Turismo Esportivo em Juiz de Fora: uma análise das oportunidades proporcionadas pelas delegações olímpicas em 2016.

TÍTULO DO PROJETO: Turismo Esportivo em Juiz de Fora: uma análise das oportunidades proporcionadas pelas delegações olímpicas em 2016.

1. APRESENTAÇÃO DO TEMA DE PESQUISA

TEMA: Turismo Esportivo

1.1 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

De 2007 até 2016, o Brasil vem sediando grandes eventos esportivos que atraem turistas internacionais, como os Jogos Pan-Americanos (2007), os Jogos Mundiais Militares (2011), a Copa das Confederações FIFA (2013), a Copa do Mundo FIFA (2014) e as Olimpíadas RIO 2016 (2016). Sendo assim pode-se pensar em eventos esportivos como promotores do turismo, onde são atraídas e unidas pessoas de diversas partes do mundoque convivem pacificamente por uma paixão comum: o esporte.

O Brasil está, atualmente, em décimo lugar no ranking de países que mais captam eventos internacionais e como único país da América Latina entre os dez primeiros colocados no ranking da Associação Internacional de Congressos e Convenções – ICCA(Relatório anual, 2014).

Receber os dois maiores megaeventosesportivos mundiais, Copa do Mundo e Olimpíadas, em um período muito curto, embora seja um grande desafio, pode ser uma grande oportunidade, por todos os fatores que podem beneficiar o avanço econômico e social do país, uma vez que o Brasil não possui atualmente uma infraestrutura adequada totalmente para receber eventos de tal porte.

Dentro desse panorama, o Rio de Janeiro está em primeiro lugar nas cidades mais visitadas por turistas estrangeiros no Brasil , e sediará os Jogos Olímpicos de 2016. Serão,aproximadamente, 12.500 atletas de, no mínimo, 168 países diferentes que ficarão hospedados tanto no Rio de Janeiro, como em algumas cidades circunvizinhas.

Neste contexto, exemplificamos o município de Juiz de Fora, no Estado de Minas Gerais, por apresentar uma localização estratégica entre as principais capitais econômicas do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte), é a cidade fora do Estado do Rio de Janeiro, que receberá maior número de delegações para aclimatação e treino dos atletas no período Pré-Olímpico. Acredita-se que as escolha das nove delegações (Egito, Estados Unidos, China, Catar, Estônia, Eslováquia, Polônia e Canadá – Olímpico e Paraolímpico) se deve, não só a menor distância, quanto a infraestrutura básica, turística e desportiva, por meio das dependências da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Juiz de Fora, que a cidade oferece.

Contudo, sabe-se que inúmeras ações devem ser promovidas pelo município para potencializar os ganhos com essa oportunidade, principalmente no que tange ao setor de turismo local. Sendo assim, indaga-se: quais os legados que município de Juiz de Fora pode obter após a experiência com as delegações olímpicas, considerando sua localização estratégica próxima aos principais centros emissores e receptores de turista do Brasil?

Para responder essa questão, o presente trabalho deverá atender os seguintes objetivos:

1.2 OBJETIVO GERAL

Estudar/avaliar os efeitos multiplicadores no turismo nas cidades vizinhas às cidades sedes dos grandes eventos esportivos, a partir de um estudo de caso do município de Juiz de Fora – MG.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Levantar os dados de consumo turístico nas empresas turísticas que receberam as delegações que vieram para as Olimpíadas Rio 2016;

• Identificar as ações turísticas desenvolvidas por Juiz de Fora para o entretenimento dos turistas estrangeiros;

• Analisar os pontos fortes e pontos fracos; oportunidades e ameaças que o município de Juiz de Fora apresenta para desenvolver o segmento de turismo de eventos esportivos.

Esta pesquisa se justifica pelo crescimento dos eventos esportivos no país e as oportunidades que estes estão oferecendo a cidades como Juiz de Fora, por exemplo, que devido sua localização privilegiada poderia se qualificar e utilizar deste momento estratégico das Olimpíadas para verificar seus pontos fortes e fracos neste segmento, buscando se aperfeiçoar para futuras captações de eventos esportivos no Brasil.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial que fundamenta a construção deste trabalho centra-se na discussão do desenvolvimento do turismo esportivo, assim como seus efeitos multiplicadores e sua relação com o turismo de eventos e o potencial para o desenvolvimento de um destino.

Segundo o Ministério do Turismo (2016), o turismo de esportes compreende as atividades turísticas decorrentes da prática, envolvimento ou observação de modalidades. O conceito de turismo esportivo descreve um segmento constituído por programas e atividades com fins específicos de promover a prática de esportes por amadores ou profissionais, sendo uma atividade tradicional no tempo livre e de férias. Contando ainda com a incorporação de novos esportes, sobretudo os de aventura (SECRETARIA DO ESPORTE E DO TURISMO, PARANÁ 2016).

Vale ressaltar que:

O turismo esportivo é em determinadas situações confundido com o turismo de eventos esportivos. Nos dois casos, existe o deslocamento de turistas para uma determinada região propícia à prática de um esporte específico, o que resulta numa utilização de toda a estrutura turística. Porém, o que motivou o processo turístico é diferenciado. É importante ressaltar que no turismo esportivo, o turista vem com a intenção de praticar o esporte por lazer ou treinamento, sem o intuito de competir, num local onde a disponibilidade física se caracteriza como permanente, (GOIDANICH e MOLLETTA, 1998). Ao contrário do que acontece com o turismo de eventos esportivos aonde o turista vem com o motivo de competir em alguma prova, campeonato ou jogos. São eventos que tem por característica o espaço de tempo determinado, ou seja, temporários. Cabe-nos citar como exemplo, os jogos olímpicos que durante a sua realização envolve interesses de pessoas de todas as partes do mundo, desde atletas, o público, a mídia, equipes técnicas e de organização que trabalham para que tudo ocorra da melhor maneira possível (LANZARINI e FERRO, 2004) .

Law (apud Bramwell, 1997), afirma que megaeventos são "grandes eventos de importância mundial e grande alcance que têm um impacto de vulto na imagem da cidade hospedeira". Já Carreras (1996) define-os como "acontecimentos diversos que requerem grandes investimentos, marketing

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