Acidentes de Trabalho na Construção Civil - Resumo

O artigo “Acidentes de trabalho na construção civil identificado através de prontuários hospitalares” publicado por Silveira et. al. na Revista Escola de Minas em 2005 aborda a investigação de números de trabalhadores acidentados.

Resumo: Introdução do Artigo

Silveira et. al. (2005) afirma que a Indústria de Construção Civil (ICC) persevera notáveis índices de Acidentes de Trabalho (AT), apresentando as piores condições de seguridade no mundo, em 1995 no Brasil foram registrados nesse ramo cerca de 3.400 ocorrências, com mais de 400 mortes. Esse cenário exige grandes gastos e esforços governamentais a fim de amenizar transtornos, inserindo segurança e saúde para o trabalhador. Com destaque no gerenciamento da produção passou a ser exigido mais habilidade e rendimento, começando a ter uma preocupação especial com os funcionários os treinando e os capacitando assim reduzindo os índices de AT com auxílio da Norma Regulamentadora (NR), entretanto existe na maioria das obras falta de: acesso (rampas/passarelas), limpeza (materiais pontiagudos e escombros com seus descartes ideais), uso de luvas, cintos de segurança, protetores auriculares/faciais e sapatos adequados para o trabalho efetuado, além dos trabalhadores não conhecerem seus direitos trabalhistas admitindo a culpa pelo acidente de trabalho. Silveira et. al. (2005) declara conforme estudos ocorridos averiguando o número de pacientes que trabalham na ICC, e que sofreram acidentes de trabalho, analisando características, causas e que parte do corpo foi lesada em virtude do acidente. Em Ribeirão Preto (SP), um estudo mostra que durante um ano foram encontrados 1,411 relatórios de acidentes e 1,390 afirmaram serem acidentes típicos. Atividades enzimáticas provocadas pelo álcool, diabetes e hipertensão tiveram 8043 trabalhadores acidentados. Nos EUA utilizando dados durante um período de 10 anos foram efetuadas investigações de 502 mortes: 198 com corrente elétrica, 144 com guindastes, 125 no ato da montagem e desmontagem e 35 com quedas. Apenas 34% das ICC empregando trabalhadores que sofreram acidentes já haviam sido fiscalizados pela OSHA. (Occupational Safety and Health Association).

Materiais e métodos

Silveira et. al. (2005) apresentou uma pesquisa ocorrida em um Hospital Universitário (HU) na cidade de Ribeirão Preto (SP) a qual foi verificada nas fichas hospitalares pelos registros processados pelos profissionais da saúde no período de dois anos consecutivos, visando buscar ligação de atendimento paciente/trabalhador.

Resultados e discussões

Silveira et. al. (2005) conta que o resultado foi de 6.122 registros processados pelos profissionais da saúde, 618 relatam pacientes/trabalhadores com AT e dentre estes, 150 trabalhadores da construção civil. Essa soma se encontra abaixo do esperado, envolvendo a ICC, fato verdadeiro do país, relacionado à transição da responsabilidade pelo pagamento do salário referente aos quinze dias de afastamento para a empresa, resultando o silêncio do acidente, acima desses 15 dias as empresas não fixava os casos com o objetivo de não pagar o salário e encargos sociais ao atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde), pois os hospitais recebiam o pagamento automaticamente, sem precisar especificar se é ou não um AT, além disso, quase 60% dos trabalhadores possui carteira de trabalho assinada, o que significa que mais de 40% dos outros trabalhadores caso acidentados não foram citados. Nos locais de atendimento às notificações não são formalizadas, os funcionários não questionam sobre sua profissão, além dos 618 que foram informados com AT, possivelmente outros pacientes também somam a essa lista, não se sabe ao certo pela pouca informação nas fichas dos hospitais. Contudo dados oficiais revelam que há uma redução de AT, em contrapartida há um aumento da relação de óbitos por mil acidentes.

O trabalhador acidentado da ICC há entre

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