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Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Por:   •  15/10/2023  •  Ensaio  •  2.001 Palavras (9 Páginas)  •  33 Visualizações

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BOA SAÚDE E BEM-ESTAR

Profa. Ma. Fátima Cristina dos Santos

Profa. Ma. Marta de Las Mercedes Contardo Jaramillo

Profa. Ma. Patrícia Sosa Mello


Resumo

Ao estudar o tema saúde e bem-estar abordado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), identificamos que as metas propostas exigirão grandes ações e investimentos por parte dos órgãos governamentais, e como consequência o processo de melhoria das condições de saúde da população tende a ser mais lento e burocrático. Com isso, enxergamos uma oportunidade de engajamento da população em ações que incentivam um estilo de vida mais saudável que pode vir a contribuir com a redução das taxas de mortalidade e aumento da prevenção de doenças. Também ressaltamos o papel crucial que o acolhimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) pode exercer nos cuidados com a saúde da população. Essas medidas individualizadas podem trazer grandes benefícios para a qualidade de vida da população e ajudar o Brasil a atingir as metas de Saúde e bem-estar da Agenda 2030.

Palavras-chave: Agenda 2030. Saúde. Bem-estar. Acolhimento. Estilo de vida.

Introdução

Saúde e bem-estar é um assunto atual bastante complexo e que merece a nossa atenção, pois apresenta relação direta com a qualidade de vida da população. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades, é, inclusive, tema do terceiro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, assinados pelos países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU).

É de extrema importância em nosso campo de conhecimento este tema, pois, para muitos, saúde trata-se apenas da ausência de doença, mas de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a saúde relaciona-se não apenas com o bem-estar físico, apresentando relação também com o bem-estar mental e social.

Graças às iniciativas globais lideradas pela ONU, nos últimos anos tivemos uma queda considerável nas taxas de mortalidade relacionadas às doenças físicas, mentais e em decorrência de falta de condições básicas de saúde. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) visam reduzir ainda mais essas taxas.

Globalmente, a ONU já divulgou que a pandemia do novo Coronavírus irá impactar as metas estabelecidas para 2030 e aumentará a urgência de ações mais efetivas para redução das taxas de mortalidade no mundo.

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em conjunto com a Secretaria Especial de Articulação Social, vem coletando dados relacionados às metas estabelecidas pela ONU para saber em que estágio estamos, o quanto falta e o que deve ser feito para que as metas sejam atingidas.

Ao analisar todos os pontos levantados nos ODS, percebemos que é há uma necessidade de abordar dois fatores altamente relevantes quando se trata de saúde e bem-estar e de que maneira podemos contribuir para que haja uma melhora nas condições individuais e coletivas da população brasileira, principalmente no momento atual em que estamos em meio à pandemia do novo Coronavírus.

O primeiro fator é um problema coletivo e está relacionado à falta de pronto atendimento em unidades básicas de saúde. No Brasil, uma pesquisa feita em 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU) diagnosticou que apenas 6% dos hospitais não tem problemas de superlotação, e que 64% das unidades de saúde sempre estão com o número de pacientes maior do que a lotação. Outro problema grave apontado no diagnóstico do TCU é o atendimento de pacientes com baixa gravidade nas unidades de urgência e emergência. Dos gestores entrevistados, 58% disseram que metade dos pacientes com atendimento especial poderiam ter os problemas resolvidos na atenção básica. Ou seja, por falta de atendimento em unidades básicas e pelo tempo de espera, muitas vezes o paciente recorre a emergência com a condição de saúde já agravada.

O segundo fator está relacionado às medidas individuais que podemos tomar para manutenção da saúde e do bem-estar. Quando não nos sentimos bem, mudamos a nossa postura e a forma de nos relacionarmos com as pessoas. Reconstruir e disciplinar o corpo para atingir a boa forma passa a ser um modo de vida que deve fazer parte do cotidiano de cada um, bem como uma alternativa de prazer e saúde. Ajudar a população a entender a importância de hábitos alimentares saudáveis, de uma rotina de atividade física e de cuidados com a saúde mental torna-se imprescindível para o aumento da qualidade de vida e prevenção de doenças e comorbidades.

Por isso, visamos com esse estudo abordar ações para melhoria no atendimento nas unidades básicas de saúde e discutir meios para orientar as pessoas sobre a adoção de um estilo de vida mais saudável visando o bem-estar.

Unidades básicas de saúde

Em 2013, o Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde lançou um Caderno de Atenção Básica para incentivar e estratégia do acolhimento como carro chefe do atendimento primordial no atendimento das Unidades Básicas de Saúde.

Através do acolhimento, busca-se alterar as relações entre profissionais e usuários, humanizar a atenção, estabelecer vínculo e responsabilização das equipes com a população, aumentar a capacidade de escuta às demandas apresentadas, resgatar o conhecimento técnico da equipe de saúde ampliando sua intervenção. O acolhimento na saúde vai além do conceito do dicionário de “recepção, atenção”. Passa pela subjetividade, pela relação profissional de saúde x paciente, pela escuta das necessidades do sujeito. É uma tentativa de construir uma nova prática em saúde, compreender, dar respostas adequadas a cada demanda em todo o percurso de busca, desde a recepção e o atendimento individual ou coletivo até o encaminhamento externo, retorno, remarcação e alta. É trabalhar com o objetivo de prevenir doenças ou o seu agravamento.

Após quase 2 anos da chegada da pandemia da COVID-19, além de todos os já notórios fatores de falta de materiais, equipamentos funcionais, leitos e etc, os profissionais de saúde não têm capacitação suficiente para compreender e aplicar as metodologias necessárias para prestar um bom atendimento aos pacientes. Nesse momento em que a demanda de pacientes aumentou consideravelmente, é essencial aumentar a cobertura da atenção primária e melhorar a eficácia dos atendimentos através de aumento de recursos humanos (médicos, enfermeiros e outros profissionais qualificados), acesso a tecnologias e acesso mais facilitado a exames complementares.

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