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Os Nossos hábitos alimentares

Por:   •  4/5/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.165 Palavras (5 Páginas)  •  247 Visualizações

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Os nossos hábitos alimentares fazem parte de um sistema cultural repleto de símbolos, significados e classificações, de modo que nenhum alimento está livre das associações culturais que a sociedade lhes atribui. É possível, ainda, argumentar que a cultura alimentar é constituída pelos hábitos alimentares em um domínio em que a tradição e a inovação têm a mesma importância, ou seja, a cultura alimentar não diz respeito apenas àquilo que tem raízes históricas, mas, principalmente, aos nossos hábitos cotidianos, que são compostos pelo que é tradicional e pelo que se constituem como novos hábitos, para entender mais sobre essa temática visitamos 3 culturas distintas: A comunidade recanto das hortaliças, o espaço sustentável e Universidade da Serra. A comunidade recanto das hortaliças que já teve como principal preparação a farinha, todos os anos várias famílias se reúnem para a colheita, preparação e festejos conhecidos como farinhada nas conhecidas “casas de farinha”, porém observamos que ao longo do tempo a tradição da farinha vem mudando, pois os mais novos não a consomem com frequência nem dão a devida importância a ela e sua tradição. Hoje podemos dizer que o principal elemento que caracteriza a comunidade são as hortas, onde se é colhido produtos tanto para consumo próprio como para venda. Os alimentos mais consumidos são arroz, feijão, carne de sol, soja, e várias frutas e legumes, uma das principais dificuldades enfrentadas pelo recanto é a falta de água que influi dentre outras coisas na manutenção das hortas. O restante dos ingredientes que a comunidade não produz são obtidos através de feiras nas cidades próximas, mesmo o Recando das hortaliças sendo ricas em condimentos naturais as pessoas utilizam temperos industrializados. Pela comunidade ser composta principalmente de idosos o uso de álcool é pouco comum, sendo utilizado pelos mais jovens raramente. As pessoas do recanto são na sua maioria religiosas, mas a religião tem pouca ou nenhuma influência sobre a alimentação. As alimentações são sempre realizadas em horários fixos e são momentos de união entre a família, essas refeições são feitas na cozinha ou no alpendre. Quando perguntados sobre percepções de corpos disseram que quando a pessoa está gordinha ou muito magra é porque algo não está bem com sua saúde. Também visitamos a escola municipal Nailde Medeiros onde as crianças lancham sempre às 9 h da manhã na própria sala de aula, elas relataram que gostam do lanche e tem como principais ingredientes soja, macarrão e cuscuz. As merendeiras seguem um cardápio preparado pela nutricionista, porém admitiram que não observam a data de validade dos produtos repassados pela secretaria da educação. Se trabalhássemos na comunidade recanto das hortaliças daríamos atenção a educação voltada para a melhor higienização dos alimentos em geral, tanto a limpeza dos produtos   vindos da terra como o ensino de melhores condições de preparo e armazenamento dos alimentos tendo em vista que essas práticas são de extrema importância para uma melhor nutrição, também melhoraríamos a variedade de alimentos no lanche dos escolares principalmente acrescentando  mais frutas, legumes e hortaliças até mesmo da própria comunidade. O Espaço sustentável é verdadeiramente um berçário do Pau Brasil onde se encontram lindas hortas orgânicas e todas as preparações são veganas, eles acreditam que a agricultura orgânica traz um solo saudável que consequentemente influi na saúde do homem, já um solo doente acarretará um homem doente já que os agrotóxicos são resíduos da segunda guerra mundial. A preparação que caracteriza o espaço sustentável é a sopa de abobrinha, pois é utilizado ingredientes que eles produzem e gostam de consumir, ela é feita com tudo que eles defendem. No local eles utilizam um sistema de banheiro a seco onde tem um minhocário que transformam residos orgânicos no caso as fezes em dois tipos de adubo e as suas compostágens não produzem odores, pois são feitas pelas minhocas, na terra existe o humos que é a matéria orgânica depositada no solo que resulta da decomposição de plantas mortas o que torna a adubação mais eficaz e duradoura. No espaço sustentável possui animais que são apenas de criação e não para consumo alimentar, os ovos nem são comercializados nem consumidos, já que as pessoas que fazem parte do espaço sustentável não consomem produtos de origem animal, eles utilizam apenas leguminosas, frutas e grãos para suas preparações, o principal condimento base é o cominho, eles não consomem bebidas alcoólicas e obtém seus alimentos através da própria horta e alguns produtos como azeite e azeitona entre outros não produzidos no local são comprados na feira orgânica, fazem 3 refeições e nos períodos entre refeições consomem frutas, para eles o espaço de partilha do alimento tem que ser um local calmo e de convivência entre as pessoas. As pessoas do espaço orgânico não se consideram religiosas apenas disseram acreditar que a natureza pode ajudar a alma, porém comemoram alguns festejos da tradição cristã não pelo seu significado, mas para fazer alguns pratos como o ovo vegano e o bacalhau falso no período da páscoa por exemplo. Para as pessoas do espaço orgânico um bom corpo é aquele que tem uma alimentação vegana, pois terá um corpo saudável. Se trabalhássemos como nutricionistas naquela comunidade não mudaria nada, pois percebemos que eles tomam medidas corretas de acordo com a ideologia vegana. Na Universidade da Serra a preparação que a simboliza é o Cuscuz por ser um alimento de fácil preparo, de baixo custo e de tradição regional, os estudantes obtém os ingredientes da alimentação através de feiras e supermercado local, eles fazem as refeições em horários fixos e utilizam grande quantidade de produtos industrializados (principalmente temperos), a grande maioria fazem a partilha de alimentos na cozinha e a religiosidade da grande maioria não interfere na alimentação, a maioria também relatou que o festejo sazonal que mais dá relevo a alimentação para eles é o São João, onde no seu período se encontra variedade de comidas típicas.Afirmaram que há um valor sim atribuído à alimentação, e também há diferenças sociais manifestas por meio delas, pois se tivessem mais recursos financeiros poderiam ter uma alimentação mais variada e saudável. Quando perguntados sobre a percepção sobre o corpo disseram que o importante é o bem estar do indivíduo, não achando correto rotular um biótipo padrão, pois gordos e magros não são parâmetros para medir a saúde. Se fossemos nutricionistas da Universidade da Serra procuraríamos fazer uma intervenção para educação alimentar mostrando que se pode ter hábitos saudáveis mesmo com um tempo escasso, mostrando técnicas de alimentação mais rápidas e pratos baratos e com a quantidade de nutrientes necessários para um boa nutrição.

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