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TEORIAS DE SEGURANÇA INTERNACIONAL UMA ANÁLISE DA GUERRA DO VIETNÃ (1955 - 1975)

Por:   •  4/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.046 Palavras (13 Páginas)  •  342 Visualizações

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TEORIAS DE SEGURANÇA INTERNACIONAL

UMA ANÁLISE DA GUERRA DO VIETNÃ (1955 - 1975)

 

 

 

 

 

 

 

                                                                             

 

 

 

                                                      Belo Horizonte

                                                                2015

 A Guerra do Vietnã

1955 - 1975

A Guerra do Vietnã inicia-se diante de diversos conflitos que acontecem em um mundo bipolarizado pela Guerra Fria (HOBSBAWN, 1994). O contexto histórico desta guerra, que derivou de diversas guerras, como a Guerra da Indochina; gerou esta nova guerra, que foi a primeira a ser televisionada para todo o mundo; fazendo com que houvessem assim um impacto gigantesco desta guerra na sociedade civil, que via pelas imagens que lhe eram transmitidas, o poder esmagador dos Estados Unidos, sendo então considerada como um grande fracasso norte-americano, em termos políticos (JOURNOUD, 2014). Tenta-se neste relato, não se delongar em demasia aos fatos históricos do evento, mas sim em seus momentos cruciais e decisivos do embate, e, sua devida explicação, utilizando-se como base principal a teoria de Carl Von Clauzewitz, publicada no ano de 1832, mas extremamente atual em explicar movimentos de fricção.

Mapa do Vietnã:

[pic 1]

Fonte: https://www.algosobre.com.br/historia/guerra-do-vietna.html

O envolvimento dos Estados na região do Vietnã, teve início quando um Tratado político internacional, em 1954, que tentava resolver os conflitos internos da antiga colônia francesa, dividiu o país em duas partes: o Vietnã do Norte (Comunista), que recebeu apoio da China e da Rússia, e o Vietnã do Sul com o apoio dos Estados Unidos (VISACRO, 2009). Desde então, do ano de 1955, para conter a guerra civil instalada no país, e, a tentativa de impedir golpe ditatorial do Norte no Sul, os presidentes norte-americanos enviavam material bélico, e ajuda financeira, para os vietnaminas do Sul, para conter o avanço comunista na região, que, até então era uma guerra interna. Este quadro é alterado no segundo semestre do ano de 1964, quando o USS Madox e, outras bases militares norte-americanas são bombardeadas por vietcongues[1], dando início assim a outra face deste conflito: uma guerra de fato entre Estados (VISACRO, 2009).

Mapa do Vietnã e a ilustração do poderio comunista e sua distribuição:

[pic 2]

Fonte: https://valdemationsociety.wordpress.com/2015/05/09/a-guerra-fria-iii-aliancas-militares-e-conflitos-entre-as-superpotencias-8o-ano/

A guerra, conforme definição de Clauzewitz, é “ um ato de força para obrigar o nosso inimigo a fazer a nossa vontade” (CLAUZEWITZ, 1996, p.75); e, para isto, o Estado utiliza dos meios disponíveis para atingir o seu objetivo, sendo um deles, o uso da força militar, através da guerra. Conforme Clauzewitz diz em seu livro Da Guerra (1832), que a guerra é fundamentalmente uma luta, um embate; este combate testa ao limite as forças morais e físicas dos combatentes; não sendo eliminada a força psicológica, pois durante o combate, a força moral tem muita relevância e impactos na condução da guerra, pois trata-se dos sentimentos hostis entre ambos os combatentes (CLAUZEWITZ, 1996). Quando um vietnamita é pego por um piloto norte-americano no Vale de la Drang, ele diz ao piloto que mais de 3 mil homens vietnamitas os aguardavam e esperavam ansiosamente para matar americanos. Nota-se neste trecho, o poder da força moral, com o sentimento hostil, que pode acirrar ainda mais o conflito durante o engajamento.

A guerra iniciada no Vietnã, a partir do ano de 1964, pode-se ser assim compreendida, como que a utilização do meio da guerra para  um fim político, que seria a continuação dos anseios políticos registrados no Tratado de 1954; que ao dividir o país, desejava os Estados Unidos que o comunismo não avançasse; e, com o interesse de derrotar o inimigo, e enfraquecer a ideologia comunista propagada pela Rússia e China, envia tropas militares, e forte armamento bélico de última geração, sendo testados assim novas tecnologias militares na região do Vietnã. Nota-se, portanto, a continuação dos anseios políticos através do instrumento da guerra (CLAUZEWITZ, 1996).

O fenômeno Guerra, em especial na Guerra do Vietnã, inicia-se com um conflito interno, a guerra civil, onde dois grupos de um mesmo Estado, com ideologias diferentes, parte Comunista no Norte e parte pré-capitalismo no Sul, se enfrentando então essas forças políticas opostas que eram civis, mas também tinham apoio de grupos militares guerrilheiros, como os vietcongues (ÁVILA, 2009). Após os ataques em bases norte-americanas, o conflito passa para outro patamar, de maior grandiosidade, com conflitos terrestres, aéreos; a real importância da guerra não é o palco, mas sim a utilização da força física que obriga o inimigo a fazer a sua vontade (CLAUZEWITZ, 1996).

Combatente pró-Vietnã do Norte, sendo retratado na ilustração, versus o soldado norte-americano:

[pic 3]

Fonte: http://guerradevietnam.foros.ws/t481/mapas-de-batallas-y-operaciones/

A força moral desta guerra, a defesa pela ideologia e seus valores, são importantes, em especial para o povo vietnamita, que defendia fortemente a ideologia comunista e o não colonialismo norte-americano que se apresentava diante deles, e, com isso, a adesão de diversos civis vietnamitas entravam no combate contra os Estados Unidos.  No entanto, no momento do confronto em si, nota-se que a força física prevalece, em face do objetivo e propósito político que são maiores, no caso dos Estados Unidos, de impedir que a força vietcongue aumente, além de não deixar que a Rússia ganhe mais aliados. Então, com base nisto, e conforme Clauzewitz diz: “é impossível separar a política da guerra, uma vez que ela é uma extensão da política, é a política por outros meios” (CLAUZEWITZ, 1996, p. 82). Nota-se o objetivo político é intrínseco à guerra do Vietnã, quando, após diversos ataques sofridos no ano de 1964, por vietnamitas do Norte, o Congresso Norte americano autoriza o atual Presidente Johnson, através da resolução do Golfo de Tonkin, a usar todos os meios disponíveis no sudeste asiático (VISACRO, 2009).

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