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Analise Da Obra

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Por:   •  5/3/2014  •  2.019 Palavras (9 Páginas)  •  514 Visualizações

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ANÁLISE DE OBRA DIDÁTICA

PORTUGUÊS: LINGUAGENS,

DE WILLIAM ROBERTO CEREJA

E THEREZA COCHAR MAGALHÃES,

E QUESTIONAMENTO SOBRE ANÁLISE DISCURSIVA:

O DISCURSO EM CURSO PROMOVE À VIDA?1

Terezinha Fatima Martins Franco Brito (UNIGRANRIO)

tfmarfranbr@yahoo.com.br

INTRODUÇÃO

O presente artigo objetiva levantar questões que levem à revisitação

acerca das abordagens psicodidaticossociais envolvidas no

processo de leitura e interpretação de textos contidos na obra didática

Português: Linguagens, de William Roberto Cereja e Thereza Cochar

Magalhães (Ensino Fundamental II), e os discursos neles envolvidos.

O que nos angustia de sobremaneira, quando o assunto é a escolha

de obra didática e que esta, através da discursividade de textos,

poderá oferecer suporte à formação educacional pretendida para o

desenvolvimento social de nossos educandos, também perpassa pela

preocupação pedagógica de que a obra projeta discursos de múltiplas

vozes oriundas dos textos que a compõem e que, nesse acervo, consequentemente,

ocorrerá instrumentalização e parceria quanto aos

discursos críticos e interpretativos que existem na sociedade em geral.

Se os textos mantém adequação para a faixa etária e de interesses

para o momento histórico-político-social em que são trabalhados. Os

textos na obra não existem de forma “engessada”, fechada. Eles são

selecionados de acordo com justificativas e critérios dos autores e assessoria

pedagógica vislumbrando-se a utilização pelos professores e

instituições que irão adotar uma ou outra coleção didática, onde, para

1 Este artigo é parte integrante dos estudos sobre o Livro Didático Português: Linguagens que

venho desenvolvendo no Programa de Mestrado da UNIGRANRIO, de Duque de Caxias- Pró-

Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa – PROPEP - Escola de Educação, Ciências, Artes, Letras

e Humanidades. Programa de Pós-Graduação em Letras e Ciências Humanas – PPGLCH

– 1ª Turma do Mestrado Acadêmico em Letras e Ciências Humanas, sob orientação do Professor

Doutor Rogério Casanovas Tílio.

definir a escolha, também existe uma seleção criteriosa para a adoção

do livro.

Necessária se faz também a análise crítica que os educadores

desenvolvam, ou não desenvolvam, para efetivamente decidirem sobre

a adoção de uma obra em detrimento a outras. Os educadores

precisam estar atentos a fim de que não se transformem em meros

seguidores das orientações contidas nos materiais didáticos. O material

didático é uma ferramenta de apoio e não substituto do profissional

comprometido com a educação. Um texto, em sua essência e

também e especialmente num livro didático contextualizado, existe

para ser comentado, comparado, interpretado. Jamais para ser indicado

em suas páginas e atividades referentes às mesmas, enquanto

um professor preenche diários de classe ou faz correções de exercícios.

Freitag (1989) ressalva que professores e alunos acabam tornando-

se escravos do livro didático ao invés de o utilizarem para o

desenvolvimento da autonomia, do senso crítico e de contraideologia

tornando-o principal roteiro, ou exclusivo, do processo de ensino e

aprendizagem.

Devemos refletir sobre o papel do livro didático e da leitura

de textos diversificados que apresentam discursos e imagens veiculadas

e com o poder de representar, como pode ser constatado na obra

em análise, inicialmente, para este artigo, do livro do sexto ano

do Ensino Fundamental. Nesse volume destinado aos sextos anos os

textos representam o mundo da fantasia, das crianças em perigo, do

mito de Peter Pan, da infância e pré-adolescência, das pessoas e laços

de afetividade, da preservação ecológica, dos costumes, do posicionamento

cidadão e valores sociais. Essa representatividade se

manifesta na pesquisa e nos traz inúmeros conhecimentos sobre a aplicabilidade

desses textos, assim como indicam o quanto é importante

investigarmos acerca do funcionamento desses mesmos textos e

o estudo e conhecimento sobre eles. Como afirma Morin (1996):

Nossa ciência realizou gigantescos progressos de conhecimento, mas

os próprios progressos da ciência mais avançada, a física, aproximamnos

de um desconhecido que desafia os nossos conceitos, nossa lógica,

nossa inteligência, e colocam-nos o problema do inacessível ao conhecimento.

Nossa razão, que parecia o meio mais seguro do conhecimento,

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