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Responsabilidade Social E Meio Ambiente

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Por:   •  6/12/2012  •  708 Palavras (3 Páginas)  •  1.270 Visualizações

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para sair do naturalismo médico. Ela releva a ética da

responsabilidade de Lévinas no sentido de pensar o

outro. É no encontro inicialmente da relação mãefilho

e, em seguida, em todas as relações de

proximidade que se cruza o sentimento de

responsabilidade(4).

É conveniente nos referirmos ao lugar do

cuidado no espaço socioterapêutico o qual não é

limitado às instituições de saúde. O terapêutico não se

situa em uma instituição ou em um dado espaço, remete

a um conjunto de ações de indivíduos ou grupos no

trabalho de atenção à vida do outro e que é diluída no

espaço social. Engloba o trabalho de enfermagem, no

entanto, não é restrito a ele. O trabalho de atenção à

vida passa pelo corpo, no sentido amplo do termo, e

também por diversas técnicas corporais que reúnem

pessoas singulares e grupos específicos. Todas as

ações de atenção à vida não conduzem,

necessariamente, a um melhor bem-estar, à

manutenção e à qualidade ou a uma vida significativa

para si mesmo e os outros. No pensamento humanista

ou da humanização, o cuidado é visto, necessariamente,

como uma boa ação. Existe, de certa forma, de um

lado a técnica, que é má, médica, abusiva, invasiva, e

de outro, o cuidado, que deve corrigir a técnica, tornála

humana e dar prioridade ao ser e não à máquina.

Nessa visão, muito influenciada pelo modelo médicohospitalar,

a técnica é verdadeiramente a máquina.

No entanto, sabemos que as técnicas como as da

enfermagem não são somente máquinas. São

sociocomportamentais (o trabalho para mudar

comportamentos de saúde); administrativas (a gerência

que diz respeito à vida e aos corpos) e também

observáveis nas rotinas (pois o ritual do controle da

temperatura e das excreções todas as manhãs, nos

hospitais, lembram ao paciente que ele está submetido

a uma vigília tecnológica)(4).

A etimologia da palavra cuidado, enquanto

atenção e preocupação (para o outro), deveria

igualmente (pela inclusão de seu contrário, o

descuidado) significar o problema da indiferença e

também o da prioridade da ação para certos grupos

vulneráveis, frágeis, em detrimento de outros,

colocando a questão da justiça no acesso aos serviços

de saúde. Assim, a insistência sobre o humanismo e a

humanização, pelos cuidados, torna difícil pensar neste

último como carência, ausência, recusa. É preciso

considerar aqui toda a questão da privação (de

cuidados, de técnicas) para certos grupos nas regiões

isoladas, nas periferias isoladas do mundo, e para quem

a saúde se torna uma questão de direitos humanos e

de cidadania. Devemos pensar o cuidado nas suas

expressões de recusa (do cuidado) e da indiferença

(em relação a certos grupos). A expressão “se

preocupar com” supõe (mesmo que não nos demos

conta) o sentido de “não nos preocuparmos com”(4:38).

Humanizar para quem e por quê? Até que ponto

a atenção e a preocupação pelo outro se referem a

uma visão limitada de alteridade, negando a existência

da pessoa que cuida enquanto sujeito na relação de

cuidado? Questiona

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