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DOZE INTERACÇÃO ELOS

Por:   •  12/3/2018  •  Resenha  •  781 Palavras (4 Páginas)  •  159 Visualizações

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OS DOZE ELOS DA INTERDEPENDÊNCIA

(Pratîtya-samutpâda)

a) Ignorância (sânsc. avidya) -- Significa a ignorância que produz a manifestação e o fluxo constante do ser e vir -a-ser. Não sabemos como começou avydia, nem como a ignorância ou o desejo de existir vieram a se manifestar. Avydia gera o senso de separatividade e faz com que se tome o ilusório como real. É o manto que nos envolve e oculta a visão da mente universal. Avydia se manifesta no falso saber, nos conhecimentos intelectuais cristalizados e inibidores do fluxo interno indispensável à realização humana.

b) Ação, vontade de ser e viver (sânsc. sanskara) -- No sentido mais amplo, sanskara significa o impulso da vontade, que determinará uma existência. Corresponde a uma espécie de forma básica ou individualidade que vem do passado. São formações mentais fixas, impressões de hábitos pregressos ou experiências acumuladas em zonas inconscientes que ainda não dissolveram e, portanto, devem ser processadas por sanskara até serem extintas. É a mola do relógio que ainda não foi desenrolada por completo, com energia acumulada o suficiente para movimentar os ponteiros durante um longo período.

c) Consciência (sânsc. vijnana) -- Consciência de ser e existir como uma individualidade distinta. Na morte, enquanto os outros elementos desaparecem, integrados novamente nos planos de que provieram, vijnana representa o núcleo, o foco que permanece como um elo entre o que, no domínio do tempo, entretínhamos com o passado e o futuro; é o germe do novo ser, quando o antigo se desintegra.

d) Nome e forma (sânsc. namarupa) -- Mente e corpo ou nome e forma. Se a consciência não encontrar o necessário material, não pode iniciar seu desenvolvimento. Uma fagulha sem combustível não pode dar origem a uma fogueira. O próprio Buda, no sutra Mahaparinirvana, afirma:

Ananda, se a consciência não encontrar um nome e uma forma (um receptáculo) para repousar, não poderão surgir, sucessivamente, o nascimento, a velhice, a morte e a dor.

Para que ocorra a cristalização de uma substância que está em suspensão num líquido em agitação permanente, é preciso derramar um pouco desse líquido num receptáculo e aguardar que se inicie o processo de cristalização em fases graduais perfeitamente caracterizadas.

e) Os seis órgãos do sentidos (sânsc. badayatana) -- são os seus campos de operação (olho, ouvido, língua, nariz, pele e a mente). Em tradução literal, são os sistemas de referência peculiares a cada um dos seres, as escalas de valores sensoriais de acordo com os quais vivemos e que representam as portas através das quais a consciência trabalha em seu contato com o mundo exterior.

f) Contato (sânsc. sparsa) -- É a ligação indispensável entre o observador e o objeto observado. O nexo é o terceiro termo. É por meio desse contato que o observador reconhece o objeto e o reconhecimento se realiza mediante o vedana, que é o próximo elo da cadeia.

g) Sensação (sânsc. vedana) -- Registro produzido no observador pelo contato com o objeto observado. Marca resultante do contato por meio do elo de sparsa.

h) Desejo (sânsc. tanha) -- As sensações são interpretadas como agradáveis ou desagradáveis. Rechaçamos as desagradáveis e desejamos as agradáveis. tanha é o anseio, a sede do agradável, seja material ou espiritual.

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