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O Futuro Construído Sob Retalhos

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Por:   •  23/4/2014  •  Tese  •  689 Palavras (3 Páginas)  •  170 Visualizações

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O Futuro Construído Sobre os Escombros

Resumo

O Comet foi o primeiro jato comercial a cruzar os céus. Durante a Segunda Guerra Mundial esses avanços tecnológicos repercutiram entre os oceanos. Porém a tecnologia necessária para a fabricação com segurança dessas aeronaves ainda não havia amadurecido e os acidentes registrados, mesmo terminando de formas trágicas, serviram para que os engenheiros iniciassem a pesquisa de materiais capazes de suportar as novas condições de voo.

Palavras-chave: aviões ; tragédia; fadiga; materiais.

O primeiro jato desenvolvido foi o britânico Comet no final da década de 1940. Logo em seguida já estaria fazendo seu primeiro voo comercial entre Londres e Johanesburgo. Infelizmente logo nos primeiros voos, o Comet começa a apresentar problemas, desde não conseguir decolar até o ponto de em 1953 no dia 2 de maio, simplesmente desintegrar-se no ar após seis minutos de voo, matando todos os 43 passageiros e equipe técnica.

Mesmo após a primeira tragédia, foi preciso que mais pessoas viessem a morrer para que os olhos dos engenheiros se voltassem à estrutura propriamente dita do avião, e não a causas externas, sabotagem ou qualquer outro problema salvo o próprio avião.

Inicialmente destroços foram analisados e nenhum resultado satisfatório foi encontrado. No entanto, após tanta tragédia, uma investigação mais minuciosa foi levada a cabo, o Comet foi montado dentro de um tanque de água para testar de uma vez por todas a resistência de seus materiais. E foi exatamente nessa experiência que após 1836 ciclos simulados no tanque, em 24 de junho de 1954 a fuselagem rompe-se explodindo dentro do tanque.

Após a análise dos destroços do avião, foram descobertos os motivos que estavam fazendo o avião mais rápido da época explodir em pleno ar, extensos danos causados pela fadiga nos cantos vivos das janelas que nesse caso eram retangulares e diversos outros pontos estavam causando trincas. Outro motivo era a posição das turbinas na raiz da asa do avião, sobreaquecendo a estrutura além do limite projetado.

Tanto nas décadas de quarenta, cinquenta e na atualidade, os aviões já eram construídos com aço, alumínio, madeira e alguns tipos de plásticos. Apenas os compósitos é que estão tendo seu amadurecimento nos dias atuais. Esses compósitos, formados, por exemplo, de fibras de carbono, conformam peças mais leves e nem por isso menos resistente. Mas o ponto crítico entre as estruturas do passado e as atuais é o conhecimento das reações que os materiais irão sofrer durante a sua vida. Analisando os motivos que levaram o Comet a explodir em pleno ar, aferiu-se que os materiais quando testados, apresentavam estrutura suficiente para garantir sua resistência mecânica as forças que seriam expostos, o que não se tinha conhecimento era que pouco a pouco, pouso a pouso, os materiais iriam se cansando, e que algumas formas de modelação desses materiais, tornavam eles ou mais resistentes ou mais fracos. Como no caso das janelas do Comet. A forma retangular dessas janelas intensificou o esforço que o material sofreria em determinados pontos, que hoje sabemos que são críticos. As trincas formadas nesses pontos iniciaram o estudo sobre a fadiga dos materiais e de como determinados designs ajudavam a diminuir esses esforços.

O Alumínio ainda é o material mais utilizado na fabricação de aviões. Chegando a 70 % da composição estrutural. Ainda temos as ligas de aço e titânio e compósitos.

Geralmente os aços especiais são utilizados nas junções de contato da asa com a fuselagem, por serem as areais de maior que suportam os maiores esforços.

Nos dias atuais, um jato comercial pode alcançar cerca de 900 km/h, isso torna ainda mais complexa a escolha dos materiais para a sua fabricação. Por serem mais potentes, podem carregar mais peso que aviões normais, no entanto estão sujeitos a uma maior quantidade de esforços.

O projeto de um avião seja um turboélice ou um jato supersônico, baseia-se nos aprendizados trágicos de seus antecessores. Cada rebite, chapa, conexão, é testado, retestado, e projetado para suportar mais de 3 vezes a sua necessidade. Análises em túneis de vento, hoje facilitam o desenvolvimento de designs específicos para cada situação. O Comet pagou um preço caro pelo seu pioneirismo, mas abriu as portas para a pesquisa e desenvolvimento.

Referências bibliográficas

http://pt.scribd.com/doc/27845112/Materiais-para-aviao

http://www.aviacaocomercial.net/jetsite/nostalgia_comet.htm

http://culturaaeronautica.blogspot.com.br/2011/09/tragica-carreira-dos-de-havilland-comet.html

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