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Análise Reflexiva

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Por:   •  1/3/2015  •  1.764 Palavras (8 Páginas)  •  203 Visualizações

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A linguagem é um processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes nos diversos grupos de uma sociedade. Interagir pela linguagem significa dizer alguma coisa a alguém, de certa forma, num determinado contexto histórico e em determinadas circunstâncias.

Os indivíduos se interagem pela linguagem, tanto numa conversa informal quanto pela escrita. Portanto, pela linguagem é possível expressar ideias, pensamentos, intenções estabelecendo intenções interpessoais anteriormente inexistentes e influenciar os outros modificando as representações que fazem da realidade. Com base no PCN “Á língua é um sistema de signos histórico e social que possibilita ao homem significar o mundo e a realidade.” Assim, aprendê-la é aprender não só as palavras, mas também os seus significados culturais e com eles os modos pelos quais as pessoas do seu meio social entendem e interpretam a realidade e a si mesmas.

Percebe-se que o uso eficaz da linguagem deve atender as necessidades pessoais, determinadas de acordo com as demanda sociais de cada momento histórico. É ainda, na interação social condição de desenvolvimento da linguagem, que o sujeito se apropria desse sistema linguístico, no sentido de que constrói com os outros, os objetivos linguísticos de que se vai utilizar na medida em que se constitui a si próprio como locutor e aos outros como interlocutores.

As práticas de linguagem que ocorrem no espaço escolar diferem das demais, porque promovem a reflexão. E é por meio dessa reflexão sobre a linguagem é que se dá a construção de instrumentos que permitirão ao sujeito o desenvolvimento da competência discursiva para falar, escutar, ler e escrever nas diversas situações de interação possibilitando ao indivíduo o acesso aos saberes linguísticos, necessários para o exercício da cidadania. Ao mesmo tempo em que enriquece as possibilidades de comunicação e expressão, representando um potente veículo de socialização. Considerando que cada língua carrega em sua estrutura, um jeito próprio de ver e compreender o mundo, o qual se relaciona a características de culturas e grupos sociais singulares, construindo um sentido da pertinência social.

De acordo com Possari e Neder (2005): “Através da linguagem, o homem representa para si o mundo, sendo, pois sua função refletir seu pensamento e seu conhecimento de mundo.” (P. 21) Com base na citação acima, analisa-se que nesta concepção o homem representa para si o mundo, pois já nasce com a capacidade de exteriorizar seu pensamento, que é gerado no seu psiquismo, tendo que haver uma organização lógica para seu pensamento, refletindo também o seu conhecimento. É com esta perspectiva que compreendo a importância da leitura de mundo, do mundo individual, mas que também não é o suficiente para o ser humano, pois a mesma traz rica experiências de compreensão, mas é necessário fazer parte da alfabetização em uma escola, conhecer o novo mundo, palavras novas se interagir com o meio para que possa aprender a ler, construir, criar ou montar expressões escrita e oral, porque a leitura torna-se a pessoa crítica, transformadora e compreensiva. É por isso que a leitura critica da realidade inicia-se num processo de alfabetização, da percepção crítica do que é cultura e da transformação do mundo e do trabalho humano.

Ao longo das últimas décadas trazem como ponto positivo a introdução ou o resgate de importantes dimensões da aprendizagem significativas e das interações, bem como dos usos sociais da escrita e da leitura, articulados a uma concepção mais ampla de alfabetização e letramento. Entendo assim, que não se trata de escolher entre alfabetizar ou letrar, trata-se de alfabetizar letrando, também não se trata de pensar os dois processos como sequenciais, isto é, vindo um depois do outro, como se o letramento fosse uma espécie para a alfabetização, ou como se a alfabetização fosse condição indispensável para o início de processo de letramento.

Vale ressaltar que o desafio que se coloca para os primeiros anos da Educação é o de conciliar esses dois processos, assegurando aos alunos a apropriação do sistema alfabético ortográfico e condições possibilitadoras do uso da língua nas práticas sociais de leitura e escrita. Considerando que os alfabetizando vivem numa sociedade letrada, em que a língua escrita está presente de maneira vivível e marcante nas atividades cotidianas, inevitavelmente eles terão contato com textos escritos e formularão hipóteses sobre sua utilidade, seu funcionamento, sua configuração. Excluir essa vivência da sala de aula, por um lado pode ter o efeito de reduzir e artificializar o de aprendizagem que é a escrita, possibilitando que os alunos desenvolvam concepções inadequadas e disposições negativas a respeito desse objeto.

Por outro lado deixar de explorar a relação extra-escolar dos alunos como a escrita significa perder oportunidades de conhecer e desenvolver experiências culturais, ricas e importantes para a integração social e o exercício da cidadania. Reconheço que a ação pedagógica mais adequada e produtiva é aquela que contempla de maneira articulada e simultânea, a alfabetização é o letramento.

Conclui-se que há diferentes tipos e níveis de letramento, dependendo das necessidades, das demandas do indivíduo e de seu meio, do contexto social e cultural.

Alfabetização é um processo pelo quais as pessoas aprendem a ler e a escrever. No entanto, esse aprendizado vai muito além de “transcrever” a linguagem oral para a linguagem escrita. Alfabetizar-se não é apenas copiar, saber os nomes das letras, decifrar palavras. Aprender a ler e a escrever é apropriar-se do código linguístico-gráfico e tornar-se, de fato, um usuário da leitura e da escrita.

A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resinificar e produzir conhecimento. Todas essas capacidades citadas anteriormente só serão concretizadas se os alunos tiverem acesso a todos os tipos de portadores de textos. O aluno precisa encontrar os usos sociais da leitura e da escrita. A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral. A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições

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