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Fichamento - Liberdade e Servidão

Por:   •  20/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  656 Palavras (3 Páginas)  •  294 Visualizações

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[pic 1][pic 2]UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

DEPARTAMENTO DE HISTORIA

DOCENTE: Dr. Carlile Lanzieri Junior

DISCENTE: Thomás Henrique e Watila Fernando

DISCIPLINA: História Medieval I

ASSUNTO:  Ficha Nº3

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA COMPLETA: LE GOFF, Jaqcues; SCHMITT, Jean-Claude. Liberdade e Servidão. In: Dicionário temático do ocidente medieval. Bauru / São Paulo: Edusc / Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2002, v.2, p.63-77.

TEXTO DA FICHA: Dicionário temático do ocidente medieval: Liberdade e Servidão.

OBJETO: Idade Média.

OBJETIVO: Entender as relações esntre senhores e seus servos.

DESENVOLVIMENTO:

“A liberdade continua sendo definida segundo as normas da tradição romana, como demonstram claramente as fórmulas de alforria de escravos usadas na época merovíngia: “Eu absolvo este escravo de todo laço de servidão para que doravante, como se tivesse nascido de pais livres, vá a qualquer lugar que deseje e, como os outros cidadão romanos, leve uma vida livre. [...] A essa concepção romana de liberdade acrescenta-se uma outra, de origem germânica: o homem livre é aquele que porta armas, participa das expedições guerreiras e é admitido na partilha do butim.” (p. 63)

“Contudo, nem o grupo dos escravos, nem o dos homens livres é homogêneo. Em relação aos primeiros, os documentos distuinguem claramente entre os ‘bons’ ou ‘idôneos’ (idonei) de um lado e os ‘vis’ ou ‘vilíssimos’ (vilissimi) de outro. São considerados ‘bons’ os especialistas, escravos dotados de alguma habilidade técnica que lhes confere valor superior (ferreiros, carpinteiros, pastores, e mesmo guardas pessoais). Devem ser incluídos ainda nesta categoria os escravos régios, dos quais alguns – ou algumas – podem ascender a posições invejáveis (escrivães de chancelarias, domésticos palacianos, concubinas reais). Todos esses – emboras sejam minoria - estão relativamente protegidos em razão de seu próprio prestígio.” (p.64)

“A sociedade dos livres é ainda mais dividida, atravessada pela linha de demarcação que separa os ‘poderosos’ (potentei) dos ‘pobres’ (pauperes). Essa fratura, ainda que seja menos radical do que aquela que faz a distinção entre livres e escravos – posto que define apenas duas classes de homens, não duas espécies – não é menos determinante para o exercício da liberdade.” (p.65)

“A rigor, as transformações delineiam-se desde a época carolíngia. Na Europa processam-se mutações decisivas que, ao avolumarem-se, terão por efeito revolucionar a ordem social e modificar radicalmente as próprias concepções da liberdade e da servidão. A velha escravidão, cada vez mais inadequada e insuportável, declina, e em seguida agoniza.” (p.66)

“Com certeza, a captação de escravos não se esgota (como fica atestado pela escravização de milhares de saxões por por Carlos Magno), mas tende a reduzir-se, ao mesmo tempo em que se multiplicam as alforrias. Algumas devem-se à piedade de grandes proprietários [...], mas a maior parte delas é motivada por razões de ordem econômica.” (p.67)

“O senhorio se estabelece. O senhor, que geralmente é o chefe de uma das inumeráveis fortalezas que se constróem por toda parte, impõe seu ban – o poder de comandar, de julgar e de castigar – a todos os homens que vivem na região em torno de seu castelo. Tais prerrogativas foram herdadas dos príncipes territoriais (condes, duques) que, por seu turno, receberam-nas do próprio rei. Mas na medida em que são exercidas sobre um território reduzido, e submetido à sua única autoridade, os senhores desconhecem limites em sua exploração.” (p.68)

“A concessão de cartas de franquia – forma mais usual de acesso à liberdade para os dependentes dos senhorios – estende-se por um período de cerca de três séculos. As causas dessas concessões são extremamente variadas. Em primeiro lugar, encontra-se a constante pressão exercida pelas populações submetidas visando obter a abolição dos ‘maus usos’.” (p.73)

“O conteúdo das franquias – ou, dito de outra formaa, a gama de liberdades concedidas pelos senhores – é bastante variável. Nas cartas mais restritivas não é acordada nenhuma liberdade, limitando-se o senhor a fixar por escrito o inventário dos seus direitos [...], o que representa um progresso para os vilãos (sic), já que a redação do costume suprime a arbitrariedade e proíbe qualquer agravamento ulterior dos impostos.” (p.74)

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