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O AUTISMO E A EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS.

Por:   •  30/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.375 Palavras (6 Páginas)  •  737 Visualizações

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FACULDADE REGIONAL DA BAHIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

LICENCIATURA

RICARDO SANTOS NASCIMENTO

O AUTISMO E A EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS.

Salvador

2017


RICARDO SANTOS NASCIMENTO

O AUTISMO E A EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS.

Projeto de Pesquisa, apresentado ao componente curricular do curso de licenciatura em Educação Física da Faculdade Regional da Bahia. Ministrado Pela Docente Lavínia Bomsucesso. Requisito de aprovação.

Salvador

2017


SUMÁRIO

1       INTRODUÇÃO         6

2       CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRIA DO OBJETO DE PESQUISA        9

3       PAPEL DO PROFESSOR E METODOLOGIAS        10
4        REALIDADE E POSSIBILIDADES DE ENSINO DO OBJETO DE PESQUISA..

         REFERÊNCIAS        11

         ANEXO  – FOTOS DOS LIVROS        13


PROBLEMA

Quais os desafios da socialização de alunos autistas nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental anos finais?

HIPÓTESE

O desafio se dá através da insegurança e falta de comunicação por parte do autista, que gera a isolação dos demais alunos dentro das aulas de Educação Física.

OBJETIVOS GERAIS

Analisar o autismo nas aulas como forma de inclusão com métodos pedagógicos para o ensino da Educação Física no Ensino Fundamental anos finais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Levantar os desafios do professor nas aulas de Educação Física

Apontar métodos que poderão ser aplicados no Ensino Fundamental Anos Finais

Discutir a importância de incluir os alunos e ainda sim, trabalhar de forma especifica.

METODOLOGIA

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA


A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta

(FONSECA, 2002, p. 32). Para Gil (2007, p. 44), os exemplos mais característicos desse tipo de pesquisa são sobre investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um problema.

PESQUISA DE CAMPO

 
A pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisa (pesquisa ex-post-facto, pesquisa-ação, pesquisa participante, etc.) (FONSECA, 2002).

PESQUISA EX-POST-FACTO


A pesquisa ex-post-facto tem por objetivo investigar possíveis relações de causa e efeito entre um determinado fato identificado pelo pesquisador e um fenômeno que ocorre posteriormente. A principal característica deste tipo de pesquisa é o fato de os dados serem coletados após a ocorrência dos eventos. A pesquisa ex-post-facto é utilizada quando há impossibilidade de aplicação da pesquisa experimental, pelo fato de nem sempre ser possível manipular as variáveis necessárias para o estudo da causa e do seu efeito (FONSECA, 2002, p. 32).¹

