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ATIVIDADE DE PORTFÓLIO CICLO DE APRENDIZAGEM

Por:   •  22/9/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.440 Palavras (6 Páginas)  •  92 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

CURSO DE TEOLOGIA

Max Vinícios da Silva

ATIVIDADE DE PORTFÓLIO – CICLO DE APRENDIZAGEM 3:

Fichamento

Trabalho apresentado à disciplina de História da Igreja na América Latina e no Brasil, no curso de Teologia modalidade EAD do Centro Universitário Claretiano, como requisito parcial para aprovação.

Professora: Elza Silva Cardoso Soffiatti

Belo Horizonte

2020

Unidade 5 – A Igreja no Brasil entre 1930 e 1960

Unidade 6 – O Concílio Vaticano II e a Reformulação Eclesial: de Medellín a Aparecida

HANICZ, Teodoro. História da Igreja na América Latina e no Brasil. Batatais: Claretiano, 2013. Unidades V, VI. p. 153-222.

Fichamento

Unidade 5 – A Igreja no Brasil entre 1930 e 1960

No período que compreende os anos de 1930 e 1960 a Igreja do Brasil passou por grandes transformações levando a mesma a tomar novos rumos após tal período. Diante do Regime Populista, onde o governo buscava mobilizar e ter apoio das massas populares em sua maioria desfavorecida por meio de discursos simples que prometiam a resolução dos problemas do povo. A Igreja na mesma perspectiva também busca trabalhar com as massas católicas realizando congressos, encontros e grandes concentrações para mostrar seu poder de aglutinação e a força da fé católica na sociedade. A Ação Católica, a realização de grandes congressos e a Ação Social no Setor Trabalhista, foram as maneiras da Igreja se impor neste cenário, que produziu também uma renovação e modernização da Igreja nas esferas intelectual, pastoral e organizacional.

No governo de Getúlio Vargas, a Igreja viu como o momento de se aproximar do Estado, refazendo as relações destruídas, rearticulando-se e redefinindo-se na sociedade. Não houve uma atitude uniforme da Igreja em relação a revolução do governo, havendo opiniões divergentes entre os bispos, mas a Igreja alinhada ao Estado buscou estratégias de mobilização do povo para manter seu aparato eclesiástico.

Grande importância teve as manifestações Católicas que mostraram a força e presença da Igreja na sociedade, dentre tantas podemos citar a visita de Nossa Senhora Aparecida a então capital federal Rio de Janeiro, a inauguração do monumento do Cristo Redentor, a cruzada de oração pela pátria (25 de março de 1932) convocada pelo cardeal Leme e o Primeiro Congresso Eucarístico Nacional em Salvador. Momentos que afirmavam a fé e a presença na Igreja na sociedade bem como a união entre religião e pátria.

O ensino religioso se tornou objeto de muitos debates, sendo que fora tirado do ensino nas escolas, depois com Vargas através de decreto foi permitido, mas logo mais fora das pressões da Igreja Vargas coloca como sendo facultativo o ensino religioso. Neste cenário, várias movimentos de transformação foram despontando no meio da Igreja. A LEC (Liga Eleitoral Católica), com o intuito de mobilizar os católicos, e assim através do voto dos católicos conseguir o comprometimento com as causas da igreja.

Um dos grandes movimentos de renovação da Igreja foi a Ação Católica, que foi a grande presença da Igreja em todos os âmbitos da sociedade, por meio do apostolado leigo, uma vez que os leigos estavam em todos os lugares da sociedade alcançando todas as esferas sociais.

Com o Estado Novo o Governo que se tornou ditador, mas seguiu mantendo seus acordos com a Igreja na linha de cooperação e amizade como uma forma da Igreja não impedir a execução dos seus projetos. Em 1939 com a realização do Concílio Plenário Brasileiro, grandes foram os avanços e também a percepção de limites em relação ao cenário vivido, mas muito importante para representar o potencial da Igreja e sua organização emergindo assim uma Igreja forte em relação ao governo forte no Estado Novo.

Na década de 1950 o Brasil entra em uma fase de organização e renovação da Igreja nos campos hierárquicos, religioso e leigo. A fundação da Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), em 1952, a fundação da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), e a reformulação da Ação Católica, fez com que a Igreja seguisse a tendência desenvolvimentista, onde se moderniza e planeja suas ações pastorais. Entra em uma fase mais madura de planejamentos e compromisso com os problemas do povo Brasileiro sobretudo no campo social e agrário.

