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Pombagira E As Demandas Amorosas Que As Pessoas Oferecem À Entidade

Por:   •  16/3/2024  •  Artigo  •  7.064 Palavras (29 Páginas)  •  35 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF) INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS (ICH) NÚCLEO DE ESTUDOS AFRO-BRASILEIROS (NEAB)

Monalisa Teixeira de Souza

Pombagira e as demandas amorosas que as pessoas oferecem à entidade

Juiz de Fora 2014

Pombagira e as demandas amorosas que as pessoas oferecem à entidade

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Núcleo de Estudos Afro-brasileiros, a Universidade Federal de Juiz de Fora como requisito para obtenção do grau de especialista no curso Lato Sensu em Religiões e religiosidades afro- brasileiras.

Orientador: Profa. Pós Drª. Sônia Regina Corrêa Lages

Juiz de Fora 2014

Pombagira e as demandas amorosas que as pessoas oferecem à entidade

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Núcleo de Estudos Afro-brasileiros, a Universidade Federal de Juiz de Fora como requisito para obtenção do grau de especialista no curso Lato Sensu em Religiões e religiosidades afro- brasileiras.

Aprovada em        /        /         

BANCA EXAMINADORA

[pic 1]

Profª. Pós Drª. Sônia Regina Corrêa Lages (Orientadora).

Departamento de Psicologia

[pic 2]

Prof. Emerson Sena da Silveira

Departamento de Ciência da Religião

[pic 3]

Prof. Robert Daibert Jr.

Departamento de Ciência da Religião

Dedico este trabalho aos meus pais, a minha filha e a todos que contribuíram de alguma forma para a sua concretização.

AGRADECIMENTOS

Aos meus pais pela cumplicidade e presença, cuidando de minha filha nos momentos que tive me ausentar para me dedicar à especialização.

Aos amigos que fiz ao longo dessa jornada e pelas conversas proveitosas e amigáveis de corredor em que diversas vezes, compartilhamos conhecimentos e a sede de conhecer mais.

POMBAGIRA CIGANA

“Dona Pombagira Cigana, Leva o que tem pra levar (bis)!...

Leva a minha quizila,

Leva bem para o fundo do mar (bis)”

* *   *

“Vinha caminhando a pé,

para ver se encontrava Pombagira Cigana de fé (bis)!...

Ela parou e leu a minha mão, E disse-me toda a verdade!... Eu só queria saber onde mora Pombagira Cigana de fé! (bis)”.

*   *   * (TEIXEIRA NETO, S/D, P.63)

O presente artigo visa apresentar a Umbanda como um todo, abordando o seu começo no Brasil e a sua divisão em três categorias como: natureza representada pelos caboclos; o mundo civilizado atribuído aos pretos-velhos e crianças, por fim, o mundo marginal associado aos Exus, que representa a linha da esquerda conhecida como Quimbanda, enfatizando a figura de Pombagira, uma das entidades mais procuradas por mulheres para resolver problemas relacionados ao amor, ao lado profissional, emocional e a realização no casamento devido ao papel da mulher imposto pela sociedade, juntamente com as demandas que são oferecidas à entidade.

Palavras-chave: Umbanda, Pombagira e demandas.

This article aims to present Umbanda religion as a whole, addressing its start in Brazil and its division in three categories as following: the nature represented by caboclos; the civilized world assigned to Pretos Velhos [in free translation, the black elders] and kids; and the marginal world associated to Exus, which represent the left wing known as Quimbanda, emphasizing the figure of Pombagira, one of the most searched entities by women in order to solve issues related to love, to professional matters, emotional matters, and the conquering of marriage, due to women's role imposed by society, along with the demands offered to the entity in question.

Keywords: Umbanda; Pombagira; demands.

INTRODUÇÃO        10

  1. A UMBANDA NO BRASIL        12
  2. A QUIMBANDA-LINHA DA ESQUERDA        16

  1. Pombagira na Umbanda e na sociedade        18
  1. A POMBAGIRA COMO EXPRESSÃO DAS QUESTÕES DE GÊNERO NA SOCIEDADE BRASILERA        21 CONSIDERAÇOES        25 REFERÊNCIAS                27

INTRODUÇÃO

Prandi (1994) ressalta que segundo influência Kardecista, Pombagira é o espírito feminino, que em vida não se adequou as normas de condutas da sociedade patriarcal ao qual estava inserida, tornou-se prostituta ou cortesã, mulher sem princípios morais, amante do luxo, conhecedora de todos os prazeres sexuais, de toda sorte de prazeres e capaz de dominar os homens através de seus instintos sexuais. A umbanda, por influência kardecista, divide-se entre o bem e o mal, em que o bem é representado pela linha da direita, voltada para a prática do bem e que reconhece as entidades como desenvolvidas e em contra partida, à linha da esquerda pode trabalhar tanto para o bem como para o mal, que é conhecida como Quimbanda, cujas divindades são reconhecidas como espíritos atrasados ou demoníacos, sincretizados com demônios presentes no inferno católico.

Segundo a concepção umbandista (Prandi, 1994) , Pombagira é mulher de sete exus e mora nos infernos e nas encruzilhadas. No Brasil, principalmente entre as populações pobres urbanas, muitas pessoas recorrem à entidade para a solução de problemas relacionados a fracassos amorosos, de ordem social, desejos de uma vida amorosa feliz, preservação de matrimônio ou a destruição de casamentos e inúmeras situações de aflição. A entidade em vidas passadas teve uma das mais difíceis condições humanas: a prostituição que a permitiu total conhecimento  e domínio das mais difíceis áreas de condições de vida das pessoas comuns, que está associada à vida sexual e o relacionamento fora dos padrões exigidos pela sociedade.

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