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Odres velhos precisam ser trocados

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Por:   •  29/10/2014  •  Artigo  •  965 Palavras (4 Páginas)  •  289 Visualizações

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ODRES VELHOS PRECISAM SER TROCADOS

Algumas palavras faladas por Jesus se lidas desavisadamente e fora do contexto a que elas foram ditas e ainda se lidas longe das propostas feitas pelo Filho de Deus a nós quanto ao novo, causam pânico em qualquer leitor mediano. Por exemplo, as assertivas de Jesus ao dizer que veio para “lançar fogo sobre a terra” (Lc 12:49) e não para “trazer paz, mas espada” (Mt 10:34), devem ser entendidas a partir de uma proposta nova de não acomodação!

Entrando no contexto histórico em que Jesus viveu

O judaísmo rabínico, com suas corrupções farisaicas, estava além da recuperação. Sua atitude estava totalmente tão afastada do espírito da lei e dos profetas que o único meio de ir além dela era saindo dela. E ainda que a mensagem de arrependimento e de abatida contrição de João fosse de Deus e vital para o seu tempo, ela era preparatória, e não permanente (At 18:25-26; 19:1-5). O novo caminho de Jesus era um pano inteiro e não uma colcha de retalhos. “Ele não tinha vindo para enxertar suas novas verdades no esfarrapado tecido religioso das tradições humanas e ímpias atitudes, ou para sentar-se imóvel a uma das paradas da estrada do propósito eterno de Deus. Tivesse feito isso e teria destruído tudo. Em Cristo, todas as coisas teriam que ser novas”1 (2 Co 5:17).

A incredulidade judaica vigente recusou-se a renunciar aos seus caminhos tradicionais para receber a Palavra de Deus, e crucificou Jesus. Os judaizantes da igreja primitiva relutavam em deixar a lei pelo evangelho e, em seu esforço para acomodar o evangelho à lei, manobraram para rasgar e destruir tudo (Gl 1:6-9; 5:3-4). A mesma disposição mental vive hoje. Mentes fechadas, velhos hábitos, carranquismo religioso recusam-se a entregar a alma; querem, sim, acomodar o evangelho a eles ou a sair. Não aguentam passar pela transformação de ter que “deixar” sua roupa velha e pegar uma nova e nem deixar sua “caneca velha” e pegar uma nova. Preferem a norma do velho comportamento a beleza do novo.

Entendimento incorreto

Alguns fizeram um uso infeliz da afirmação de Jesus a propósito do vinho novo e dos odres velhos. Para eles, os odres velhos frequentemente representam aqueles modos pelos quais, no Novo Testamento, os discípulos então fizeram as coisas, e o vinho novo simboliza ideias modernas que são mais atraentes para os homens e as mulheres da geração corrente.

A resposta de Jesus ao "modus

vivendi" dos religiosos de sua época

Em suas três analogias, em Mateus 9:14-17 (Mc 2:18-22; Lc 5:33-39), Jesus responde aos seus críticos gentilmente, mas ilustra o inevitável do conflito: como pode pano novo ser usado para remendar roupa velha? Como pode o explosivo vinho novo ser contido em velhos e inflexíveis odres?

A primeira analogia feita por Jesus sobre o remendo novo na roupa velha passa por duas tensões: uma estrutural e outra estética. A estrutural tem a ver com o encolhimento do pano, uma vez que, com a primeira lavagem, a tensão no pano velho provocaria um rasgo maior do que antes (Mc 2:21). A estética em razão de o remendo novo fazer a roupa velha parecer ainda mais desbotada e velha (Lc 9:36). Às vezes, o velho é irreparável e tem simplesmente que ceder lugar ao novo.

A segunda analogia usada por Jesus para responder a seus críticos simplesmente reforça a mensagem da primeira; isto porque certas coisas não se ajustam. Os homens, Ele disse, não colocam vinho novo, ainda fermentando e expandindo, em velhos e ressecados odres porque eles se rasgam e são destruídos e o vinho novo escorre e se

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