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A COLCHA DE RETALHOS

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Por:   •  27/11/2012  •  906 Palavras (4 Páginas)  •  939 Visualizações

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A COLCHA DE RETALHOS

Conceil Corrêa da Silva

Nye Ribeiro Silva

Editora do Brasil

Nos finais de semana Felipe vai para a casa da vovó. É uma delícia!

Vovó sabe fazer bolo de chocolate, brigadeiro, bala de coco, pão de queijo... enfim, sabe fazer tudo que Felipe gosta. E lá não tem esse negócio de “hora de comer isso, hora de comer aquilo...hora de brincar, hora de dormir...”

Vovó sabe contar histórias como ninguém.

- Conta mais uma, vovó. Só mais uma!

Vovó coloca os óculos bem na ponta do nariz, faz uma cara engraçada e fala bem fininho e fraquinho, imitando a voz da Chapeuzinho Vermelho, e bem grosso e forte, imitando a voz do lobo mau. Ah! Quem é que não gosta de uma vovozinha assim?

Um dia, quando Felipe chegou à casa da vovó, encontrou uma porção de pedaços de tecidos espalhados pelo chão, perto da máquina de costura onde ela estava trabalhando.

- O que é isso, vovó?

- São retalhos, Felipe. Fui juntando os pedaços de pano que sobravam das minhas costuras e, agora, já dá para fazer uma colcha de retalhos. Vou começar a emendá-los hoje mesmo.

- Posso ajudar, vovó?

- Está bem. Então vá separando os retalhos para mim. Primeiro só os de bolinha, depois os de listrinhas...

Felipe esparramou tudo pelo chão e foi separando-os um a um. Tinha pano de florzinha, de lua e estrela, de bolinha grande e bolinha pequena, listrado, xadrez...

- Olha esse pano listrado, é daquele pijama que você fez para mim quando a gente passou aqueles dias no sítio, lembra?

- É mesmo Felipe, estou me lembrando. Que férias gostosas! Andamos a cavalo, chupamos jabuticaba... As jabuticabeiras estavam carregadinhas!

- E olhe esse pano xadrez, que bonito vovó!

- É daquela camisa que eu fiz para você dar ao seu pai, no dia do aniversário dele. Sua mãe fez um jantar gostoso e convidou todo mundo.

- Ah! Eu me lembro! Veio o tio Paulo, o tio João, a tia Josefina, veio a Cecília e até o Rex, para brincar com o meu cachorro, Apolo. Parece que um deles fez xixi na cozinha e o outro fez cocô no quintal, né?

- Seu pai ficou tão bonito! E assoprou as velinhas, todo vaidoso, de camisa nova.

- É mesmo! Mas ficou bravo com os cachorros.

- Olha, Felipe esse retalho aqui. Não é daquele vestido que eu fiz para a sua mãe ir a uma festa de casamento? Sabe, quando a sua mãe era pequena eu fazia uma porção de vestidos para ela. E gostava também de bordá-los. Uma vez fiz um vestido cor-de-rosa, inteirinho bordado com a branca de neve e os sete anões. Quando o vestido ficou pronto, ela falou assim:

- Ué, mamãe, está faltando a bruxa!

- Vovó, esse pano azul-marinho está com a cara da Vó Maria.

- Era dela mesmo!

- Vovó Maria mora lá no céu, né? Junto com o vovô Luiz e o meu cachorrinho Apolo... Ué, vovó, você está chorando? O que aconteceu?

- Não, - disse a vovó fungando e limpando o nariz com o lenço – não estou chorando, não.

- Ah! Vovó! Vice não disse que nós somos amigos? Então, me conta o que está acontecendo. Você está triste?

- É saudade, Felipe! É a saudade...

- Saudade dói, vovó?

- às vezes dói. Quando

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