o povo já teve liberdade e acabou sendo restrita pelo novo governante.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (20.4 Kb)   pdf (164.4 Kb)   docx (26.5 Kb)  
Continuar por mais 13 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com