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O poder e a força ou Os meios da política externa.

Por:   •  25/10/2017  •  Resenha  •  1.094 Palavras (5 Páginas)  •  437 Visualizações

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Aron, Raymond. Paz e guerra entre nações: O poder e a força ou Os meios da política externa. Capitulo 2º. 1962

                                                                                                           Isaac Alves Melo

                                                                                 Universidade Federal do Amapá

                                                    RESENHA CRITICA.

Apresenta-se a seguir uma resenha crítica, baseada no capítulo II da obra ‘’Paz e guerra entre nações’’, livro de autoria de Reymond Aron, um filosofo, sociólogo político e comentarista neoliberal francês que se tornou conhecimento pelo seu humanismo, liberalismo e suas críticas as tendências totalitárias marxistas. ‘’Paz e guerra entre nações’’ se trata de uma obra a qual a finalidade é trazer reflexões sobre o efeito da guerra, grande característica da obra de Aron como um todo.

o segundo capitulo da obra inicia-se com a definição dos termos ‘’força’’ e ‘’poder’’ termos aos quais na maioria das vezes se emprega uma definição errônea.

Poder pode significar a capacidade de fazer, criar ou destruir, porém, segundo Aron, dentro das relações internacionais, o significado desses termos é bem mais complicado, sendo necessário separar a definição dos mesmos e suas variações entre tempos de paz e guerra, tendo como exemplo o significado de força, que passa a se dividir em dois, a força potencial, onde todos os recursos (morais, materiais e humanos) se tornam uma medida de poder, e força real a parte desses recursos que realmente ajudam a conduzir a política exterior

Aron também diz, que em tempos de paz, o que retrata a potência de um país é a sua capacidade de influenciar a seus rivais, uma vez que o sistema internacional é anárquico e não há órgão superior que restrinja os países, o sistema é composto por atores que seguem seus próprios caminhos, e por haver diferenças ideológicas, acabam havendo conflitos (nem sempre bélicos), então um país poderoso é aquele que mesmo em um cenário anárquico de países soberanos consegue influenciar a seus rivais, sendo essa ‘’potencia’’ subdividida em potência defensiva e ofensiva, sendo ofensiva a capacidade de influenciar a outros indivíduos e defensiva a capacidade de resistir as influências de outros.

Para Aron, a noção de poder é um valor inexato, afinal, se fosse exata, o pais considerado mais forte teria total certeza de sua capacidade de vencer as guerras, e os países menores cederiam as vontades do vencedor pela previsão de sua derrota, mas por valores como a sorte, influenciarem com grande força a guerra, o real montante de ‘’poder’’ de um estado tem uma grande margem de erro, que se entendido de maneira errada poderia acarretar em resultados prejudiciais ao estadista, usando como um ótimo exemplo Hitler, que não acreditava que os Americanos pudessem criar um exército de primeira, simplesmente por não terem cultura militar tão forte quanto a Alemanha, que acabou perdendo a guerra.

Como outro exemplo prático da ineficiência do cálculo de poder Aron diz que alguns países em tempo de guerra, transforma sua população em exército, contando que a indústria possa equipa-los, fazendo com que muitos considerassem que poder econômico e poder militar fossem equivalentes nesse caso, pensamento que se torna errado no momento em que indústria como a de alimentos, não poderiam tornar-se fornecedores de armas, ou seja o poder econômico se difere do poder militar.

Mesmo com muitas tentativas de determinar quais elementos constituíam a potência e a força, nenhuma teoria se mostrou incontestável. Estudiosos como Morgenthau, Spykman e Steinmetz listaram os possíveis elementos, e no fim de tudo, todas ficaram parecidas. Compostas por dados geográficos, matérias-primas, dados econômicos, técnicos e humanos, que realmente fazem parte da composição da força de um país, porém, apresentavam falhas

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