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A HISTORIA DA TEOLOGIA

Por:   •  29/8/2020  •  Resenha  •  1.432 Palavras (6 Páginas)  •  188 Visualizações

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História das Teologias,

Para ajudá-los nesta reta final para o nosso Encontro Presencial, decidi fazer um resumo dos teólogos e teologias que vimos na apostila no semestre.

OSCAR CULLMANN E A TEOLOGIA DA SALVAÇÃO

A Teologia da Salvação foi uma proposta de perceber-se a teologia a partir da história da salvação, ou seja, percebendo a Bíblia como o relato de uma história de ação redentora da parte de Deus ao homem. O tempo é algo no qual Deus atua, de modo que se deve atentar à história e à própria revelação de Deus na história. A história, portanto, sendo o veículo da revelação divina, é importante na interpretação bíblica, assim como a própria Bíblia apresenta uma história da redenção do homem por parte de Deus. Esta perspectiva foi aplicada nos estudos do Antigo Testamento por Gerhard Von Rad e nos estudos do Novo Testamento por Oscar Cullmann. Certamente este autor não se reduz à Teologia da Salvação, tendo escrito importantes trabalhos sobre Cristologia ou mesmo sobre outras temáticas. Porém, é um dos principais representantes da mesma, senão o principal.

HARVEY COX E A TEOLOGIA DA SECULARIZAÇÃO

Segundo esta perspectiva, cujos principais representantes foram John Robinson e Harvey Cox, a secularização não é algo ruim nem mesmo oposto à igreja, mas justamente um fruto da igreja cristã. Ou seja, o Evangelho vem para libertar o homem do controle religioso e mesmo da metafísica fechada. Não se deve, segundo eles, se pensar no "Deus da Bíblia", mas no "Deus deste mundo". O foco passa do Deus que salva para o mundo de Deus, sem ele. Não será à toa, portanto, que muitos denominarão esta teologia como “movimento da morte de Deus”, defendendo que deve-se abandonar a ideia da transcendência em busca de um Deus imanente, dentro do ser humano, eliminando inclusive a diferenciação entre igreja e mundo.

JÜRGEN MOLTMANN E A TEOLOGIA DA ESPERANÇA

Em meio ao sofrimento dos campos de concentração nazista, Jürgen Moltmann não encontrou o desespero, mas a esperança. Sua teologia, portanto, é fruto de sua experiência de vida, resgatando a esperança como elemento central na teologia. Trata, portanto, principalmente da escatologia, não enfatizando tanto o fim, mas a expectativa sobre o renovo. Cabe, portanto, ao cristão, abrir-se ao futuro, participando e planejando as melhorias da sociedade, de modo que a igreja deve buscar a "reconciliação universal e social".

KARL BARTH E A NEO-ORTODOXIA

Karl Barth foi o precursor da “Neo-Ortodoxia”, combatendo o liberalismo teológico e propondo uma leitura teológica que diferencia a Bíblia da “Palavra de Deus”, afirmando que a Bíblia “se transforma em Palavra de Deus” quando é usada de forma direta por Deus para falar ao homem, em sua situação existencial. Relaciona, portanto, a teologia à existência humana, mediante a filosofia existencialista, buscando compreender os textos bíblicos como realidades as quais o ser humano não deve somente compreender, mas cumprir em sua situação existencial. Assim, muitos textos são re-interpretados, sendo tomados como lições que o cristão deve aplicar em sua vida, mas não necessariamente como realidades históricas.

RUDOLF BULTMANN E A TEOLOGIA DA DEMITOLOGIZAÇÃO

Rudolf Bultmann foi o criador do método da “demitologização”, incentivando a separação por parte dos cristãos entre o kerygma cristão, ou seja, o conteúdo da pregação, daquilo que ele apontou como a capa mitológica na qual os textos bíblicos estariam inseridos. Para ele, a ideia de "céu", por exemplo, é parte de um imaginário mitológico, o qual projeta a realidade divina no alto e a realidade demoníaca para baixo, no "inferno". Ambos, para ele, não seriam realidades concretas, mas mecanismo de linguagem, a fim de indicarem realidades existenciais.

PAUL TILLICH E A TEOLOGIA DO SER

Paul Tillich defendeu que Deus não é uma coisa nem um ser, mas “o Ser”, uma vez que é por si mesmo. Deus é, também, a resposta para a busca do homem, de modo que a religião, para ele, não é somente uma crença ou adesão institucional, mas é também qualquer preocupação última que direciona o ser humano. Assim, pode-se dizer que muitas pessoas, mesmo sendo ateias, são "religiosas" por estarem comprometidas com aquilo que lhes dirige a vida.

TEILHARD DE CHARDIN E A TEOLOGIA DA EVOLUÇÃO

Para Teilhard de Chardin, Cristo está no centro de um processo de transformação que provém desde o surgimento da vida, e Deus é a causa final do Universo, para a qual todas as coisas convergem, até Deus ser “tudo em todos”. Assim, para ele, tudo deve ser pensado a partir de uma perspectiva evolutiva, onde todo o Cosmos se desenvolve, evolutivamente, de Deus para Deus, sendo ele não somente o criador da vida, mas também seu resultado último neste processo evolutivo. Cristo, portanto, seria um ser humano mais evoluído, indicando o futuro da humanidade como um todo.

LEONARDO BOFF E A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

Tendo o comunismo como inspiração e a América Latina como origem, a Teologia da Libertação propõe que o cristianismo deve ter uma aplicação política, incentivando uma mudança radical das estruturas até mesmo por meio da violência, quando necessária. Assim, os grandes ícones da teologia se tornam o pobre e o oprimido, que devem, segundo esta perspectiva, ser o foco da teologia, cujo intuito deve ser a libertação em todos os níveis, incluindo - e talvez, principalmente - no aspecto social e econômico. Não é à toa que esta teologia surge nas décadas de 1960 e 1970, no contexto das ditaduras militares na América Latina, de modo que hoje tem perdido força, por propor uma revolução social que já não é mais tão almejada pela população. Dentre seus defensores, se destaca o teólogo brasileiro Leonardo Boff, o qual publicou inúmeros livros traduzidos para diversas línguas, sendo estudado em trabalhos de Mestrado e mesmo Doutorado em Teologia, dentro e fora do Brasil.

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