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A REVOLUÇÃO FRANCESA

Por:   •  2/5/2017  •  Projeto de pesquisa  •  3.250 Palavras (13 Páginas)  •  179 Visualizações

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  • REVOLUÇÃO FRANCESA

A Revolução Francesa é considerada um dos marcos mais importantes da história da civilização ocidental. Ela é considerada como o marco do fim do Antigo Regime e ainda a passagem da Idade Moderna para a Idade Contemporânea.

As causa da Revolução Francesa foram diversas. A França passava por um período de crise do sistema vigente, o Absolutismo. Esta crise se desenvolvia desde metade do reinado de Luis XIV. Para complicar ainda mais a situação, o sucessor Luis XV perde a Guerra dos Sete Anos para a Inglaterra, afundando ainda mais a França.

O próximo a assumir o trono foi Luis XVI, que por nascer e viver no Palácio de Versalhes apresentava certo distanciamento da realidade de seu povo, não tendo real noção da crise pelo qual a França passava. Isto também se deve por sua Corte tentar manter o rei afastado do clima caótico. A mulher de Luis XVI, Maria Antonieta, era odiada pelos franceses. Pertencente à dinastia de Habsburgo da Áustria, ela tinha se casado com Luis XVI como medida estratégica de aliança entre os dois países, que se enfrentavam desde a Guerra dos 30 Anos. Os franceses não viam com bons olhos tal casamento, chegando até a acusar Maria Antonieta de culpada pela crise francesa.

A sociedade francesa era estamental, ou seja, as possibilidades de ascensão social eram praticamente nulas, estando organizada em três estados ou ordens:

  • Primeiro Estado ou Ordem – composto pelo Rei e o Clero.
  • Segundo Estado ou Ordem – composto pela Nobreza.
  • Terceiro Estado ou Ordem – composto pela Burguesia, Camponeses, Sans-Culottes e demais setores da sociedade.

O primeiro e segundo estado não pagavam impostos e eram cerca de 500 mil habitantes, enquanto que o terceiro estado pagava impostos sustentando o primeiro e segundo estado, e não tinham representação política. O terceiro estado era composto por cerca de 24.500.000 indivíduos. Esse quadro colaborava para uma desigualdade social muito grande na França, que ainda vivia sob os moldes feudais no campo.

A nobreza estava dividida em três tipos: nobreza provincial, aquela tradicional cujo seus membros descendiam dos senhores feudais; nobreza togada, composta por membros da alta burguesia que conseguiam comprar títulos nobres, mas eram rejeitados pela nobreza por não terem “sangue azul”; e ainda a nobreza palaciana que compunha a Corte do Rei.

Rei, Clero e Nobreza não pagavam impostos e tinham um custo de vida altíssimo, regado a reuniões, festas e muito luxo. De modo que seus gastos eram mais altos do que o arrecado de impostos pela França. Nobres e Clero utilizavam do dinheiro de impostos para benefício próprio.

 Aspectos naturais também foram prejudiciais à França neste período. Entre 1788 e 1789, o país passou por um gigantesco período de seca seguido de um inverno rigoroso. Isto foi totalmente prejudicial para a produção de alimentos do campo, fazendo com que muitos camponeses, fugindo da escassez de alimento, partissem para as cidades. Nas cidades estes camponeses trabalhariam nas fábricas, onde eram explorados, ficando cada vez mais pobres. Além do que habitavam locais em sem estrutura digna, em péssimas condições.

Outro fator que colaborou para a crise econômica da França foi o fato do governo francês se aliar as treze colônias da América na Guerra da Independência e no final os ganhos não foram muito bons perto do custo altíssimo que tiveram. Vale lembrar que ao conseguirem a Independência dos Estados Unidos, influenciada pelos ideais iluministas, ajudava a difundir tais ideais que chegariam a influenciar também a Revolução Francesa.

Logo, a França passava por uma crise política (imobilidade do Estado), crise econômica (falência da França) e crise social (descontentamento do terceiro estado). Todos os fatores já citados preparam o terreno para o início da Revolução Francesa.

  • ECLOSÃO DA REVOLUÇÃO

A solução encontrada para a crise econômica seria acabar com alguns privilégios dos nobres e clero, ou seja, fazer com que eles passassem a pagar alguns impostos. Para colocar isto em discussão, Luis XVI convoca a Assembleia dos Notáveis. A Nobreza e Clero refutam completamente a ideia e ainda ameaçam o rei de ter o mesmo destino do monarca inglês Jaime II (ele foi o primeiro monarca executado em praça pública).

Diante da não colaboração do Clero e Nobreza para melhorar a situação da França, o rei Luis XVI, convencido pelo ministro Necker de espirito reformista e que é bem visto pelo terceiro estado, resolve reabrir as Assembleias dos Estados Gerais.

O que seria posto em discussão nas Assembleias Gerais seria a perda dos privilégios do Clero e Nobreza, ou seja, o fim da isenção de impostos. Esta Assembleia seria composta por deputados sendo: 291 deputados do Primeiro Estado, 270 deputados do Segundo Estado e 578 deputados do Terceiro Estado. Porém, os votos seriam contados por Estado e não por indivíduo, ou seja, o Primeiro e Segundo Estado como não eram a favor da perda de seus privilégios se uniriam e somariam mais votos que o Terceiro Estado. O Terceiro estado inconformado se organiza e exige uma reformulação do sistema de votação das Assembleias, para que seja válido voto por cada indivíduo. O rei Luis XVI então fecha a Assembleia dos Estados Gerais e ainda demiti o ministro Necker.

O Terceiro estado fica revoltado com a situação. Luis XVI envia para Paris cerca de 30 mil soldados para conter os ânimos da população. Dentre os dias 11 e 15 de Julho os membros do Terceiro estado começam a se organizar, convocando para uma reunião no salão de jogos de Jeu de Paume representantes do Baixo Clero, dos sans-culotes, e dos dois grupos da burguesia, girondinos e jacobinos. Muito influenciados pelas ideias de Rousseau que diz que a vontade do povo é soberana, inclusive a do rei, decidem que o próprio povo deve exercer o poder Legislativo e não representantes.

Nesta reunião o Terceiro Estado faz o Juramento do Jeu de Paume (ou Juramento do Jogo da Pela), onde se proclamam uma Assembleia Nacional, que só se separaria caso fosse criada uma nova constituição para a França, limitando o poder do rei. Nesta Assembleia o Terceiro estado também se proclama Guarda Nacional. Pressionado o rei, obrigado a Nobreza e Clero a se juntarem à Assembleia, originando assim uma Assembleia Nacional Constituinte.

  • A QUEDA DA BASTILHA

Após este episódio, o povo agora Guarda Nacional marcha para pegar as armas contidas nos Inválidos e a pólvora na Bastilha, símbolo do poder real. Em 14 de Julho de 1789, o Terceiro estado toma a prisão da Bastilha. Logo depois o povo marcha em direção ao Palácio de Versalhes em busca do Rei para levá-lo à Paris. Maria Antonieta também seria capturada para ser executada, deixando clara a visão que a população tinha de que ela era culpada pela crise na França.

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