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Resenha: História das Relações Internacionais Contemporâneas

Por:   •  27/2/2018  •  Resenha  •  506 Palavras (3 Páginas)  •  751 Visualizações

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Universidade Federal de Pelotas-Relações Internacionais 2017/2

Mylenna Carvalho dos Santos

Resenha: “História das Relações Internacionais Contemporâneas.”

SARAIVA, José Flávio Sombra. O apogeu e o colapso do sistema internacional europeu. Brasília: Editora Saraiva, 2008, cap. 3. (Análise da parte 3.4-1,2,3,4)

Nesse texto analisaremos o capítulo três da obra “História das Relações Internacionais Contemporâneas”, coleção formada por nove ensaios escritos por 4 diferentes autores. A autoria do capítulo analisado, “O apogeu e o colapso do sistema internacional”, é de Wolfgang Döpcke, especialista alemão em história africana e docente na Universidade de Brasília.

A parte 3.4 do capítulo, o autor inicia debatendo substancialmente o fenômeno que ele intitula como “novo imperialismo”, onde as potências europeias dominaram territórios no em outros continentes, inserindo de forma abrupta novos países no sistema europeu, explorando novos pontos estratégicos de influência e expandindo seu poder. O autor divide o processo em dois períodos: o período antes de 1890, onde as ambições coloniais do Estados europeus serviam como válvula de escape paras as tensões dentro da Europa- e o período a partir de 1890, onde as conquistas coloniais tornaram-se justamente a causa de muitas tensões entre os Estados europeus.

A partilha da África é profundamente analisada no ensaio por ser um fenômeno de características bastante incomuns, que potencializaram o poder de nações que já eram grandes expoentes -como a Inglaterra que conquistou vários territórios estratégicos para finalidades comerciais-, afirmaram a conquista da Alemanha como potência influente no sistema europeu, sem deixar, é claro, de estimular novos conflitos provenientes da insatisfação de alguns Estados com as decisões tomadas na partilha.

No decorrer do capítulo, o autor debate sobre as diferentes formas que o imperialismo se deu na Ásia, onde houve uma tentativa de partilha, como se deu com o continente africano, porém, não se obteve êxito devido à forte resistência popular em países como a China, por exemplo. As tentativas de conquistas europeias, que terminaram por dominar apenas pequenos territórios asiáticos e firmarem acordos comerciais, que deu destaque à Ásia por sua predominância de um imperialismo informal. Também é analisado o surgimento de potências fora do cenário europeu, como é o caso dos Estados Unidos e do Japão, com enfoque nos Estados Unidos, potência industrializada que, inicialmente, tinha ideia contrárias às de expansão imperialista, porém, terminou por expandir seu império para fins comercias e como forma de afirmar sua influência no cenário mundial.

O fragmento do ensaio analisado nesse texto é concluído com o debate acerca das possíveis causas que levaram a uma segunda onda de colonialismo e suas diferentes teorias. É delicado simplificar esse fenômeno em uma só causa, já que o processo de expansão imperial se deu de diferentes formas para cada uma das potências em destaque na época, e cada uma delas tinham suas próprias motivações e especificidades. Ao analisar o período, deve-se levar em conta cada um dos processos, de modo que não se negligencie nenhum fator de uma época que desencadeou acontecimentos- como a Primeira e Segunda Guerra Mundial- que influenciam o modo como as relações funcionam dentro do Sistema Internacional até os dias de hoje.

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