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Evangelii Gaudium - resumo

Por:   •  7/4/2015  •  Resenha  •  1.129 Palavras (5 Páginas)  •  1.699 Visualizações

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GUIA DE LEITURA À EXORTAÇÃO APOSTÓLICA EVANGELII GUADIUM – PARTE II (INTRODUÇÃO: 1-18)

Como todos os documentos da Igreja, os nomes são batizados em latim, língua oficial do Vaticano. Assim, Evangelii Gaudium significa "A alegria do Evangelho". A Evangelii Gaudium é uma exortação apostólica: um documento papal que, como o nome sugere, exorta as pessoas à implementação de um aspecto particular da vida e os ensinamentos da Igreja. Seu objetivo não é ensinar uma nova doutrina , mas para sugerir como ensinamentos e práticas da Igreja pode ser rentável hoje aplicada.

        “A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria. Quero, com esta Exortação, dirigir-me aos fiéis cristãos a fim de os convidar para uma nova etapa evangelizadora marcada por esta alegria e indicar caminhos para o percurso da Igreja nos próximos anos.” (EG Evangelii Gaudium 1).

        A escolha que aparece na introdução em evidenciar a alegria como sinal de quem acolheu o Evangelho e o comunica aos outros toca um ponto determinante. A falta de alegria é a constatação principal do início deste documento já que os cristãos ultimamente apresentam uma “cara de funeral” (EG 10), uma Quaresma sem Páscoa (EG 6), e constantemente o papa encoraja para que se permitam buscar e saborear essa alegria.

        Uma fé animada pela alegria é a fé de quem fez experiência de um encontro que o renovou interiormente, na abertura de um novo horizonte de vida, pelo qual se encontra uma profunda confiança que permanece firme mesmo nos momentos difíceis, duros e de profundas angústias. É a diferença entre a fé autêntica e uma fé narcisista (que admira exageradamente a sua própria imagem) e individualista (resiste à comunhão com os outros), uma ideologia na qual o “eu” se protege e se gratifica.

“Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem. Este é um risco, certo e permanente, que correm também os crentes (aparece com frequência este termo nos documentos da Igreja sempre para indicar os fiéis cristãos e não os protestantes como se criou costume no Brasil). Muitos caem nele, transformando-se em pessoas ressentidas, queixosas, sem vida. Esta não é a escolha duma vida digna e plena, este não é o desígnio que Deus tem para nós, esta não é a vida no Espírito que jorra do coração de Cristo ressuscitado” (EG2).

        O problema dos cristãos no mundo contemporâneo não é o de instaurar um tipo de competição com quem não crê (ateus ou agnósticos) ou acredita numa fé diversa (evangélicos protestantes, budistas, espíritas, umbandistas), quando buscam os meios para prevalecer sobre os outros credos. Isto tornaria a Igreja um poder religioso em luta contra outros poderes. O verdadeiro problema de nós crentes é o espiritual, isto é, ter um coração que se dobra ao Evangelho e não às tentações idolátricas, mesmo aquelas que assumem formas religiosas. É um problema que se colhe quando se encontram pessoas que se fecham dentro de si e desta forma, vivem no mundo e na história. Podem se apresentar com uma veste de perfeita ortodoxia, mas não vivem a proximidade com o outro, fechando-se também ao encontro com Deus.

        A evangelização não é um fato de persuasão do outro, mas antes de tudo de conversão do cristão que se deixa conduzir por Deus a uma vida plenamente humanizada (EG 8) e em deste modo é testemunha mesmo quando não se declara tal. Não evangelizar por proselitismo (forçar, impor, persuadir, fazer lavagem cerebral), mas por atração (o testemunho alegre do cristão deve contagiar e atrair o outro). Somos evangelizadores na medida em que somos evangelizados e a nossa vida cresce e amadurece, porque a fé cristã é realização do humano e não fuga dele. O cristão sabe se relacionar com os outros e com as coisas na lógica da comunhão e não da posse que aprisiona.

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