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A natureza e os exemplos da verdadeira fé

Por:   •  26/11/2015  •  Relatório de pesquisa  •  2.400 Palavras (10 Páginas)  •  192 Visualizações

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Escola Bíblica Dominical

Carta aos Hebreus

Texto: Hebreus 11

Tema: A natureza e os exemplos da verdadeira fé

Introdução: O capítulo 10 termina com as belas palavras afirmativas do v.39, onde vemos a importância da fé. É a fé que não nos permite desistir. E esse era o grande problema dos hebreus; isto é, desistir da fé em Jesus (problema muito recorrente entre nós ainda hoje). No capítulo 11, portanto, o autor define a natureza da fé, e passa a apresentar vários exemplos de pessoas que experimentaram e não retrocederam, por causa de sua fé. Assim, ao examinar este capítulo tem-se o privilégio de se fazer um diagnóstico da fé de cada crente. Pode-se notar que fé não é apenas um pensamento, um sentimento. Não é nem apenas ver o invisível. Fé são atitudes concretas e diárias embasadas na confiança no caráter de Jesus Cristo, Senhor da glória.

I A natureza da fé v.1-3

Sobre a natureza da fé pode-se afirmar (v.1):

Fé habita em primeira instância a mente: as palavras “certeza” e “convicção” apontam para esta realidade. Fé não pode, de maneira nenhuma, nas emoções. A ênfase atual nas emoções (emocionalismo) está matando a fé. Por isso, John Stott escreveu o livro “Crer é Também Pensar”. A verdade é que liberta e a verdade entra pela mente. Claro que a fé afeta as emoções e aciona a vontade; mas a mente deve ser dominada pela verdade da fé.

Fé se coloca entre “dois mundos”: A fé tem “certeza das coisas que se esperam”; ou seja, para o futuro onde as promessas de Deus estão. E a fé também tem “convicção de fatos que não se veem”; isto é, olha para o passado, sabendo o que já aconteceu (v.3).

E é isso que constrói o presente. Se buscarmos um presente abençoado, a mente deve se fixar nas promessas futuras de Deus; e nas obras que Deus já fez. Assim, vou fugir de todo mal e buscar o bem porque Deus me dá razões para isso, tanto no que já fez no passado para nos salvar; e ainda fará para nossa glorificação. É por isso que aqueles que os antigos obtiveram bom testemunho, no sentido de terem sido aprovados por Deus. Creram nas obras de Deus. E assim, a fé, conforme proposta aqui, produz fidelidade e constância.

II Exemplos de fé v.4-40

Dentro do objetivo de encorajar os cristãos hebreus, o autor agora passa a mostrar exemplos que ilustram a perseverança da fé. E ao analisá-los pode-se ter a exata compreensão do que é a verdadeira fé. Vejamos:

Os antediluvianos v.4-7

Abel, Enoque e Noé são assim chamados (antediluvianos) porque viveram antes do dilúvio:

Abel e o “mais excelente sacrifício” (v.4): Além de ter ofertado as primícias, Abel ofereceu um sacrifício cruento (que envolve sangue). Ou seja, Abel se aproxima de Deus pelo sacrifício de Jesus. Ele sabia que era aceito pelo sacrifício de outrem. É assim que devemos nos aproximar de Deus – somente pelos méritos de Jesus em nosso lugar. Caim é um símbolo das demais religiões que propõem salvação pelas obras; além de ser o primeiro anticristo que se tem notícia na história.

Enoque - aquele que agradou a Deus (v.5): Juntamente com Elias, Enoque não viu a morte, foi trasladado. Sua fé se caracterizou por “agradar” a Deus. A expressão de Gn 5.22 diz “andou” com Deus. Andar com Deus “significa que uma pessoa vive uma vida espiritual na qual ela conta a Deus tudo” (Kistemaker). Para D. Guthrie, Enoque “esteve sublimemente acima da corrupção dos seus tempos”. Isso é andar com Deus (Mq 5.8).

Noé – o temente a Deus (v.7): O temor de Noé consistiu em obedecer imediatamente os mandamentos específicos de Deus (“aparelhou uma arca”). Apesar de ter tomado o “pileque” mais conhecido da história (Gn 9.21), Noé é citado pelo próprio Deus como justo (Gn 9.6; Ez 14.14,20; 2 Pe 2.5).

Assim, fica claro que fé não é só acreditar que do outro lado tem alguém ouvindo. São atitudes práticas; e é isso que o v.6 elogia: sem fé não se agrada a Deus. Ou, usando a lógica interpretativa do v.5, Deus não “anda” conosco. Por isso, vale perguntar: como pensamos que somos aceitos por Deus (como Abel?)? Andamos com Deus como Enoque? Obedecemos imediatamente como Noé?

Os primeiros patriarcas v.8-22

O autor dá uma “overdose” de exemplos de fé para que os hebreus permaneçam firmes em Jesus:

Abraão – o que partiu sem saber aonde ia (v.8-19): Um fato inegável é que Deus nos chama (v.8). A todo instante e todo lugar, Deus nos chama para sermos participantes de Seu plano para a história. E Abraão aceitou deixar de ter uma vida instalada e previsível para se lançar numa vida desinstalada e imprevisível (v.9). Isso é o evangelho. Uma vida desapegada (Mt 10.9-10; Lc 9.58). E o que faz com que uma pessoa viva assim, sendo que segurança é uma das necessidades mais básicas do ser humano? Por causa da esperança da cidade eterna (v.10,14-16). Somente os que aspiram, anseiam a glória celestial conseguem imprimir um ritmo de vida que abençoa esta terra. Na verdade, não há nada mais seguro que viver no centro da vontade de Deus, mesmo que seja inseguro do ponto de vista humano.

Sara – a mãe da impossibilidade (v.11-12): Pela idade, humanamente falando Sara não poderia ter filhos. Apesar de ter rido em sinal de desconfiança (Gn 18.12), a insistência de Sara em andar ao lado de Abraão a fez mãe de impossibilidades. Precisamos disso. Andar com gente que acredita. E, na verdade, parece que quanto mais contrária a situação, mais Deus faz através dela (v.12). Sara se tornou mãe de multidões. Isso é um encorajamento para os que lutam com grandes impossibilidades.

O autor se demora ao falar de Abraão (como fará com Moisés – principais personagens do judaísmo). Do v.17-19, ele pontua o provável sacrifício de Isaque, onde se vê a disposição de ir até às últimas consequências por causa de sua fé; isto é, matar o próprio. No entanto, com Deus nunca se fica na perda, no negativo. Abraão sabia que Deus não se contradiz e que se Isaque era o filho da promessa, de alguma maneira Deus o traria de volta mesmo das cinzas. Ele usa a lógica. A palavra “considerou” (v.9), vem de uma palavra que tem a mesma raiz de “lógica”. Em nossa vida com Deus, precisamos aprender a usar a lógica e deixar as emoções um pouco de lado. C. S. Lewis disse que nem um ateu consegue ser um ateu consiste se passar a considerar suas emoções.

Isaque

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