A Menina Que Roubava Livros

RESENHA

A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS

A Menina que Roubava Livros é um livro de Markus Zusak, de 2006, que conta a história de Liesel Meminger e seu encontro com a Morte três vezes durante os turbulentos anos de sua infância na Alemanha Nazista.

O ponto inicial mais inusitado é que quem narra a história é a própria Morte, que se diz tão marcada pelas vivências de Liesel que gostaria de nos contar sobre ela. Liesel, após assistir a morte lenta e angustiante de seu irmão mais novo sem nada poder fazer, é deixada pela mãe e entregue a uma família adotiva, os Hubermann, que moram na Rua Himmel (que significa "céu" em alemão).

Forçada a encarar os desafios da nova vida, ela vai aos poucos descobrindo sua paixão pelas palavras. Mesmo antes de aprender a ler, ela rouba o seu primeiro livro, "O Manual do Coveiro", no enterro de seu irmão. Esse é o início de uma carreira promissora de roubos. Mas Liesel não é apenas uma ladra de livros, ela é uma construidora de bonecos de neve, boa amiga de judeus, a menina que ama o seu pai e o acordeão, a meteorologista, a garota que viu e enfrentou a Morte cara-a-cara, sem fugir.

Em uma Alemanha Nazista de campos de concentração e banhos de sangue, Liesel Meminger lutou com o Fuhrer de igual a igual com palavras, insultou a mulher do prefeito, sobreviveu à guerra, preencheu o coração das pessoas com leitura enquanto o céu virava cinzas e poeira na superfície, roubou e roubaria de novo sorrisos e insultos de sua mamãe e risos prateados de papai.

. Markus Zusak criou uma história sem brechas, sem espaços vazios, que emociona que nos faz pensar, assim como a narradora, a Morte, pensa. Faz-nos pensar em como os seres humanos evoluem e decrescem a cada segundo, em como um roubo às vezes pode ser uma boa distração para as tragédias da vida, em como em situações extremas, tudo é justificável perante a Morte.

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