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Análise De Uma Obra Filme SONHOS De Akira Kurosawa

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Por:   •  22/10/2013  •  719 Palavras (3 Páginas)  •  2.527 Visualizações

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Análise de uma obra

Filme SONHOS de Akira Kurosawa

"Eu acredito que os sonhos sejam aqueles desejos desesperados do homem, que transbordam e aparecem em sono, e contudo apresentam sentimentos tão vivos que parecem experiências reais".

Escolhi uma obra de Akira Kurosawa devido a grande importância deste versátil pintor, ilustrador de revistas, publicitário e cineasta japonês mais conhecido no Ocidente, fato que lhe causou alguns problemas, pois muitos japoneses o achavam "ocidentalizado" demais e em contra partida foi quem ajudo a popularizar o cinema em seu país. Se hoje em dia temos a oportunidade de conhecer a cultura oriental no cinema, o grande responsável por isso é Akira Kurosawa. Ele abriu as portas do mundo à cultura cinematográfica da região, mesmo com importantes cineastas japoneses terem chegado antes de sua explosão (como Ozu e Mizoguchi).

Tomando como exemplo sua obra-prima Sonhos (1990), vemos que Kurosawa não só tratou de temas delicados da cultura e do folclore oriental, como também não deixou de lado sua preocupação e opinião sobre importantes fatores da história, como a bomba atômica que explodiu em Hiroshima. Pelo nome do filme, percebemos o quão pessoal é seu trabalho, novamente apoiado por seus amigos cineastas ocidentais

O homem é um ser dotado de sentidos e que percebe o mundo tal qual lhe parece. Essa percepção é envolvida e sobrecarregada de sentimentos, pois por mais insignificante que seja o objeto ou a "experiência" vivenciada, sua percepção é automaticamente codificada através de sensações. A união de todos os sentidos forma uma estrutura única proporcionando uma percepção indivisível, ou seja, a coisa é percebida de maneira total

Assim, ao analisar o filme "Sonhos", nota-se que a percepção é obtida essencialmente a partir da visão e da audição, meios pelos quais os recursos e técnicas cinematográficas exploram incansavelmente para projetar e provocar as mais diversas emoções. A obra-prima permite não apenas nos envolver no mundo dos sonhos e do imaginário individual de Akira, mas transfomá-los conforme a percepção particular e única de cada um que interage com o filme.

Kurosawa, produz sua obra em oito episódios distintos. A duração e a temática também diferem, entretanto, não se distanciam, sendo perceptível uma unidade que integra e transforma os diversos episódios num único conjunto, única obra, enfim, num único filme.

Os efeitos visuais e auditivos são explorados de forma que imagem e som se complementam, criando o que MERLEAU-PONTY diz: "uma totalidade nova e irredutível, mediante os elementos que entram em sua composição". Essa combinação que possibilita "uma nova totalidade" conduz a uma consumação que primeiramente fora obtido por quem produziu e posteriormente por quem assiste ao filme.

Os poucos diálogos dão espaço para uma longa métrica visual e sonora (divisão entre silêncio e diálogo). As imagens e os sons são praticamente constantes e contínuos em todos os episódios. A percepção visual tem grande estímulo através do colorido intenso das imagens, intercalado a cada dois episódios, outros dois utilizando cores mais frias. Por exemplo, Sol em meio à chuva, Pomar de Pêssegos, exploram de

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