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Projeto Pesquisa Comércio Exterior Exportação Café

Por:   •  30/6/2022  •  Projeto de pesquisa  •  3.565 Palavras (15 Páginas)  •  99 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG INSTITUTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS, ADMINISTRATIVAS

ECONTÁBEIS – ICEAC CURSO DE COMÉRCIO EXTERIOR

Tanisse Vitor Antunes

EFEITOS DA PANDEMIA DE COVID-19 SOBRE AS EXPORTAÇÕES DE CAFÉ

BRASILEIRO

Santa Vitória do Palmar 2022

TANISSE VITOR ANTUNES[pic 1][pic 2]

EFEITOS DA PANDEMIA DE COVID-19 SOBRE AS EXPORTAÇÕES DE CAFÉ BRASILEIRO

Projeto apresentado à disciplina de Metodologia de Pesquisa em Comércio Exterior como requisitoparcial à aprovação na disciplina.

Orientador: Prof. Dr. Rafael Mesquita Pereira

Santa Vitória do Palmar 2022

SUMÁRIO

  1. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA        3
  2. JUSTIFICATIVA        7
  3. OBJETIVOS        8
  1. Objetivo geral        8
  2. Objetivos específicos        8
  1. METODOLOGIA        9
  2. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO        12

REFERÊNCIAS        13

  1. CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA

Com sua chegada ao Brasil, em 1927, devido as condições climáticas do país que eram favoráveis, o café tornou-se o maior gerador de riquezas, e o produto mais importante da história nacional (DUTRA, 2018). Dessa forma, impulsionou o desenvolvimento econômico do país, ajudando a construir novas ferrovias, para transportar a mercadoria. Segundo Dutra (2018), em 1870 a cafeicultura foi abalada por uma geada, que acarretou graves prejuízos. Quase 60 anos mais tarde, aconteceu a quebra da Bolsa de Nova York, na qual obrigou o governo a queimar milhões de sacas de café para evitar uma crise maior e, com este episódio, marcou o fim do auge do ciclo do café. Segundo Martins (2012), os defensores do café alertavam que, visando suas inúmeras vantagens comparativas, uma vez plantado, o café durava mais tempo, dispensava moendas1, carros de bois, caldeiras e, dava mais dinheiro que o açúcar. Depois disso, as lavouras cafeeiras se restabeleceram e hoje estão presentes em todo

Brasil. Dentro dos produtos primários comercializados no mundo, o café é um dos mais

valiosos, apesar de não ser o principal produto de exportação do país. Com seu cultivo, processamento, comercialização, transporte e mercado, é umas das commodities de maior destaque nas vendas externas dentro do segmento do agronegócio, que por conseguinte contribui para movimentar a economia mundial (CARLA SIQUEIRA; PEIXOTO CHAIN; SILVÉRIO CAMPOS, 2019).

No mercado internacional, o café que mais vem ganhando status de “speciality2” é o café torrado e moído, pelo aumento das exigências dos consumidores (FERREIRA, 2013). Porém existe uma grande diversidade de espécies que compõem o gênero botânico Coffea3, entre eles os de suma importância econômica são apenas dois: o Coffea arábica (café arábica) e o Coffea canéphora (café Conillon ou robusta). Quem responde por cerca de 60,0% da produção mundial de café, é o arábica (USDA, 2017), além de ser caracterizado pelo baixo teor de cafeína nos grãos e aroma, com doçura intensa, o produto é cultivado em altitudes elevadas. Outro mercado relevante é o Conillon, que segundo Ronchi (2009), pode ser cultivado em baixas altitudes, com um elevado teor de cafeína e sólidos solúveis, portanto, é bastante

[pic 3]

1 Mó de moinho ou conjunto de peças num engenho que serve para moer ou espremer certos produtos.

2 O famoso termo “Especiality”, é dado para a categoria de café especial, que possui uma graduação a partir de 80 pontos numa escala de 0 a 100 de avaliação sensorial da Metodologia SCA.A (Specialty Coffee Association).

3 Substantivo feminino [Botânica] Gênero (Coffea) de pequenas árvores e arbustos da família das Rubiáceas, originários das regiões tropicais da África, que têm flores brancas fragrantes, reunidas em cachos na base das folhas lustrosas, sempre verdes.

utilizado para a produção de café solúvel e, também, em composto com o arábica é utilizado na indústria de café torrado e moído.

Segundo De Almeida (2021), atualmente o Brasil é o maior produtor mundial de café, sendo responsável por, aproximadamente, 30,55% do total produzido no mundo. As vastas áreas de plantação e demais condições que colaboram para o cultivo desta commodity tornam o país um dos grandes players do setor. Neste contexto, Helpman (1981) destaca que, de acordo com o teorema de Hecksher-Ohlin, quando um país possui grande dotação de um fator específico de produção, ele tende a se especializar na produção de bens que sejam intensivos nesse fator. Isso justifica, em grande parte, o grande potencial do Brasil na produção de café, visto sua relevante dotação de fatores que favorecem a plantação de café. Para Hidalgo e Feistel (p.93. 2013) “na literatura sobre comércio exterior brasileiro geralmente parte da premissa de que o Brasil é relativamente mais bem-dotado de recursos naturais o que de trabalho e capital, sendo este último fator visto como o mais escasso no país.” (HIDALGO; FEISTEL, 2013, P.93). Segundo Morrow (2010) a teoria de Heckscher–Ohlin dita que um país exportará um bem intensivo em seu fator abundante de produção, e importará o bem que exija a utilização de seu fator escasso e caro de produção. No Brasil, o café arábica possui 78% da área plantada no país e corresponde com 84,0% da produção para exportação (XIMENES, 2017). Tudo isso colabora com a atual situação do café no Brasil, sendo uma das commodities mais importantes para o país.

Segundo Bernardo et al. (2018), o país contribuiu com o aumento de 4,1% das exportações e de 3,7% das importações mundiais e isso foi devido ao crescimento de 17,6% de suas exportações, na safra de 2018/19 em relação à anterior. Além do Brasil, mais três países (Vietnam, Colômbia e Indonésia) somam 67,6% da produção mundial, sendo os principais países exportadores de café. Portanto a União Europeia e Estados Unidos são os maiores importadores de café brasileiro (57,4% do total) e maiores consumidores mundiais desta commoditie (USDA, 2018).

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