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A Cultura e Sociedade

Por:   •  25/3/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.193 Palavras (5 Páginas)  •  157 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE BRASÍLIA

CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

CAMPUS TAGUATINGA

Arthur Wallace Silva Lopes

CULTURA E SOCIEDADE

MAX WEBER x KARL MARX

Brasília - DF

2020

  1. INTRODUÇÃO

Este trabalho visa compreender como os pensamentos dos filósofos Karl Marx e Max Weber podem ser utilizados como embasamento para discussões cada vez mais atuais. Dessa forma, podemos considerar essas ideologias de pensamento como atemporais, tendo em vista que mesmo após cerca de 200 anos do seu desenvolvimento inicial, ao observarmos a sociedade com uma macrovisão, percebemos que a estrutura social e hierárquica tem muitas semelhanças à vivida no século XIX. Consequentemente, o estudo desses ideais é de extrema importância quando se busca compreender temas como a cultura, a globalização, a sociedade da informação e a era das novas tecnologias.

  1. O CONTEXTO INICIAL

Primeiramente, antes de iniciarmos as discussões relativas ao ponto de vista de cada filósofo sobre os temas supracitados, precisamos reavivar o período histórico e social em que se passaram seus principais desenvolvimentos teóricos. Marx nasceu na região da Prússia (atual Alemanha) no início do século XIX e sempre esteve mais conectado com as áreas do direito e da filosofia, ele publicou suas primeiras obras ainda jovem, tendo uma proximidade com o idealismo Hegeliano, entretanto, ao decorrer do século XIX, com as revoluções industriais e as mudanças econômicas e sociais que a Alemanha passava, Marx começou a romper com o pensamento de Hegel e a desenvolver seu próprio “método Marxista”, conhecido como “materialismo histórico e dialético”, por volta de 1840 ele começa a se envolver com a política e publicou uma das suas obras mais conhecidas atualmente, o Manifesto Comunista. Já Max Weber foi um importante filósofo e jurista, nascido na segunda metade do século XIX, que, devido a sua grande produção intelectual no momento de formação da sociologia, ficou conhecido como um dos pilares da sociologia, em suas teses ele contribuiu para a criação de um método que critica o positivismo, trazendo um grau de subjetividade para compreender o funcionamento dos sentidos e das interações socias em detrimento apenas dos fatos em si, portanto, se diz que ele dá início à análise da ação social.

  1. SOCIEDADE

Tratando-se da sociedade, os dois filósofos em questão possuem visões diferentes acerca do seu funcionamento e organização perante a um coletivo. Weber acredita que a sociedade pode ser entendida baseada nas ações individuais de cada cidadão, ou seja, na forma com que cada pessoa age orientando-se pelas ações dos demais, ele associou essa definição ao conceito de Ação Social e o subdividiu  em quatro grupos: a ação tradicional determinada pelos costumes e tradições da sociedade, a ação afetiva relacionada aos estados emocionais, a ação racional com relação aos valores na qual os valores políticos, éticos e religiosos orientam as ações do indivíduo e, por fim, a ação racional com relação aos fins, na qual as ações são puramente racionais buscando os melhores meios para se atingir um objetivo. Em contrapartida, para Marx, a sociedade será sempre heterogênea, formada por diversos grupos e ideologias diferentes, porém, dentro do conceito capitalista, ela será sempre dividida em classes sociais antagônicas e que se encontrarão em eterno confronto: a burguesia e o proletariado. Na visão de Marx, o proletariado compõe uma grande parcela da sociedade e é o grupo responsável pela geração efetiva do lucro, convertendo sua força de trabalho em produtos e serviços altamente rentáveis para seus patrões e, mesmo sendo os responsáveis por grande parte desse lucro, recebem apenas uma pequena parcela de tudo que foi produzido, onde muitas vezes isso corresponde, apenas, ao suficiente para a sua sobrevivência. Em consonância com essa ideia, Marx defende a tese do desenvolvimento predatório praticado pela burguesia, na qual ela só consegue alcançar sua ascensão mediante a exploração do trabalho proletário e possuindo como sua maior e prioritária premissa a obtenção do lucro a qualquer custo, isso se mostrou evidente no cenário europeu com a ascensão da Segunda Revolução Industrial, onde o desenvolvimento tecnológico começou a ser, cada vez mais, aprimorado e com a criação das fábricas de larga escala, as divisões econômico-sociais se tornaram muito evidentes.

  1. A GLOBALIZAÇÃO

A globalização pode ser compreendida como uma nova possibilidade de reprodução do capital surgida principalmente após a Segunda Guerra Mundial, quando o capitalismo começou a ser utilizado como o principal sistema econômico em escalas internacionais. Quando discutimos sobre a globalização relacionando aos pensamentos desses filósofos, podemos observar que essas ideologias são muitas vezes antagônicas. Lendo as obras de Marx, percebemos sua visão de que o capitalismo é um processo contraditório e complexo, que influencia globalmente a sociedade. Para a sua manutenção, ele se baseia, principalmente, na exploração da classe proletária visando a geração exacerbada de lucro e a concentração de renda nas mãos da burguesia. Dessa forma, Marx vai contra as ideias propostas pela globalização e promove até mesmo, a criação do socialismo como um novo sistema econômico, que busca apresentar reflexões mais plausíveis para a sociedade alcançar o modo de vida de um sistema comunista. Por outro lado, para Weber, a globalização poderia ser compreendida não só como o desenvolvimento da racionalização pelo mundo, mas, também, como o próprio desenvolvimento da racionalidade chegando ao Ocidente, um processo de subordinação dos tipos de dominação carismático e tradicional pela dominação racional , ele também entende que o capitalismo modifica as tradições e costumes, alterando, removendo ou recriando tais tradições e acaba influenciando ou dissolvendo os padrões sociais não capitalistas. Dessa forma, a racionalidade aprisiona o indivíduo e a coletividade, de forma com que o que era meio se tornou fim.

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