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O Turismo e Patrimônio Cultural

Por:   •  24/11/2021  •  Trabalho acadêmico  •  6.210 Palavras (25 Páginas)  •  137 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

FACULDADE DE TURISMO E HOTELARIA

DEPARTAMENTO DE TURISMO

TURISMO E PATRIMÔNIO CULTURAL

BEATRIZ DOMINGOS DA SILVA COSTA

MATHEUS HENRIQUE DE FREITAS OLIVEIRA

MAYRA DIAS GOMES

SUELLEN BRITO

Representatividade, igualdade e liberdade: perspectivas entre o Turismo e o Patrimônio LGBTQIA+

Niterói - RJ

2021

BEATRIZ DOMINGOS DA SILVA COSTA

MATHEUS HENRIQUE DE FREITAS OLIVEIRA

MAYRA DIAS GOMES

SUELLEN BRITO

Trabalho como forma de avaliação parcial da disciplina Turismo e Patrimônio Cultural, sob orientação da Profª. Valéria Guimarães.

Niterói - RJ

2021

1. SEXUALIDADE, ORIENTAÇÃO SEXUAL E IDENTIDADE DE GÊNERO

Compreender a diversidade sexual entre os seres humanos implica reconhecer os diferentes aspectos relacionados à sexualidade. Nesse panorama, a vivência de pessoas que sentem atração sexual e romântica por pessoas de sexo biológico diferente do seu consiste em apenas uma parte da complexa realidade humana.

O Manual de Comunicação LGBT da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) nos esclarece três pontos essenciais acerca dessa questão: os conceitos de sexualidade, orientação sexual e identidade de gênero.

O primeiro conceito corresponde a um grande campo de aspectos sociais, biológicos e psicológicos que orbitam em torno das noções de desejo, afeto, saúde, reprodução, identidade, entre outros. Dessa forma, a sexualidade é um fenômeno não só corporal, mas sobretudo cultural, que se modifica ao longo da história e ganha contornos diferentes nas variadas sociedades; sua manifestação envolve, por exemplo, o uso de tecnologias, as relações sociais de poder e a produção de símbolos e sistemas semióticos (ABGLT, 2015).

Dentro desse amplo guarda-chuva da sexualidade, o traço que recebe mais atenção em nossa sociedade contemporânea tem sido muito provavelmente a orientação sexual, que consiste no direcionamento do desejo e do afeto a um determinado grupo de indivíduos. Em linhas gerais, uma pessoa pode sentir profunda atração emocional por sujeitos do sexo/gênero oposto, orientação heterossexual; do mesmo sexo/gênero, orientação homossexual; ou por ambos os sexos/gêneros, orientação bissexual (ABGLT, 2015).

Outro traço muito importante da sexualidade é a identidade de gênero, que diz respeito ao entendimento da própria pessoa como sendo um indivíduo do gênero masculino ou feminino. Se uma pessoa se identifica com o gênero que lhe foi designado pelo sexo biológico (ou seja, se a pessoa nasce com órgão genital masculino e se reconhece como homem, por exemplo), dizemos que esse indivíduo é cisgênero; se, ao contrário, uma pessoa se identifica com um gênero que não lhe foi conferido pelo sexo biológico (ou seja, se a pessoa nasce com órgão genital feminino e se reconhce como homem, por exemplo), dizemos que esse indíviduo é transgênero ou transexual (ABGLT, 2015).

Cumpre-nos destacar que todas as orientações sexuais e identidades de gênero são condições naturais e saudáveis. Além disso, consistem mais em realidades fluidas do que em categorias discretas, estanques, de modo que na prática há muitas nuances entre as três principais orientações sexuais e as duas principais identidades de gênero, existindo ainda sujeitos que reconhecem em sua sexualidade outras orientações e/ou identidades. Esses dois espectros (orientação e identidade) ainda se combinam a outros fatores, como a expressão de gênero (comportamentos culturais que são mais atrelados a homens e/ou mulheres) e a configuração dos papéis sociais (ABGLT, 2015).

2. A SIGLA LGBTQIA+

Sabe-se que a sigla LGBTQIA+ reúne diversas orientações sexuais e identidades de gênero. Compreende-se a orientação sexual como uma capacidade do ser humano ter relações afetivas ou sexuais por alguém, enquanto a identidade de gênero é definida como a forma que a pessoa se identifica na sociedade. A partir desses conceitos, aborda-se a representatividade de cada letra na sigla LGBTQIA+, assim como o seu significado real e também suas bandeiras.

A sigla se inicia com a letra “L” referente às lésbicas. Essa orientação sexual diz respeito a mulheres, indiferente de ela ser cisgênero ou transgênero. São mulheres que se sentem atraídas de forma afetiva ou sexual por outras mulheres cis ou trans (ABGLT, 2015).

Como parte de sua simbologia, a bandeira lésbica contém um triângulo e um machado com duas lâminas. Segundo Marasciulo:

O triângulo preto era afixado nas roupas de mulheres consideradas “antissociais” na Alemanha nazista, categoria que incluía feministas, aquelas que não queriam ter filhos e lésbicas. Ele foi incorporado à bandeira como uma ressignificação que lembra aquelas que foram mortas e torturadas nos campos de concentração. O machado, também chamado de labrys, resgata a força de guerreiras amazonas e sociedades matriarcais que o tinham como emblema. Ao fundo, o roxo faz menção ao episódio, em 1969, em que a ativista feminista Betty Friedan chamou as lésbicas de “ameaça lavanda”. Essas, por sua vez, acabaram por incorporar a cor à sua luta. Outras versões de bandeiras

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