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TEOLOGIA E SEXO

Por:   •  18/5/2016  •  Seminário  •  3.525 Palavras (15 Páginas)  •  255 Visualizações

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FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA

SEMINÁRIO LATINO AMERICANO DE TEOLOGIA

A BÍBLIA E A SEXUALIDADE

Escrito por

Cid Gouveia

Éveron Donato

Deusdete Soares

Rommel Resende

Erivonaldo Batista

Ivanildo Coutinho

Ênio Rocha

Escrita em cumprimento parcial dos requisitos da classe Antropologia

Cachoeira, 10 de junho de 2007


TEOLOGIA DO SEXO.

DEFINIÇÃO

No dicionário Aurélio uma das definições de sexualidade é “Conjunto dos fenômenos da vida sexual.” (AURÉLIO,1994, p.1581). Neste mundo secularizado, onde o sexo é cada vez mais vulgarizado, é necessária uma compreensão bíblica da sexualidade. A sexualidade é algo fundamental na formação da identidade do ser humano, e sua compreensão adequada nos ajuda a ter uma melhor compreensão de nós mesmos.

Este trabalho visa apresentar uma visão geral da sexualidade na bíblia, começando com uma retrospectiva histórica da sexualidade como vista pela humanidade, com uma visão geral dada pelas escrituras, concluindo com a compreensão de Ellen White sobre o assunto.

HISTÓRIA DA SEXUALIDADE

Na antiguidade o sexo era visto de forma muito liberal. Os povos antigos, como os cananeus possuíam uma religião de natureza onde a terra florescia novamente por que os deuses tinham relações sexuais.

“A fim de promover o sentimento religioso do povo e honrar os deuses, foram instituídas festas que apelavam ao impulso procriador e licenciosidade, incluindo a prostituição masculina e feminina que se tornou um acompanhamento indispensável nesses cultos de fertilidade.” (CHAMPLIN, 2001, p. 417, v. 1)

Em contraste os judeus eram um dos povos mais puritanos da Antiguidade, que além de condenar diversas práticas sexuais comuns da época (Lev.18) entendia que o sexo deveria ser realizado dentro do casamento. Não obstante em sua história inicial permitiu a poligamia sendo que após o Exílio houve uma forte tendência em direção a monogamia. Os judeus viam o sexo de modo positivo chegando a ver negativamente os homens solteiros. O casamento era visto como uma grande bênção e até hoje é obrigatório para os judeus. (DEDEREN, 2000, p.742)

 “Em contraste com as nações circundantes, os Israelitas eram dotados de elevadíssimo código moral, embora nem sempre se tenham conduzido a altura dessa tão elevada ética. Muitos casos de desvio, entre eles, deveram-se a distorções sexuais, aprendidas dentre os povos circunvizinhos.“  (CHAMPLIN, 1995, p. 247, v. 6.)

Na cultura grega e romana o sexo pré-marital era tolerado no início dessas civilizações. A relação sexual livre era livre e vista como uma necessidade. Porém mais tarde com Platão e o estoicismo foi condenado o sexo fora do casamento, porém esta visão só atingiu a sociedade romana no séc. I d.c (Natanael, 2000, p. 54)

No tempo dos apóstolos em várias cidades havia a licenciosidade moral. Na cidade de Corinto, cidade portuária com cerca da 600 mil habitantes, havia o culto dedicado a Ártemis com bacanais realizados pelas sacerdotisas cultuais.

A partir do século II dc houve uma mudança progressiva para uma visão negativa favorecendo o celibato em detrimento do matrimônio, devido em parte a influência da filosofia grega e o monasticismo. Esta visão durou por mil e quinhentos anos, perdurando até a era moderna. (Idem, p. 55)

Agostinho via o adultério e a fornicação como pecado mortal e o ato sexual com o objetivo de se ter prazer era também vista como pecado. Ele foi se seguiu a vários Pais da Igreja que influenciados por Platão e sua visão de dualidade corpo-alma via o sexo como algo que enfraquecia a alma e assim afastava o homem de Deus. (Idem, p. 57) Agostinho declarou claramente que o celibato era o ideal para o cristão.  Este ideal se fortaleceu no movimento chamado monasticismo, e foi confirmado por Tomás de Aquino que deu um passo além declarando que mesmo o sexo para procriação tinha algo de pecaminoso. A partir do séc. III dc começaram a surgir as primeiras leis ordenando o celibato para os líderes religiosos,  passando por Gregório I no séc. VII e confirmado por vários concílios posteriores. (CHAMPLIN, 2001, p.694, v. 1.)

Essa visão foi questionada na Renascença porém a partir da Reforma Protestante começou-se a atacar efetivamente  essa visão negativa da sexualidade, onde Lutero, Calvino e demais reformadores se posicionaram contra o celibato.  Apesar de não conseguirem enxergar a pureza das relações sexuais no casamento.

Porém na Revolução Francesa lançaram-se as sementes da revolução sexual, quando ao criticar a religião criticou-se sua visão sobre sexualidade. Estas sementes de desenvolveram nos séculos XVIII e XIX onde devidos a vários pensadores como Darwin, Kant e até mesmo teólogos que relativizaram os preceitos morais da bíblia veio a desembocar na revolução sexual nos anos 60, divulgada amplamente pelos meios de comunicação em massa.

Ela foi influenciada por vários fatores: A pílula anticoncepcional, Freud, a II Guerra Mundial, penicilina, filmes e novelas cada vez mais permissivos entre outros que geraram a partir dessa época uma ética relativista em relação ao sexo, onde a virgindade passou a ser vista como um tabu e o sexo antes do casamento uma necessidade. A visão de sexualidade foi de um extremo de pecaminosidade ao outro extremo de liberalismo. (Natanael, p. 108, 2000)

A TEOLOGIA DA SEXUALIDADE NO VT.

A teologia da sexualidade no VT começa a ser desenhada com as declarações de Gen. 1:27, 2:18-25. O ideal de Deus para a sexualidade humana é mostrada nos seguintes aspectos:

1. A Imagem de Deus está representada no homem e na mulher. Essas palavras tem implicações muito amplas, mostrando a igualdade dos sexos perante Deus. 1:27

2. A mulher foi tirada da costela mostrando sua igualdade de condições perante o homem.

3. O sexo como procriação: foi dada uma ordem divina para a criação de filhos.

4. O sexo como prazer: era símbolo da união maior. Essa visão do prazer da sexualidade é mais desenvolvida no livro de cantares e em vários textos da bíblia.

5. O sexo como símbolo da União entre os elementos da Trindade.

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