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Resenha da Entrevista de Fernando Gomes aos Professores Erisvaldo Pereira dos Santos e Rodrigo Coppe Caldeira no Programa Panorama da TV Assembleia

Por:   •  9/6/2017  •  Resenha  •  1.136 Palavras (5 Páginas)  •  731 Visualizações

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Resenha da Entrevista de Fernando Gomes aos professores Erisvaldo Pereira dos Santos e Rodrigo Coppe Caldeira no Programa Panorama da TV Assembleia

No dia 1 de fevereiro de 2017, foi ao ar a entrevista de Fernando Gomes, no programa Panorama, pela TV Assembleia, aos professores Erisvaldo Pereira dos Santos e Rodrigo Coppe Caldeira. Erisvaldo é babalorixá e professor do Departamento de Educação da UFOP; e Rodrigo, professor de Ciências da Religião da PUC Minas. A temática da entrevista girou em torno da questão “Intolerância Religiosa”, muito debatida atualmente. O programa buscou apontar quem são as principais vítimas do fenômeno no país, assim como quais são as agressões praticadas e que medidas devem ser tomadas pelo Estado e sociedade.

A entrevista começa com a introdução de Gomes à temática. Ele cita Mãe Gil, mãe-de-santo que, por sua morte (e vida), marcou o dia 21 de janeiro como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, já levantando as questões a serem discutidas ao decorrer do programa e introduzindo aos espectadores os convidados. O primeiro ponto tocado foi o ENEM, pelo exame ter tratado o assunto na redação de sua última edição. Assim, Gomes pergunta a Coppe sua opinião sobre o porquê deste assunto estar tão em voga, se a intolerância tem aumentado e se ela merece ser discutida e aprofundada em nossa sociedade. Coppe enfatiza a necessidade da discussão, pela permanência deste fato no histórico humano. Ele observa também que, atualmente, a intolerância está não somente em âmbitos religiosos, mas também políticos.

Logo, a fala é dada ao professor Erisvaldo Pereira. Ele começa apontando o desafio que é, para as instituições, o enfrentamento contra as intolerâncias, e pontua a marca do dia 21 de janeiro como “um apelo da sociedade com relação à uma legislação que proíba esse tipo de prática”. Ele frisa também a importância não somente da tolerância, mas de um real respeito do princípio da pluralidade, aceitando e acolhendo o outro, independente de suas práticas culturais e religiosas. Complementando, Erisvaldo fala de sua vivência como babalorixá, como é difícil a aceitação de sua religião, mas que percebemos cada vez mais a presença de seus praticantes nos meios acadêmicos – ideia que, na década de 30, foi contraposta: o previsto era justamente o abandono dessas religiões pela população na medida em que a educação fosse ampliada – e ressalta também que a melhor forma de combater essa intolerância é pelo diálogo e conscientização da população.

Em seguida, Gomes faz uma chamada à entrevista de Ione Maria de Oliveira, primeira filha-de-santo do Quilombo Mangueiras, situado na região norte de Belo Horizonte. A entrevista trazia um relato de Ione sobre uma situação em que viveu que envolvia preconceito e intolerância. Diante disso, o entrevistador questiona se a intolerância é seletiva ou se ela permeia em todas as religiões igualmente. Coppe inicia sua fala com o conceito de missiologia, que diz a respeito da ideia de ‘propagação da verdade’ de uma religião. Junto com isso e o caráter majoritário do Cristianismo, Coppe afirma a perseguição sofrida pelas religiões de matrizes africanas muito maior em relação às cristãs, e que isso se faz presente desde os processos de colonização, mas que, atualmente, percebe-se também uma crescente intolerância para com as religiões de caráter hegemônico, e que portanto, como frisou Erisvaldo, a melhor saída é o diálogo.

Deu-se início, então, o segundo bloco, com uma pergunta direcionada a Erisvaldo, sobre quais são as manifestações práticas da intolerância religiosa no dia-a-dia. Ele, inicialmente, aponta essas práticas como uma forma de reprodução do racismo religioso pois “não se tolera esse diferente na sociedade”. E aponta exemplos como o apedrejamento de fiéis e sacerdotes, perseguição de praticantes de outras religiões em nome das mesmas e, até mesmo, a destruição de terreiros de candomblé em todo o Brasil. A partir disso ele discorre a importância do combate do ponto de vista educativo, legislativo e midiático a fim de disseminar à sociedade uma visão positiva sobre o outro, com respeito e acolhimento.

Logo após, o entrevistador apresenta dados

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