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O Artigo Científico Panorama Novo Testamento

Por:   •  20/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.569 Palavras (11 Páginas)  •  86 Visualizações

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Artigo científico – Panorama Novo Testamento 2

Seminário e Instituto Batista Bereiano (SIBB) – Natal, RN

Professor: Pr. Timóteo Franklin

BATALHANDO PELA FÉ

A luta contra os atos dos apostatas

Jairo Freire de Souza

Natal, RN

2021

BATALHANDO PELA FÉ

A luta contra os atos dos apostatas

1. INTRODUÇÃO

Judas estava pronto para escrever sobre a salvação, mas precisou mudar de assunto para falar da luta pela fé. Esta fé não é uma fé salvífica em Cristo, mas a estrutura da doutrina cristã que foi pregada e ensinada por Jesus Cristo, e que depois foi passada aos apóstolos. Judas escreveu aos judeus crentes (é uma das cartas gerais). Não cita os gentios diretamente nem indiretamente, mas o texto diz “aos chamados” (v.1), isso significa um grupo geral de todos os crentes em Cristo. Nesta carta Judas faz várias advertências contra os falsos mestres (v. 4-16), depois se dedica a dar conselhos de como os crentes podem vencer essa batalha contra os falsos ensinos dos apostatas (v. 20,21) e também oferece um louvor a Deus por ser Ele o único Deus, Salvador, que existe eternamente (v. 24,25). Há uma relação entre a carta de Judas e a carta de 2ª Pedro. Estas cartas têm alguns paralelos e, muitos comentaristas creem que os dois usaram uma fonte comum. Outros creem que é mais correto defender que Judas usou algumas referências de Pedro (pelo fato de Pedro ter sido morto nos anos sessenta d.C). Pedro fala de uma apostasia usando verbos no futuro, e Judas fala da apostasia no passado/presente. Ou seja, 2ª Pedro foi escrita antes das heresias terem se propagado e a carta de Judas foi escrita durante/depois da propagação dessas heresias (GUNDRY, 2008, pág. 587). A carta de Judas também contém citações de livros apócrifos. O versículo 9 mostra a cena do Arcanjo Miguel com a incumbência de sepultar o corpo de Moisés, em que há um interesse (não explicado) de Satanás por este corpo. Há também menções do livro apócrifo de Enoque, citato no versículo 14. A carta de Judas traz abordagens a respeito da sã doutrina, citações históricas, punições para aqueles que deturpam a ortodoxia cristã e finaliza com uma doxologia a Triunidade de Deus.

Ao longo de sua epístola, Judas tem uma forma peculiar de organizar seu material, criando um padrão constante com três elementos. Eis alguns exemplos: os destinatários são chamados, amados e guardados (v. 1); na saudação, Judas enumera misericórdia, paz e amor (v. 2); os apóstatas imorais “contaminam seus próprios corpos, rejeitam autoridades e maldizem seres celestes” (v. 8); os murmuradores e descontentes “[andam] segundo suas paixões. A sua boca vive propagando grandes arrogâncias. São aduladores dos outros, por motivos interesseiros” (v. 16); “São estes os que promovem divisões, sensuais, que não têm o Espírito” (v. 19); e a doxologia cita três períodos: antes de todas as eras, agora e por todos os séculos (v. 25). (KISTEMAKER, 2006, pág. 473).

