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Relações Diplomáticos Entre os EUA e a América Latina Durante a Guerra Fria

Por:   •  30/9/2023  •  Ensaio  •  669 Palavras (3 Páginas)  •  51 Visualizações

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  • No fim da década de 1940, as relações diplomáticas entre os Estados Unidos da América e a América Latina era bastante favorável aos estadunidenses. Além do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), o rompimento dos países sul-americanos com as forças do Eixo consolidou ainda mais essa relação. Dessa maneira, ao passo que os países latino-americanos se alinhavam politicamente, os Estados Unidos desfrutavam de tratamento favorável tanto para o seu comércio quanto para os seus investimentos regionais. Esse cenário positivo fez com que os EUA pudesse se dedicar ao seu trabalho de contenção da “ameaça vermelha”.
  • Na década de 1950, contexto de Guerra Fria”, os Estados Unidos se preocupavam com a expansão da influência soviética pela europa e Ásia. Tal preocupação fez com que os EUA, por meio do Plano Marshall, enviasse recursos para a reconstrução da Europa. Esse posicionamento não atendia as expectativas dos países latino-americanos, que aguardavam um igual investimento.
  • Em 1948, ocorreu a Conferência de Bogotá, em que foi estabelecido a Organização dos Estados Americanos (OEA), que deveria ser um elo mais forte no diálogo entre os latino-americanos e os Estados Unidos, porém o comportamento estadunidense não mudou. Os EUA, passaram a repensar sua postura sobre as demandas sul-americanas, após a visita conturbada do vice-presidente Richard Nixon à América do Sul (1958) e a Revolução Cubana (1959).
  • Antes da Revolução Cubana, e logo após essa viagem mal sucedida, o presidente Juscelino Kubitschek, lançou uma nova política externa, a Operação Pan-Americana. Ela propunha aos EUA releitura de sua relação com os países da América Latina, seu objetivo principal era acabar com o subdesenvolvimento do continente com a parceria estadunidense. Porém a OPA não obteve grandes resultados pela falta de projetos que viabilizassem sua implementação. Dessa forma, a atenção dos Estados Unidos seguia voltada para a Europa.
  • Após a Revolução Cubana, que implementou um governo nacionalista e revolucionário, os EUA passou a mudar o enfoque de sua política externa, o primeiro era conter o movimento cubano e o segundo era conter um possível avanço da revolução para os outros países latino-americanos.
  • Assim, com o objetivo de conseguir recuperar a confiança  e o prestígio com os países da América Latina, eles lançaram, na Primeira Conferência de Punta del Leste, a Aliança para o Progresso. Essa política buscava promover reformas estruturais através da assistência técnica e financeira vindas dos EUA, para conseguir realizar o que era previsto foi criada a United States Agency for International Development (USAID), para proporcionar uma ligação entre os EUA e a América Latina.
  • A USAID deveria desenvolver setores básicos por meio de uma assistência técnica baseada nos princípios da cooperação internacional. Porém esses programas eram realizados por técnicos estadunidenses, que iam até os países e analisavam os setores alvos da reforma, após essa análise as propostas de reforma eram apresentadas, e geralmente, era uma fórmula única para todos os países, ignorando as particularidades regionais, dessa maneira o projeto não correspondia à cooperação técnica que fora divulgada. Mas, apesar disso, a USAID, propiciava aos EUA um controle, em partes, sobre os países da América Latina.
  • Entretanto, a USAID não era o único plano dos Estados Unidos, caso este não fosse bem sucedido, a política externa possuía uma vertente mais agressiva chamada Contra- Insurgência. Essa política propunha um remodelamento de instrução militar do continente, adaptando as Forças Armadas à uma luta anti-guerrilha. Apesar, a Aliança para o Progresso e a Contra-Insurgência eram política complementares a USAID atuava em primeiro lugar.
  • Após o lançamento das bases da Aliança para o Progresso surgiam as primeiras manifestações contrárias, promovendo um debate quanto as reais intenções dessa política, uma vez que esta foi apresentada em um momento de crise pela revolução Cubana. No Brasil, o objetivo da embaixada era garantir que a Aliança para o Progresso fosse bem aceita, dessa forma foi atribuída à essa política um novo nome, Operação Aliança, de maneira a justificar a existência e provar que esta não era uma simples intervenção dos EUA, mas sim um aprimoramento do que já tinha sido feito.

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