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Por:   •  13/3/2014  •  3.299 Palavras (14 Páginas)  •  526 Visualizações

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BARUCH SPINOSA

Baruch Spinosa – Pensamento e Filosofia

São Paulo

2013

Baruch Spinosa – PENSAMENTO E FILÓSOFIA

Trabalho de Conclusão de bimestre apresentado ao Curso de Pedagogia para obtenção de nota parcial.

São Paulo

INTRODUÇÃO:

Baruch Spinosa:

Vida e Morte

Spinoza, Baruch (1632-1677). De família judia portuguesa, o filósofo Baruch Spinoza nasceu em Amsterdã, Holanda. Estudou o hebreu, o Talmude e a Bíblia. Aprendeu espanhol, português, holandês e francês. Como ofício, Spinoza ganhava a vida fabricando e polindo lentes, mas dedicou-se também ao estudo das idéias, correspondendo-se durante muitos anos com outros escritores dos campos da ciência e da filosofia. Acusado de judeu e de ateu, de ímpio e de fatalista, tentou explicar o seu ponto de vista sobre a religião.

Obras:

Baruch de Espinoza foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottifried Leibniz.

Ele pretende dar uma solução ao dualismo deixado por Descartes, ou seja, a dicotomia que havia entre res cogitans e res extensa. Para isso, formula um panteísmo pelo qual se postula uma única ordem racional, uma identificação entre ser de Deus e o ser do mundo.

Espinosa é um caso complexo, porque depende de Descartes. Esforça-se por apresentar uma solução diferente - para a relação espírito matéria - daquela dada por Descartes. Quer dar uma solução diferente, mas seguindo os passos de Descartes. Assim, a essência da filosofia de Espinosa é o seu sistema totalizante, que tudo abarca. Tal sistema, concebido matematicamente, entende Deus como Natureza (Deus sevi Nature). A partir de suposições básicas (definições e axiomas) e uma série de demonstrações geométricas constrói o universo que vem ser igualmente Deus.

TEÓRIA:

DEUS OU NATUREZA: ÚNICA SUBSTÂNCIA

Descartes ensinava que o universo é feito de duas espécies de substância: o espírito e o corpo. Esse dualismo não satisfaz Espinosa. Este ensinava que há apenas uma substância que constitui todo o universo. A isso chamou Deus. Vista de certo modo é corpo, vista de outro é espírito. A uma, Espinosa chamou extensão; a outra, espírito. A substância é absolutamente independente de tudo, pois representa tudo. É infinita, causada por si mesma e autônoma. Essa concepção unificadora é conhecida como panteísmo. Muito apegado a essa teoria, muitos a ele se têm referido como inebriado de Deus.

Para Spinoza, da definição de Deus como substância (aquilo que não precisa de nada para existir) decorre uma série de considerações: Deus é único, perfeito, auto-suficiente, dotado de infinitos atributos, que só em parte os homens conseguem perceber e compreender. Spinoza sustenta que Deus é a natureza e a natureza é Deus. E, posto que Deus é infinito, assim também deve ser a natureza, não obstante nos pareça finita e determinada. (Nicola, 2005)

CORPO E ESPÍRITO

O corpo não afeta o espírito nem este àquele. Ambos, porém, são manifestações de uma única e mesma realidade universal, Deus. A árvore é um atributo de Deus; o pensamento que nos ocorre neste momento é um atributo de Deus. Tudo o que acontece no corpo, acontece também no espírito. É o que se chama paralelismo psicológico, isto é, o corpo e o espírito são sempre paralelos, pois constituem dois aspectos de uma só e mesma realidade. No homem o espírito percebe os seus próprios atos, é consciente. Quer dizer, a substância do espírito é mais complexa do que a substância do corpo, embora todas façam parte de uma única substância.

SPINOZA E ESPIRITISMO

O professor São Marcos, em Noções de História da Filosofia, diz: "Espinosa quebra a rigidez panteísta desmembrando em dois momentos o conceito: Natura Naturans ou Natura Naturata, isto é, Natureza Criadora e Natureza Criada: "Deus sive substância sive natura". Espinosa realiza a ideia embrionária existente no espírito de Descartes: Um Deus imanente na Criação, isto é, não uma individualidade dirigindo de fora o universo, mas aquela entidade suprema que, imanente em todas as coisas, nelas palpita e as mantém".

O panteísmo de Espinosa leva-nos à questão n.º 1 de O Livro dos Espíritos, na qual Allan Kardec define Deus como "Inteligência suprema, causa primária de

todas as coisas". Disto resulta que uma Inteligência ou Entidade que abarca tudo o que existe, não pode estar de fora, pois, não há espaço em que não esteja. Embora confuso para muitos de seus críticos, o panteísmo de Espinosa clareia a intuição de Deus naquilo que é possível de ser absorvida pela nossa limitação humana. (São Marcos, 1993, p. 82 e 83)

TRATADO TEOLÓGICO-POLÍTICO

“As opiniões de Spinoza sobre religião apareceram impressas pela primeira vez em seu Tratado teológico-político, publicado de forma anônima em 1670 e banido em 1674, por ter ofendido as autoridades religiosas. Na obra, ele sugere que a Bíblia deveria ser interpretada apenas por meio do estudo cuidadoso e não de forma a sustentar doutrinas ou ideias preconcebidas, admitindo que assim poderia ser revelado o caráter falso de muitas crenças sobre Deus e o universo. Além disso, afirma que Deus age somente de acordo com as leis de sua natureza, sem ter propósitos específicos em mente. Contribuindo, portanto, para o argumento da tolerância religiosa, suas ideias não eram nada populares em certos lugares, conforme esperado”. (Levene, 2013)

ÉTICA

“Ainda mais controversa foi a obra Ética (1677), que só pôde ser publicada após a morte de Spinoza. Cada uma das suas cinco partes é tratada como um problema matemático, abrindo com uma série de definições e axiomas

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