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E Como Comer Um x Burguer

Por:   •  16/9/2021  •  Monografia  •  1.094 Palavras (5 Páginas)  •  139 Visualizações

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(1) No cap. 8 do Livro I da RN, Smith escreve: "[...] a demanda por homens, como acontece com qualquer mercadoria, regula a produção de homens [...]".

(a) Mostre o mecanismo pelo qual, segundo o autor, a demanda regula a oferta das mercadorias em geral.

 De acordo com Adam Smith, todos os mercados são geridos por um mecanismo de oferta e demanda. Por exemplo, imaginemos que numa determinada cidade com 10 mil habitantes, em que todos demandem por trigo, a produção geral seja capaz de ofertar trigo suficiente para apenas metade dessa população. Logo, com a escassez de oferta, os preços tenderão a subir, afinal haverá nesta cidade pessoas dispostas a pagar mais por este produto. Está alta dos preços deixará o mercado de trigo mais atraentes, pois algum dos elementos do preço (renda ou lucros) necessariamente deverá subir. Seja os lucros, os capitalistas serão incentivados a aumentar o capital na produção de trigo, seja os arrendatários, estes serão incentivados a alocar maior parte de suas terras para a produção de trigo. Em ambos os cenários, a produção será aumentada e a oferta logo deve ser capaz de atender a demanda. Agora, num cenário onde, para essa mesma cidade, a oferta de trigo é superior a demanda efetiva por trigo, para a venda de todo o excedente os preços deverão ser reduzidos. Dessa forma, pelo mesmo motivo do cenário anterior, a produção de trigo tornar-se-á menos atraente e logo a oferta tenderá a reduzir até ser suficiente para apenas suprir a demanda efetiva por trigo. A oferta, segundo Smith, deve sempre, num ambiente plenamente livre (exclui-se monopólios, por exemplo), tenderá a demanda efetiva.

(b) Explicite como “a demanda por homens[...] regula a produção de homens” (idem).

Adam Smith define a composição dos salários natural como o valor suficiente para manter o trabalhador e sua família. Como qualquer outro preço, os salários variam conforme a demanda num mecanismo natural de oferta e demanda. Suponhamos, num país progressivo (em crescimento econômico), a demanda por ferreiros tende a crescer progressivamente. Em dado ponto, a demanda por ferreiros será maior que o número de ferreiros. Dessa forma, como qualquer outro artigo, a valor de trabalho do ferreiro deverá crescer, com contratantes dispostos a pagar um maior salário pelo trabalho deste, num mecanismo de competição entre os contratantes. Nesse cenário, com seus salários maiores, os ferreiros poderão criar uma família maior, se antes seu salário fosse suficiente para criar dois filhos, o salário agora será possível criar quatro filhos. Agora num cenário oposto, num país em estado regressivo, a demanda por ferreiros diminuirá, haverá mais ferreiros do que a demanda por ferreiros. Isso incentivará esses trabalhadores a aceitarem salários inferiores ao salário natural. Se antes, poderia com o seu salário criar dois filhos, poderá agora criar apenas um. Dessa maneira, como qualquer outro artigo, a demanda por homens (por trabalhadores) influi no preço da mão de obra destes homens e isso, por sua vez, regula a quantidade de novos homens (filhos) que este trabalhador poderá criar.

(2) O que determina, segundo Ricardo, o valor de troca das mercadorias? A introdução da propriedade privada da terra altera em alguma medida a regra de valor estabelecida pelo autor? (Justifique a resposta)

De acordo com Adam Smith, o valor de troca, numa sociedade avançada, é determinado por três fatores: A renda, os lucros e o salários. Ricardo, em discordância com essa tese, desconsidera a renda como fator de composição do valor de troca das mercadorias. Diferente de Smith, Ricardo não considera que a introdução da propriedade privada interfira na composição do preço, sendo esse composto apenas pelo lucro e salários.

Para justificar isso, Ricardo criou a tese dos rendimentos decrescentes. Assim, com o avanço da sociedade e crescimento populacional, a demanda levará ao uso de outras terras antes não utilizadas, de menor qualidade e menos produtivas. Isso levará aos proprietários das terras de maior qualidade a cobrarem do capitalista o excedente de produção destas terras, quanto comparadas as terras de menor qualidade. Esse fenômeno levará ao nivelamento dos preços de trocas de todas as terras com as de menor qualidade, que não possui renda. Por exemplo, imaginemos que o crescimento da demando por trigo leve aos produtores a utilizarem as terras de segunda qualidade. Nessa segunda terra, com um capital de R$10000 são produzidos 30 sacos de trigo. Já nas terras de primeira qualidade, com o mesmo capital, 45 sacos de trigo são produzidos. O lucro na primeira terra seria um terço superior. No entanto, essa diferença nos lucros levará ao dono da terra cobrar do capitalista 15 sacos de trigo. Isso levaria ao trigo na terra de primeira qualidade equivaler ao trigo da terra da segunda qualidade, com o mesmo capital, os produtores terem o mesmo lucro. Dessa forma, os preços de troca são sempre definidos pela terra menos produtiva cultivada. Tendo em vista que as terras menos produtivas não pagam a renda da terra, logo os preços não são compostos pela renda.

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