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Amor

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Por:   •  10/3/2015  •  1.491 Palavras (6 Páginas)  •  145 Visualizações

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O tempo é muito lento para os que esperam

Muito rápido para os que têm medo

Muito longo para os que lamentam

Muito curto para os que festejam

Mas, para os que amam, o tempo é eterno.Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?Eu vos direi "Amei para entendê-las

Pois só quem ama pode ter ouvidos

Capaz de ouvir e entender as estrelas."

(Via Láctea)

amorrr ehh ehFalamos anteriormente da sexualidade na sua dimensão individual, isto é, como modalidade de expressão do eu nas suas duas versões, masculina e feminina, vendo na temperança a reguladora de todas as faculdades humanas e no pudor o guardião de todas as riquezas pessoais. Também dissemos que a verdadeira liberdade é a capacidade de escolher por si mesmo, voluntariamente, o bem, para tender à plena auto-realização no ordenamento harmonioso de todas as faculdades. Mas vimos que o ser humano não é uma mônada fechada em si mesma, e, por isso, passamos à sexualidade na sua dimensão relacional: não mais o eu sozinho, portanto, mas o eu que se abre e se relaciona com um você, numa recíproca e harmônica complementação do ser individual, chegando assim ao casal.

Mas, vamos além.

Uma vez que há um você, salta aos olhos mais facilmente a existência de uma responsabilidade, no sentido etimológico do termo: isto é, como capacidade de responder por si mesmo, pelas próprias escolhas e pelas próprias ações diante dos outros.

De fato, justamente o uso da liberdade, entendida capacidade de fazer escolhas autônomas, leva consigo o exercício da responsabilidade: posso responder em primeira pessoa só por aquelas escolhas que fiz por mim mesmo, voluntariamente, e, por isso, livres, ao passo que não posso responder pelas escolhas não livres, isto é, efetuadas sob algum tipo de constrição não dependente de mim.

Por tudo o que foi dito, é claro que o uso correto da liberdade – daquela que chamamos a verdadeira liberdade – só se realiza quando se escolhe fazer o bem, por maior que seja a fadiga que este pode comportar; pelo contrário, escolher voluntária e conscientemente o mal equivale a um uso ruim da liberdade e, por isso, a uma falsa liberdade, que não leva à realização pessoal, mas sim a uma auto-limitação, se não mesmo à autodestruição.

Desse modo, uma vez que o ser humano não é só identidade – um eu – mas também relação – um eu que se abre a um você – a auto-realização nunca é um fato exclusivamente individual e egocêntrico; ao contrário, a sua realização passa justamente pela do outro. Mas, para chegar a este objetivo deveremos finalmente começar a falar não de um casal qualquer, mas de um casal que se ama.

DIMENSÃO CÓSMICA DO AMOR

Existe o amor?

É talvez a pergunta mais radical e imperiosa que se possa fazer, porque, no fundo, todos os problemas da humanidade são problemas de amor.

De fato, não há ser humano que não sinta a urgência profunda de ser amado. Sonha-se com o amor, persegue-se o amor, agarra-se o amor, até mesmo se rouba o amor, ou então se doa o amor... Bem ou mal orientado, sacralizado ou profanado, é, de todos os modos, a mola propulsora do nosso agir, o fim ao qual, consciente ou inconscientemente, todos tendemos.

Temos uma sede infinita de amor; mas esta não é uma prerrogativa só humana. O amor é igualmente evidente nos animais, ao ponto de não ser necessário destacá-lo aqui; pode ser entrevisto mesmo nas plantas, se se observa com quanto cuidado as sementes são guardadas dentro dos frutos até chegarem à maturação, e de quantos modos diversos são, depois, dispersadas para longe, a fim de que as novas plantinhas possam encontrar ar, luz, espaço e nutrimento suficientes para poder viver. E há, por fim, quem tem crido ser possível avistá-lo até mesmo na matéria inanimada: de fato, se não é amor, o que é aquela força atrativa gravitacional que liga o planeta à sua estrela, que o faz orbitar em torno dela, fazendo dela o seu baricentro, o centro indiscutível de todo o seu ininterrupto movimento? Não é, talvez, o amor a força que atrai irresistivelmente em direção ao outro, que faz do outro o centro de toda uma vida? Sim, existe o amor.

Mas, então, o que é este amor pelo ser humano? É uma aventura a ser vivida? Um direito a ser reivindicado? Ou é uma capacidade a ser educada, um caminho a ser construído? E, assim, o que quer dizer amar?

O AMOR: UM CAMINHO A SER CONSTRUÍDO

Todo ser humano nasce de um ato de amor dos seus pais: “dois que se fazem um para se tornarem três”. Aqui a matemática não conta; aqui só há o mistério do acender-se de uma nova vida, que a pesquisa biológica jamais poderá desnudar inteiramente, em todas as suas dimensões.

Vejamos agora esse pequeno ser no progressivo desenvolvimento das suas capacidades.

De repente, a criancinha, juntamente com uma necessidade ilimitada e desejosa de ternura, manifesta a sua incipiente capacidade de amar. Mas é um amor principiante, totalmente infantil, “instrumental”. Necessitada de tudo, dependente dos outros para tudo, vive um amor totalmente egocêntrico,

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