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O Resumo Discipulado

Por:   •  24/2/2023  •  Resenha  •  5.910 Palavras (24 Páginas)  •  236 Visualizações

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Capitulo 1

No Antigo Testamento, o discipulado estava estrito praticamente ao ministério profético. Nem todos os discípulos de Elias tornaram-se profetas, nem todos os discípulos de Cristo fizeram-se apóstolos.

O salmo 78 é uma espécie de síntese da visão do discipulado no Antigo Testamento. Ele fala do conteúdo, do discipulador, dos discípulos, do processo multiplicador, etc.

O salmo 78 possui três partes gerais, mas didaticamente, ele tem uma ordem mais lógica do que cronológica: a introdução: o passado onde se encontram importantes lições (vv. 1-4) e a Lei de Deus (vv. 5-8); a história de Israel no Egito e no deserto (vv. 9-41); a história de Israel no Egito, no deserto e na Terra de Canaã (vv. 42-72).

A principal lição que aprendemos com a história das proezas de Deus consiste no mais importante legado espiritual, a fé num único Deus vivo e verdadeiro presente na história.

Deus nos orienta sobre contar a história da salvação. Primeiro, para que a nossa geração confie em Deus e mantenha a memória viva do projeto divino na história. Segundo, para que a futura geração não repita os erros de infidelidade do passado. Para isso, os filhos precisam ouvir dos pais os ensinos sadios que lhes contaram.

O ambiente para a transmissão do conhecimento era de relacionamento familiar. O salmista ensina que o método da disseminação das maravilhas do Senhor às gerações seguintes, deve achar-se alicerçado naquilo que os pais haviam aprendido. A questão prática é: que conteúdo você está recebendo? A superficialidade espiritual dos pais, normalmente, deve-se a um ensino deficiente recebido.

A primeira grande exigência do Salmo 78 é para que o povo preste atenção à instrução do Senhor. À luz do Salmo 78, o conteúdo a ser transmitido é duplo: os feitos do Senhor e a Palavra do Senhor. O objetivo é que as gerações vindouras mantenham a confiança no Senhor e guardem na memória seus feitos e mandamentos.

O ensino bíblico é fundamental no discipulado cristão. Ensinar como o ato de “criar hábitos”. O processo de ensinar tem como consequência o processo de aprender para a edificação espiritual, por meio da prática, para que os discípulos se tornem pessoas perfeitas “ em Cristo” e totalmente amadurecidas na fé.

O conteúdo geral das Escrituras Sagradas e os atos poderosos da história da salvação que provém nossa confissão de fé. Temos que ter uma confissão de fé que não seja apenas teórico, mas também vivencial.

A segunda parte consiste nos “estatutos”. Diante da lei de Deus não há espaço para atitude neutra. No Novo Testamento enfatiza-se o fato de que a salvação não vem pela lei, mas somente em Deus que salva por sua graça soberana. Contudo, o cristão não pode ser uma pessoa oposta à observância da lei.

No antigo Testamento Deus deu as leis, que são de caráter permanente, sob a qual o Seu povo deveria viver e demonstrar fidelidade ao Senhor. Como está escrito em Deuteronômio 28, a lei deve estar acompanhada de duas consequências básicas: Bênção para os obedientes, e Maldição para os desobedientes. Os Dez Mandamentos servem como suplemento par a imagem do Criador em nós. São como peças no imenso quebra-cabeça do discipulado bíblico.

Veja que, segundo o Salmo 78.7, o objetivo divino com a transmissão do conteúdo da Palavra e da história é tríplice: porão a confiança em Deus, não esquecerão os seus feitos e obedecerão aos seus mandamentos.

O salmista fazia parte de história. Ele era um elo na cadeia de transmissão dos feitos do Senhor para a sua geração. Ele estava consciente que o segredo da vida está na confiança e obediência estimuladas pela memória.

Assim como o salmista, nós temos que treinar a geração futura, de tal maneira que venhamos manter seus corações firmes em Deus para não se esquecerem das Suas obras. Os ensinos e feitos do Senhor devem ser expressos normalmente explicando o que aconteceu no passado, para que ele se torne uma lição para o presente e o futuro.

Como será o amanhã da próxima geração? Tudo depende do que estamos transmitindo hoje. O processo de multiplicação continua de geração em geração.

Você produzirá alguém igual a você, querendo ou não. Esta é uma das sóbrias verdades na Bíblia. Muitos podem não se identificar com o apóstolo Paulo quando ele diz: “sejam meus imitadores”.

A transmissão de conteúdo acontece eficazmente tanto em ambiente formal como informal, onde discipuladores, assumem a missão de instruir aos discípulos no caminho da espiritualidade, tendo em vista a formação espiritual continuada. Na prática do discipulado, a palavra de Deus precisa estar primeiro, encarnada no estilo de vida do discipulador; o discipulador deve ser perseverante na orientação dos discípulos; a transmissão da palavra de Deus ser tanto formal quanto informal.

No salmo 78, as repetições, como: ”pais”, ”filhos”, ”geração”, indicam o conceito de continuidade na comunicação do conhecimento de Deus, através da leitura da Bíblia e explicação dos assuntos de acordo com a sua idade. A instrução tem que ser continua não temporária.

Na história de Israel, todas as vezes que houve falhas na transmissão dos princípios, sobreviveram graves consequências.

O problema não está apenas no que estou recebendo, mas também como estou repassando o que já recebi. Temos que buscar sempre novas formas criativas de transmissão. Pois, não há fim no processo da instrução dos discípulos, em busca da excelência na maturidade.

Cada geração tem a responsabilidade de transmitir sua tradição sagrada à geração seguinte, conforme a vontade de Deus. No Antigo Testamento a orientação de Deus é que os pais repassassem aos seus filhos, com diligência, os princípios divinos, pois os filhos aprendem através daquilo que vivenciam.

O nome “Efraim” não é empregado aqui como uma metáfora, mas como fato histórico, como um mau exemplo, comportamento relapso e negligente. Pois, apesar de seus soldados serem bem armados, retrocederam. “Efraim” representa, neste contexto, a geração que não guardou a lei do Senhor nem a Sua aliança. A maneira como o discipulado se comporta diante dos discípulos, contribui substancialmente para que seus os discípulos descabem ou não para a apostasia.

O salmista quer que todos saibam que a história é um testemunho vivo dos benefícios de Deus e, paralelamente, revela as consequências da infidelidade daqueles que se esquecem dos grandes feitos de Deus na história.

Enquanto Josué vivia, as coisas iam bem, depois de sua morte e da sua geração o povo abandonou a fé, negligenciou as Histórias Sagradas, como realidades vivas e, consequentemente, não discipularam a próxima geração nos princípios da Palavra de Deus. Portanto, a geração após Josué não conhecia o Senhor. As tribos se mostraram independentes e cada uma fazia o que lhe convinha. Aqui foi o começo da apostasia da geração depois de Josué. Josué teve parcela de culpa, porque ele não deixou um sucessor como Moisés fez com ele.

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