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Os Pontos Turísticos

Por:   •  27/4/2020  •  Resenha  •  379 Palavras (2 Páginas)  •  209 Visualizações

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5.4 O FRIVOLETÊ

O frivoletê é uma técnica de artesanato formada por pequenos nós de fio de algodão ou de linha, trabalhado com um instrumento denominado “navete”. Essa técnica tem somente um ponto básico, que é o nó, que, por sua vez, é formado por dois meios-nós construídos com um fio condutor interno.

À primeira vista, o frivoletê parece ser um trabalho muito complicado e frágil, mas, após concluído, se revela muito resistente, pois a cada passo, os nós são apertados.

O trabalho mais simples que se realiza com o frivoletê é o  anel, que requer apenas a utilização de uma navete. Pode-se também fazer o arco, mas esse necessita de duas navetes. Trabalhados de maneira a formar anéis, correntes e entremeados de “picôs”, os nós se combinam de modo a possibilitar uma infinita variedade de moldes.

O frivoletê tem várias aplicações: ele pode tornar a roupa de cama e de mesa mais encantadora e dar mais elegância à roupa em geral. Com seu trabalho incrivelmente detalhado, proporciona um toque especial aos acessórios. Algumas aplicações dessa técnica podem ser encontradas em rendas nas golas, luvas ou lenços, biquinhos para toalhas de bandeja, toalhas de rosto e caminhos de mesa, toalha de mesa e outras.

A origem do frivoletê é indefinida. Alguns historiadores afirmam que ele teve origem na Europa, enquanto outros encontraram registros em hieróglifos que falavam sobre o uso de navetes para formar círculos e arcos. Mas a primeira descoberta física de uma peça feita com frivoletê é datada em 1750, quando foram encontradas duas cadeiras com anéis dessa técnica compondo o seu design.

Mas existem, também,diversos quadros da metade do século XIX, que retratam senhoras fazendo frivoletê, com  navetes feitas de ouro, de marfim, de madrepérola ou de tartaruga, ricamente adornadas ou ornamentadas de pedras preciosas.

A palavra frivoletê é de origem francesa e é utilizada na maioria dos países da Europa e no Brasil. Na Itália, a mesma técnica é denominada de “chiacherino”.

Como as outras técnicas, o frivoletê foi trazido ao Rio Grande do Sul na memória das imigrantes italianas que aprenderam de suas mães e avós e foi readaptado no seu novo espaço de vida. Até hoje ele é repassado de mãe para filha e, por esse motivo, faz parte de nossa cultura, merecendo ser resgatado pelo Ponto de Cultura.

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