Níveis de Teologia na Prática

NÍVEIS DE TEOLOGIA NA PRÁTICA

Conforme o pensamento dos autores, o fato de todo ser humano ser um teólogo nos leva também a refletir sobre a existência de níveis distintos de teologia, ou seja, todos são teólogos, mas na prática nem todos estão num mesmo nível teológico, uma vez que o mesmo será determinado pelo tamanho do interesse na busca pelo conhecimento acerca de Deus.

Este ponto de vista pode ser ilustrado se tomarmos por base o conhecimento básico (empírico) que cada pessoa tem em áreas como: Química, Ciência Política, Psicologia, Matemática, etc. Este conhecimento pode ser ampliado mediante o desejo individual de aperfeiçoamento na respectiva área, na busca de realização pessoal ou profissional.

A título de exemplo podemos falar do conhecimento químico aplicado na cozinha. Cozinhar (culinária doméstica) é a forma básica e leiga da química. Através de cursos de aprimoramento, o cozinheiro amador se torna chefe de cozinha e aumenta seu conhecimento químico. Mas mesmo assim, ainda haverá certa distância entre o chefe de cozinha e o químico de laboratório, que certamente não é tão grande quanto a distância que o cozinheiro leigo tem em relação a ele. O cozinheiro leigo (amador) entende que a formalidade e complexidade que envolve a química (uso de ferramentas especializadas, conceitos e vocabulário rebuscado) a torna impraticável na cozinha e decide manter o máximo de distância dela, tomando assim uma atitude equivocada, uma vez que a idéia é encurtar a distância e não aumentá-la ainda mais.

Algo semelhante acontece no campo da teologia. O fato de o cristão crer em Deus e se relacionar com Ele deveria estimulá-lo a querer conhecê-lo melhor não só com o coração, mas também com a razão (mente), através da ajuda da teologia formal, no entanto não é isso que vemos na prática. Portanto, o preconceito, o medo, a hostilidade e a suspeita não devem existir entre os teólogos leigos e os teólogos formais, tendo em vista que a finalidade da teologia formal não é ameaçar, distorcer ou extirpar a fé cristã, e sim corroborá-la e ratificá-la.

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