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ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE A DEFESA DE LUTERO HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I

Por:   •  10/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.587 Palavras (7 Páginas)  •  477 Visualizações

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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA DE NITERÓI

ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE A DEFESA DE LUTERO

HISTÓRIA DO CRISTIANISMO I

INTRODUÇÃO

        Esse trabalho vem apresentar a defesa de Lutero, contra-argumentado as acusações feitas ao monge da Ordem de Santo Agostinho. Há alguns indícios de acusações feitas contra Lutero de que ele apoiou a perseguição aos pobres, que ele não defendia o povo alemão, e que ele era a favor da doutrina do livre-arbítrio, que a reforma foi feita por interesses políticos entre outras acusações.

        Convém ressaltar que antes de Lutero, muitos outros homens lutaram para defender a Palavra de Deus. Foram eles: John Wycliff na Inglaterra, Jeronimo Savoranola na Itália, Ulrich Zwinglio na Suíça, John Huss na Alemana entre outras personalidades pré-reforma. Este último delarou assim:

“No cárcere, sentenciado pelo papa a ser queimado vivo, João Huss disse: ‘Podem matar o ganso [em alemão, sua língua natal, huss é ganso], mas daqui a cem anos, Deus suscitará um cisne que não poderão queimar’” grifo do autor (BOYER, 2013, p. 13).

        Antes de tudo, convém ressaltar que Lutero era um estudante de direito. Quando voltava pra casa foi surpreedido por uma tempestade. E prometeu que se sobrevivesse a tempestade que se tornaria monge.

“De repente um raio caiu ao seu lado. Lutero, tomado de grande susto, e sentindo-se perto do inferno, prostrou-se gritando: ‘Sant’Ana, salva-me e tornar-me-ei monge!’” (BOYER, ibid, p. 17).

        

Isso mostra que Lutero era um homem sincero e íntegro. Passou a ler a Bíblia quando foi selecionado para estudar doutorado em Teologia em Wittenberg, na Saxonia. Ao estudar o texto bíblico, percebeu que tudo o que haviam lhe ensinado sobre a doutrina da Salvação estava errado. Nesse momento, o papa era Leão X, e ele havia designado Iohan Tetzel como vendedor de indulgencias, a fim de construir a basílica de São Pedro em Roma, também conhecida como Vaticano.

        Por causa disso tudo, Lutero escreveu 95 teses contra a prática das indulgencias e as dedicou ao papa.

LUTERO LUTOU CONTRA A PRÁTICA DAS INDULGENCIAS

        As indulgencias eram vendidas em toda a Europa, e concediam o perdão de Deus por intermédio do papa, á que esse era o “Vicário de Cristo”. Ao perceber isso, e vendo o que estava nas Sagradas Escrituras, inclusive o texto que afirma “o justo viverá pela fé” (ROMANOS 1:16 b), Lutero escreve as 95 teses e as coloca na porta da igreja de Wittenberg em 31 de outrubro de 1517. Em alumas das suas teses encontramos o seguinte:

“36. Qualquer cristão verdadeiramente arrependido tem direito À remissão plena de culpa, mesmo sem carta de indulgencia.

37. Qualquer cristão verdadeiro, seja vivo, seja morto, tem participação em todos os bens de Cristo e da Igreja, por dádiva de Deus, mesmo sem carta de indulgencia.

38. Mesmo sem a remissão e a participação da mesmo pelo Papa de forma alguma devem ser desprezadas, porque (como disse) constituem declaração do perdão divino” (LUTERO, 2007, p. 126)[1].

        Isso mostra que Lutero defendia o interesse das Escrituras, e não o ego ou interesse dos líderes da Igreja Católica, e assim também defendia o interesse do povo e principalmente dos líderes políticos do Sacro Império Romano Germanico. As 95 teses mostram o quanto Lutero se importava com a vida espiritual de todos. Não foi em vão que ele traduziu a Bíblia para o alemão, contra a vontade da Igreja Católica, pois com isso a Bíblia estaria nas mãos do povo, o que infelizmente separou a Igreja Alemã de Roma, o que, diga-se de imediato, nunca foi a vontade de Lutero.

LUTERO NUNCA QUIS DIVIDIR A IGREJA

        Lutero lutou em defesa do povo, e nunca foi inteção do coração dele dividir a Igreja Católica. Não foi em vão que ele largou a vida os mosteiros, pois:

“Depois de abandonar o hábito de monge, Lutero resolveu deixar por completo a vida monástica, casando-se com Catarina von Bora, freira que também saíra do claustro por ver que tal vida é contra a vontade de Deus. O vulto de Lutero sentado ao lume, com a esposa e seis filhos que amava ternamente, inspira os homens mais que o grande herói ao apresentar-se perante o legado em Augsburgo” (BOYER, ibid, p. 27).

        Isso mostra que Lutero nunca teve intensões de dividir a Igreja, pois ele mesmo se casou e formou a sua própria família. Pelo contrário, ele foi excomungado da Igreja Católica.

“Quando a bula de excomunhão, enviada pelo papa, cegou em Wittenberg, Lutero respondeu com um tratado dirigido ao papa Leão X, exortando-o, no nome do Seor, a que se arrependesse. A bula do papa foi queimada fora do muro da cidade de Wittenberg, perante grande ajuntamento do povo” (BOYER, ibid, p. 23).

 

        A influencia de Lutero transpassou as fronteiras do Sacro Império Romano Germanico, pois em outros países da Europa os escritos luteranos trouxeram uma esperança, pois: “O célebre Eramos, da Holanda, assim escreveu a Lutero: ‘Seus livros estão despertando todo o país... Os mais eminentes da Inglaterra gostam de seus escritos” (Op. cit, p. 23).

        Mesmo recebendo apoio de Erasmo de Rotterdam, Lutero se opos a doutrina do livre-arbítrio, pregada pelo clérigo holandes, pois em resposta escreveu o livro Nascido Escravo.

LUTERO LUTOU CONTRA A DOUTRINA DO LIVRE-ARBÍTRIO

        A doutrina do livre-arbítrio era praticamente um ensinamento do humanismo dentro da Igreja, e Lutero lutou contra isso.

        Utilizando o texto bíblico, ele expõe que essa doutrina não é válida, pois:

“Os argumentos usados por Paulo são tão claros que é de admirar que alguém possa compreede-los mal. Diz ele: ‘...todos se extraviaram, À uma se fizeram inúteis, não há quem faça o bem, não há nem um sequer...’ Estou admirado do fato que certas pessoas afirmam: ‘Algumas pessoas se extraviaram, não se fizeram inúteis, não são más e nem pecadoras. Há alguma coisa no homem que o inclina para o bem’” grifos do autor (LUTERO, 2014, p. 31).

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