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Politica Social

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Por:   •  28/9/2013  •  1.256 Palavras (6 Páginas)  •  332 Visualizações

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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II

A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL

O Serviço Social é uma profissão cujo processo de construção não aconteceu de forma contínua e linear, da sua gênese à sua trajetória sócio Histórico, possuem características complexas, que nem sempre são apreendida e compreendida pela sociedade e até mesmo dentro da própria categoria há apreensões divergentes quanto ao seu processo de transformação e atuação profissional.

Iremos apreender como uma profissão que surge no seio da Igreja Católica, que teve sua base teórica os conceitos morais, confessional do Neotomismo, em meio a uma conjuntura sócio histórico e contexto institucional, tem hoje em sua fundamentação teórica e prática o método dialético de Karl Marx.

Para entender todo esse processo de renovação crítica do Serviço Social se faz necessário pontuarmos a denúncia do conservadorismo profissional, iniciada ainda na década de 1960 e desenvolvida nas décadas de 1970 a 1980, sob a influência do Movimento de Reconceituação do Serviço Social Latino Americano, contextualizando a conjuntura histórica da época no mundo e principalmente na América latina.

Quando o Serviço Social surgiu no Brasil, na década de 30 do século passado, registrava-se no País uma intensificação do processo de industrialização e um avanço significativo rumo ao desenvolvimento econômico, social, político e cultural. Tornaram-se mais intensas também as relações sociais peculiares ao sistema social capitalista.

Desde a sua implementação no Brasil, foi influenciado pelo pensamento positivista de Augusto Conte, onde criou o método cientifico (método e teoria) na qual se focou nas ciências naturais. O Documento de Sumaré foi uma quebra de paradigma onde se buscou a reconceituação do Serviço Social através da tese de Goldstein, desenvolvendo-se uma metodologia chamada Cientificidade que consistiu em produzir um conhecimento científico dos fatos sociais. Enfim o Documento de Sumaré envolveu reelaborações por um grande numero de profissionais na busca de fundamentos, de novos, conhecimentos e teorias baseado em uma concepção de homem e de mundo e na formulação de novas metodologias que pudesse instrumentalizar uma ação coerente com um novo posicionamento.

O Serviço Social posteriormente ao desenvolvimentismo difundiu uma nova visão das possibilidades da profissão e das funções do assistente social, no sentido de reformulações teóricas e práticas, seja operacionalização da nova proposta, á luz de posicionamentos ideológicos o que é uma conquista que surgiu com o movimento de reconceituação.

A cientificidade foi marcada por análises críticas ao Serviço Social tradicional e ao sistema vigente que envolveu impasses, crises e ganhou vitalidade com questionamentos, contestações, reelaborações que delinearam diferentes fases, provocando rupturas e reclamando novas abordagens.

Quando se coloca em discussão a denominada questão social, dois elementos surgem em destaque: o trabalho e o capital. A resposta a serem dados ao conflito entre esses dois polos vai depender da maior ou menor importância que se atribui a um ou outro desses elementos. Para entender melhor essa problemática, considera-se, de início, o trabalho humano, destacando as relações sociais que se desenvolvem no sistema produtivo. Focaliza-se, então, o cerne da questão social, a exploração do trabalho pelo capital, com todas as suas consequências para a vida do trabalhador.

Embora o Serviço Social não tenha alcançado ainda uma definição satisfatória é considerada uma técnica social na medida em que tem influência no comportamento humano e social. A conceptualização do Serviço Social como disciplina permite a sistematização de instrumentos de intervenção social.

No entanto, o facto dos profissionais terem uma base de trabalho bastante prática, poderá prejudicar os seus contributos em termos teóricos, retardando a existência de um quadro de referência no contexto das ciências técnicas.

O Serviço Social deve conter uma abordagem em função do modelo básico de desenvolvimento; tal permitirá que a sua atuação venha a responder aos desafios que são colocados ao profissional.

Poderá definir-se a profissão como "Ciência Social Aplicada" na medida em que conjuga conhecimentos da Sociologia, Antropologia, Psicologia, Economia ou Política. De uma forma geral, o Serviço Social é colocado no quadro especulativo-prático, aplicando, ora conhecimentos próprios, ora conhecimentos das outras ciências.

A participação do homem, sujeito e objeto da intervenção, requer um trabalho cientificamente estruturado.

Nas referências teóricas encontramos os fundamentos da intervenção do Serviço Social:

- O postulado da pessoa humana, central em qualquer intervenção;

- O postulado da sociabilidade essencial da pessoa humana, enquanto direito intrínseco da sua auto realização.

Quanto às referências valorativas ou éticas encontramos essencialmente o quadro de valores que é a "Declaração Universal dos Direitos Humanos" (dignidade, liberdade, autodeterminação, justiça e democracia).

A intervenção do Serviço Social realiza-se no binómio indivíduo-sociedade. Das especificidades de intervenção decorrem diferentes níveis de atuação, destinados a indivíduos, grupos e comunidades.

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