ABORDAGEM PEDAGÓGICA


Jean Piaget cursou filosofia e biologia. Desenvolveu pesquisas a partir de observações, isto é, foi observando sistematicamente como a criança constrói o seu conhecimento que ele desenvolveu suas investigações. Primeiramente, apresentou um interesse epistemológico de como surge o conhecimento humano, e não um interesse puramente educacional. Porém, pelo fato de seus estudos terem contribuído de maneira positiva para o entendimento de várias questões relacionadas à educação, ele acabou sendo incluído na teoria pedagógica educacional. Há quatro fatores que Piaget considera essenciais e, até mesmo, responsáveis pelo desenvolvimento cognitivo da criança: 1) Fator biológico: é um fator que está relacionado ao crescimento orgânico e à maturação do sistema nervoso. 2) Fator de experiências e de exercícios: este fator é obtido na ação da criança sobre os objetos. 3) Fator de interações sociais: é um fator que se desenvolve por meio da linguagem e da educação. 4) Fator de equilibração das ações: é um fator que está relacionado à questão da adaptação ao meio e/ou às situações. Com base em Ferreiro (2001), Flavell & Miller (1999) e Lakomy (2003), é dito que Piaget sustenta que quando uma criança interage com o mundo a sua volta ela passa a atuar e a mudar essa realidade que a cerca. Ele defende que o termo atuar faz referência às atividades internas e cognitivas, e não só às externas e visíveis. Desse jeito, para que uma criança possa atuar, é preciso que ela possua o que Piaget denomina de esquema de ação. Diante dessa questão, apresenta-se a posição de Santana, Roazzi e Dias (2006) as quais argumentam que os esquemas, já no período sensório-motor [...] diferenciam-se das ações pelo fato de conservarem uma certa organização interna cada vez que aparecem, constituindo-se em uma unidade básica do funcionamento cognitivo e no ingrediente elementar de todas as formas de pensamento. Assim, inicialmente, o bebê desenvolveria esquemas reflexos, que se configuram em ações espontâneas e automáticas diante de certos estímulos, tais como esquema de sugar, esquema de preensão, etc. [...] Esses esquemas vão sendo submetidos a um processo de diferenciação que conduz à construção de esquemas de ação que, ao se coordenarem, favorecem a construção de novos esquemas. Por volta de 2 anos de idade, esses esquemas de ação, devido ao surgimento da função simbólica, convertem-se em esquemas representativos, ou seja, em esquema de ação interiorizada (p. 72). Perante a explicação dos autores citados, conclui-se que é por meio dos esquemas de ação que uma criança atua, interpretando e organizando uma ação para que esta, por sua vez, possa ser praticada. Lakomy (2003, p. 28), ao explicar os esquemas de ação, argumenta que “diante de um problema percebido como novo, a criança mobiliza seus esquemas de ações já existentes e modifica-os para poder resolver o problema”. Piaget defende que um dos primeiros exercícios de aprendizagem de um recémnascido é a ação de sugar o seio da mãe. Isto é, Lakomy (2003, p. 28) aborda que “o reflexo de sucção do recém-nascido transforma-se, através do seu exercício, em um dos primeiros esquemas de ação do indivíduo. Quando o bebê leva à boca tudo que sua mão toca, ele associa esses objetos externos ao esquema de sucção”. Segundo Ferreiro (2001, p. 114), “eles não são considerados em virtude de suas diferenças específicas, mas em função de que uma mesma forma de atuar sobre eles lhes é aplicável: todos eles podem ser chupados, são chupáveis”. Portanto, o esquema de ação proporciona à criança a interação, o contato com o meio. O esquema de ação é entendido pela criança como uma estratégia de ação generalizável para que ela consiga se adaptar às mudanças do meio que a cerca. Para que um indivíduo se adapte ao meio com o qual está em contato, para que vença os desequilíbrios aos quais está exposto, construirá uma produção de conhecimentos sempre mais complexos. O processo de equilibração majorante1 , segundo Piaget, realiza uma função relevante no desenvolvimento cognitivo, que, por sua vez, está relacionado a dois mecanismos intermediários para que novos esquemas possam ser elaborados, e com isso a inteligência possa ser construída. Esses mecanismos intermediários são denominados assim: assimilação e acomodação. O primeiro mecanismo dita que novos conhecimentos (experiências ou informações) são introduzidos à estrutura intelectual da criança, os quais não são modificados. Já o segundo acontece quando uma criança reorganiza a sua estrutura mental, para que ela possa incorporar esses novos conhecimentos (experiências ou informações), modifica-os, para que se adaptem ao meio. Quando acontece esse mecanismo, a criança retorna a um novo e mais desenvolvido estado de equilíbrio. Dessa forma, sobre o processo de equilibração, com base em Piaget, compreende-se que se os mecanismos intermediários de assimilação e de acomodação ocorrem concomitantemente, uma criança pode adaptar-se a novas situações e retornar a uma situação de equilíbrio mais desenvolvida. Isto é, por meio de um processo contínuo de desequilíbrios e de equilibrações novas e desenvolvidas que a criança elabora os conhecimentos.

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