Unidade 6 – O Concílio Vaticano II e a Reformulação Eclesial: de Medellín a Aparecida

De 1960 até os dias atuais grandes passos foram dados pela Igreja, que deixa de buscar modelos fora da sua realidade e implanta projetos de pastoral que atendam suas realidades, se volta para o povo e assume de verdade sua missão evangelizadora. No campo sociopolítico e econômico a América Latina foi marcada por crise da democracia com a queda do populismo e implantação dos Estados autoritários, governada por ditaduras militares foi um tempo de guerrilhas e revoluções de combate ao regime militar.

No campo eclesial, marcada pelos pontificados de João XXIII e Paulo VI, houve um crescimento na atuação do CELAM e da CNBB, e com o Concílio Vaticano II a abertura da Igreja para o mundo, renovação da Igreja como povo de Deus e na América Latina uma Igreja dos pobres, popular. Toda renovação eclesial teve como impulso as Conferências Latino Americanas, o Concílio Vaticano II, as visitas do Papa João Paulo II; mas foi um período de tensões intraeclesiais, surgindo duas tendências: os conservadores e progressistas.

Para a Igreja do Brasil o Concílio Vaticano II foi de muita importância, desde a fase preparatória e no decorrer o aumento da participação dos bispos no concílio. O resultado foi o PPC: Plano de Pastoral de Conjunto, que enfatizou a evangelização como missão da Igreja, e ainda durante o Concílio foi realizada a primeira Campanha da Fraternidade. Mas a recepção do concílio não foi uniforme ocorrendo rupturas resistências e maneiras diferentes de entender a Igreja e a teologia do concílio.

A Igreja passa por uma situação complexa com o regime Militar, de um lado apoia o golpe, mas por outro não concorda com as medidas de repressão e violência contra ela e os cidadãos. Três fases demostram a posição da Igreja neste tempo, primeiro uma fase de apoio, depois oposição e denuncia e por fim diálogo com o governo. A igreja viveu um período de provações, combatendo injustiças e violência contra a dignidade humana e buscando equilíbrio interno entre conservadores e progressistas.

As comunidades Eclesiais de Base (CEBs), tem valor imenso para a Igreja, sendo essas pequenas comunidades lugar de estabelecer laços e onde o povo se reconhece de verdade povo de Deus, Igreja. É uma igreja com rosto do povo, uma comunidade de fé, uma grande esperança para a igreja e sociedade com proposta de vivencia cristã comprometida com a realidade, mas não foi vista com bons olhos por todos e foi até combatida.

A Teologia da Libertação chega junto com espírito de renovação do concílio; nasce com objetivo de crítica da teologia tradicional, buscando uma reflexão a partir da própria prática, gerando transformação e libertação. Porém a reflexão da realidade unida a categorias marxistas e ciências sociais gerou tensão em relação a teologia da libertação, entre seus defensores e opositores, chegando até Roma onde muitos teólogos foram censurados.

Houve tensões nas relações entre Santa Sé e a Igreja do Brasil no final da década de 1970 e início da de 1980, dentre os motivos temos a teologia da Libertação, a liturgia: onde celebrações realizadas por leigos e missa dos Quilombos foram proibidas. A formação presbiteral foi um dos campos mais delicados, onde prevaleceu Roma, mas com o novo projeto de Igreja vários padres abandonaram o sacerdócio, pondo em crise a formação presbiteral, fechamento de seminários que não se adequavam ao novo modelo. A crise afetou também as escolhas e nomeações de bispos com o abandono do sacerdócio, a mudança de estratégia e de política e também as transferências internas, Roma quis salvaguardar a Igreja, mas também obstruiu sua vitalidade.

Oe religiosos e as religiosas tiveram grande importância na vida pastoral da Igreja, por sua dedicação e trabalho. Aderindo ao impulso do Concílio, abraçaram o projeto de Igreja popular, se engajando em movimentos populares de todos os tipos, levando em conta a dimensão política e cidadã das pessoas, e a opção preferencial pelos pobres, dando testemunho profético do anúncio e da denúncia.

Em um mundo de profundas transformações, a Igreja vê-se diante de tensões e desafios externos e internos. A centralização Romana, o pluralismo religioso, o individualismo, o mundo técnico-cientifico, a mídia, tarefas difíceis e trabalhosas para serem inseridas e usadas em favor da evangelização. Por outro lado internamente a escassez dos padres, diversidade e pluralidade no colégio episcopal e de movimentos, flutuação e migração religiosas, pastoral urbana, diálogo ecumênico e inter-reliogioso, religiosidade popular e a busca de uma Igreja fraterna e participativa, são desafios que cada vez mais exigem dedicação e cuidado da Igreja, na promoção de uma evangelização integral que atinja a todos que constituem a Igreja povo de Deus.

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