1.2 AUTOR

A epistola de Judas foi escrita pelo próprio Judas (v.1). Judas (não o Iscariotes, não o apostolo), é o irmão de Tiago, e por sua vez, também, meio-irmão de Jesus. Há pelo menos seis homens chamados Judas no Novo Testamento, são eles: Judas Iscariotes, um dos doze apóstolos, o que traiu Jesus (Mateus 26:15, Lucas 22:48, Mateus 10:4, João 13:29, Mateus 27:5); Judas filho de Tiago, um dos doze apóstolos (Lucas 6:16), que também chamado de Tadeu (Mateus 10:3); Judas, galileu que liderou uma revolta (Atos 5:37); Judas, o que emprestou sua casa para Paulo (Atos 9:11); Judas, líder da igreja em Jerusalém, que era chamado de Barsabás (Atos 15:22); e por fim Judas, o irmão de Tiago e meio-irmão Jesus Cristo (Marcos 6:3). Em Mateus 13:55,56 mostra a família de Jesus, mas o Catolicismo Romano ensina que Maria sempre foi virgem, ou seja, que ela nunca teve uma relação sexual, mesmo depois de ter gerado (fisicamente) Jesus. Por isso, a doutrina católica defende que, quando a Bíblia se refere aos irmãos e irmãs de Jesus, para eles o termo grego para irmão deveria ser traduzido para primos. Esta interpretação errônea tem implicações ruins para o verdadeiro evangelho, pois isso é uma negação a verdade bíblica, e também uma desonestidade a respeito das traduções dos originais, pois o termo grego é αδελφος (adelphos) significa "um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe". O sentido da palavra irmão pode ser determinado pelo contexto ou por outros textos da Bíblia; mas neste caso Judas é de fato irmão de sangue de Jesus porque o contexto mostra isso. A doutrina católica também defende a impecabilidade de Maria, mas em Lucas 1:46,47 a própria Maria chega ao ponto de afirmas sua necessidade de Salvação e reconhece Jesus como seu Salvador. Não pensar dessa forma pode causar sérios problemas na garantia de vários textos bíblicos, como por exemplo a afirmação de que Judas é meio-irmão de Jesus, conforme o versículo 1 da carta de Judas. Uma outra argumentação é usar o versículo 1, onde Judas se identifica como o servo de Jesus, para dizer que Judas não era irmão, mas apenas um servo. Porém, Judas usa a palavra servo para enfatizar seu relacionamento espiritual com Jesus; mas isso não exclui seu relacionamento de sangue, ou seja, não significa que eles não eram irmãos.

PALAVRAS-CHAVE: Fé, doutrina, apostatas, falsos mestres, antinomismo, gnosticismo, exortações, adoração.

VERSÍCULO-CHAVE: (Judas 1:3 [ARA]) “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos”.

1.3 PROPÓSITO DA CARTA

Provavelmente os destinatários da carta tinham um bom nível de conhecimento do Antigo Testamento, pois Judas fala de fatos relacionados ao êxodo (v. 5), a anjos (v.6) e a Sodoma e Gomorra (v. 7), Caim, Balaão e Coré (v. 11); isso demonstra que seu público alvo estava familiarizado com a literatura judaica. Judas, ao escrever essa carta, tem como propósito alertar os crentes dos apostatas, mas não somente isso, os dá informações e instruções de combate a esses falsos mestres. Mas antes disso Judas começa a carta com “guardados” (v.1) e termina a carta com “vos guardar” (v.24); essas palavras trazem a ideia que Deus preserva e guarda o cristão do início de sua salvação até a vida eterna. Os crentes podiam ter paz, pois estavam debaixo da proteção de Deus, porém, não podiam se deixar influenciar pelos ataques mundanos à sã doutrina. No período em estava se finalizando o tempo dos apóstolos, a igreja passou a sofrer com alguns problemas, dois destes eram o antinomismo e o gnosticismo. A posição dos antinomistas tinha a ver com uma noção equivocada da relação entre a graça e lei; eles achavam que a graça os libertou das leis morais, e que por conta disso poderiam viver de qualquer jeito. E a posição dos gnosticistas estava relacionado com o falso entendimento de que a salvação era alcançada por meio de um “alto conhecimento” e não pela fé em Jesus Cristo. Os gnósticos negavam o senhorio de Cristo. Judas traz então exortações aos crentes contra falsos mestres que estavam dentro da igreja ensinando heresias e também, com esta epístola, os encorajando a viver na firmeza na fé. Judas quer chamar a atenção sobre as atitudes dos hereges em relação a: graça, pecado, Cristo, sexo, anjos, autoridade (divina e humana), unidade cristã e acerca das “últimas coisas”. Judas aponta para o julgamento que virá sobre os pervertidos e apóstatas, e também mostra a necessidade de promover uma defesa da fé. (BEACON, 2006, pág. 353).

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